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Vila do Conde

Um porto dividido entre ilegalidades, a impunidade e a fiscalização falha

Mineradora Três Marias, produtos chineses e tráfico de drogas marcam operações em Barcarena

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  • 16/09/2025, 17:00
Um porto dividido entre ilegalidades, a impunidade e a fiscalização falha
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Porto de Vila do Conde é um epicentro de ilegalidades e impunidade no Pará. Localizado em Barcarena, a pouco mais de 112 quilômetros de Belém, o porto tem sido palco de uma série de atividades ilícitas que comprometem a economia local, a segurança pública e o meio ambiente.

 

Epicentro de irregularidades, porto segue operando em condições precárias de segurança, com graves prejuízos à economia do Estado/Fotos: Divulgação.

Entre os principais problemas identificados estão o escoamento de minério extraído ilegalmente, o transporte de produtos chineses sem a devida fiscalização e o tráfico de drogas disfarçado em cargas de exportação.

A mineradora Três Marias, de propriedade do empresário Jamil Silva Amorim, é acusada de operar ilegalmente no Pará. A empresa teria extraído minério de manganês de uma mina a céu aberto em Marabá sem a devida licença ambiental e utilizado notas fiscais "frias" para legalizar a carga. Em junho de 2024, uma carga de 22 mil toneladas de manganês foi exportada para a China com destino final no Porto de Itaqui, no Maranhão, sem qualquer intervenção fiscal no Pará.

Produtos sem fiscalização

Além das atividades mineradoras ilegais, o Porto de Vila do Conde também tem sido utilizado para o transporte de produtos chineses sem a devida fiscalização sanitária e aduaneira. Esses produtos entram no mercado brasileiro sem passar pelos controles necessários, representando riscos à saúde pública e à segurança dos consumidores.

Drogas tipo exportação

Em setembro de 2024, a Polícia Federal apreendeu 39 kg de cocaína escondidos em um navio boiadeiro ancorado no Porto de Vila do Conde. A droga estava camuflada entre a carga de bois destinados à exportação para a Europa. Este episódio evidencia a utilização do porto para o tráfico internacional de drogas, colocando em risco a segurança nacional e internacional.

Fuga para o Maranhão

Devido à falta de fiscalização e à prevalência de atividades ilícitas, muitas empresas têm optado por desviar suas cargas para portos do Maranhão, como o Porto de Itaqui, em São Luís. Em junho de 2024, uma carga de 22 mil toneladas de manganês extraído ilegalmente foi exportada para a China através desse porto, sem qualquer intervenção fiscal no Pará.

O Porto de Vila do Conde enfrenta sérios problemas relacionados a atividades ilícitas, falta de fiscalização e impunidade, sendo urgente que as autoridades competentes adotem medidas eficazes para combater essas práticas, garantir a legalidade das operações portuárias e proteger o meio ambiente e as comunidades locais.

A situação atual compromete não apenas a economia do Estado, mas também a segurança e a saúde pública.

Papo Reto

•Atribuir, como faz a oposição na Câmara Federal, a desistência do chamado “Careca do INSS” de falar à CPMI é no mínimo risível.

O lobista Antônio Carlos Camilo Antunes (foto) anunciou que falaria à Comissão, mas não compareceu, frustrando as expectativas.

•Alguns setores da Câmara e da mídia nacional atribuem a desistência a uma suposta pressão de forças externas, o que também deve provocar a desistência de outros envolvidos no escândalo, todos desobrigados do depoimento pelo Supremo.

A exigência de certidões negativas de débitos tributários como condição para lavratura e registro de escrituras públicas de compra e venda de imóveis é inconstitucional, segundo o Conselho Nacional de Justiça.

•Quem diria? O genuíno cavalo brasileiro Mangalarga Marchador, de origem mineira, consolidou-se como um dos maiores patrimônios do agronegócio nacional, um verdadeiro ícone da cultura equestre do País.

Com aproximadamente 700 mil animais registrados, a raça movimenta R$ 9 bilhões por ano e expande cada vez mais sua presença no mercado internacional, com núcleos de criadores já estabelecidos nos EUA e na Europa.

•Estampada com a imagem de um lobo-guará, a nota de R$ 200 completou cinco anos em 2 de setembro e está cada vez mais difícil de se ver.

Até a quinta-feira, 11, estavam em circulação no Brasil exatamente 161.754.593 cédulas desse valor, equivalentes a R$ 32.350.918.600,00, correspondente a pouco mais de um terço do que foi planejado inicialmente pelo Banco Central.

Mais matérias OLAVO DUTRA

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Olavo Dutra

Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.