Belém, PA - Apoiadores e correligionários do prefeito de Ananindeua, Dr. Daniel Santos, realizaram hoje uma manifestação em frente ao recém inagurado Pronto Socorro Municipal para questionar a decisão da Justiça que mantém o espaço fechado. A desembargadora Célia Regina de Lima Pinheiro condicionou a abertura da unidade ao pagamento de uma dívida aos ex-donos do Hospital São Camilo no valor de R$ 4 milhões.

O grupo de manifestantes ocupou parte da via e o trânsito ficou complicado por quase toda a manhã. A manifestação foi anunciada com um dia de antecedência na expectativa de que mais pessoas aderissem ao movimento, que, no fim das contas, contou apenas com a participação de apoiadores do prefeito e servidores da área da saúde de Ananindeua.

O protesto também foi uma reação ao vídeo gravado pelo deputado estadual Gustavo Sefer, filho de um dos donos do antigo hospital, explicando que o prefeito de Ananindeua tenta se fazer de vítima, mesmo sabendo que a dívida é ativa e já dura tempo suficiente para gerar o processo em andamento. “É a primeira vez que vejo o caloteiro querendo ter razão por não pagar uma dívida”, afirmou Sefer.

Também em vídeo publicado nas redes sociais, no último sábado, o prefeito de Ananindeua se defendeu e alegou que “a briga pelo atraso no pagamento da dívida não pode prejudicar a população”, numa referência direta de que manter o hospital fechado significa deixar de atender a quem mais precisa no município.

Equipes da Polícia Militar foram acionadas para acompanhar a manifestação, mas nenhuma intervenção foi realizada dado o caráter pacífico dos manifestantes. Com cartazes em mãos, os apoiadores do Dr Daniel gritavam palavras de ordem contra a decisão da Justiça. O novo Pronto Socorro de Ananindeua segue sem data para funcionar.

A dívida da gestão do prefeito Daniel Santos com os antigos donos do Hospital Camilo Salgado iniciou em 2021, quando a unidade foi desapropriada pela Prefeitura para se transformar no primeiro Hospital Municipal de Ananindeua. Mas os atrasos nos pagamentos fizeram os antigos donos procurarem a Justiça e, até hoje, a situação não foi resolvida.

A Prefeitura de Ananindeua afirma que já recorreu da decisão proferida pela desembargadora Célia Regina que impede o novo Pronto Socorro de funcionar e aguarda pelo julgamento do mérito para decidir como proceder sobre o caso daqui em diante.

Foto: Redes Sociais