São Paulo, 21 - A China alertou paÃses
contra a realização de acordos comerciais com os Estados Unidos que possam
prejudicar seus interesses. "A China se opõe firmemente a qualquer nação
que feche um acordo às custas dos interesses da China", afirmou o
Ministério do Comércio nesta segunda-feira, 21, acrescentando que responderá
"com determinação" com contramedidas recÃprocas caso tal situação
ocorra.
O ministério também declarou que a China está disposta a fortalecer a
solidariedade e a coordenação com todas as partes, trabalhar em conjunto para
enfrentar desafios e se opor ao bullying unilateral.
A declaração do Ministério do Comércio foi feita num momento em que dezenas de
paÃses buscam reduções ou isenções das tarifas comerciais impostas pelos EUA.
As chamadas tarifas recÃprocas foram suspensas por 90 dias no inÃcio deste mês
para todos os paÃses - exceto a China, que respondeu com tarifas retaliatórias
O Wall Street Journal noticiou no começo deste mês que o governo Trump
planejava usar as negociações comerciais com outros paÃses para isolar a China.
Na declaração desta segunda-feira, o ministério chinês afirmou que nenhum paÃs
sairá ileso diante do unilateralismo e do protecionismo. "Se o comércio
internacional regredir à lei da selva, onde os fortes devoram os fracos, todos
os paÃses acabarão como vÃtimas", declarou.
O alerta de Pequim vem no momento em que se iniciam as negociações comerciais
entre os EUA e diversos paÃses.
"Desde o nosso anúncio do DIA DA LIBERTAÇÃO, muitos lÃderes mundiais e
executivos de empresas vieram até mim pedindo alÃvio das tarifas",
publicou o presidente Trump na rede Truth Social nesta segunda-feira. "É
bom ver que o mundo sabe que estamos falando sério, porque ESTAMOS! Eles devem
corrigir os erros de décadas de abusos, mas não será fácil para eles."
Em outra publicação intitulada "trapaça não tarifária", Trump listou
oito itens, incluindo manipulação cambial, subsÃdios à exportação e roubo de
propriedade intelectual - todas crÃticas recorrentes do presidente por
representarem barreiras comerciais injustas. A lista também incluiu normas
agrÃcolas e técnicas de proteção. Fonte: Dow Jones Newswires
Fonte: Estadão conteúdo
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil