Uma operação
conjunta de policiais civis do Rio e de militares do Rio levou ao encontro de
mais duas metralhadoras calibre .50 furtadas do Arsenal de Guerra de São Paulo,
em Barueri. Um fuzil calibre 7,62 mm também foi recuperado, cuja origem está
sendo investigada.
Com isso já são 19 metralhadoras - 11 Browning
calibre .50 e oito MAG de calibre 7,62 mm - que já foram recuperadas, faltando
apenas duas metralhadoras calibre .50 para serem encontradas. A suspeita dos
militares é de que todas essas armas tenham sido negociadas com integrantes do
Comando Vermelho (CV) e do Primeiro Comando da Capital (PCC).
De acordo com o general de brigada Maurício Vieira
Gama, chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Sudeste (CMSE), os militares
e a polícia usaram mais uma vez "a estratégia da dissuasão". Ou seja,
a ameaça de sufocar as ações dos bandidos levou ao encontro de mais uma parte
do armamento. "Agora ficará a cargo do IPM aberto no Rio essa
apuração", informou o general
Em São Paulo, 19 militares - 16 dos quais oficiais
- já foram punidos administrativamente em razão da negligência ou falha na
guarda das armas no arsenal. Outros seis tiveram a prisão preventiva pedida
pelo CMSE à Justiça Militar. O principal suspeito de ter articulado o furto das
armas é o cabo Vagner Tandu, que trabalhava como motorista do comandante da
unidade, o tenente-coronel Rivelino Barata de Sousa Batista, que foi afastado
do cargo por ordem do comandante do Exército, general Tomás Miguel Ribeiro Paiva.