Ananindeua (PA) - Um grupo de aproximadamente 30 entregadores de aplicativo realiza, neste momento, um protesto em frente ao condomínio Fit Coqueiro I, na rodovia Mário Covas, em Ananindeua, Região Metropolitana de Belém. O motivo foi uma suposta agressão sofrida por um deles na noite do último sábado, 27. Ailton Costa Freitas, de 20 anos, contou à Polícia Civil que levou um tapa no rosto ao levar um medicamento para um morador. O motivo teria sido a recusa do entregador em subir no apartamento do homem que solicitou o serviço.
Os manifestantes tomaram parte da rodovia Mário Covas e o trânsito, por alguns instantes, ficou lento no local. Eles também exigiram a presença da imprensa e da Polícia Militar para denunciar o fato e o agressor. A vítima, que estava no local com o Boletim de Ocorrência em mãos, contou que a opção de não ir até o apartamento de qualquer pessoa que solicita os serviços de entrega é uma prerrogativa garantida aos entregadores pela plataforma.
Ainda de acordo com a vítima, o primeiro contato por interfone foi feito com a esposa do agressor, que pediu a ele que subisse até o apartamento. Ao informar que não entraria no condomínio, a mulher falou que o marido dela iria até a portaria. “Ele já chegou me dando um tapa no rosto. Tentei reagir, mas fui ao chão. Eu falei que iria denunciá-lo, mas ele seguiu me ofendendo, proferindo palavrões e me ameaçando. Tudo o que queremos com esse protesto aqui é justiça e mais respeito com os entregadores”, contou a Ailton.
O caso foi registrado na Seccional Urbana da Cidade Nova. Além de ouvir as partes envolvidas na história, a Polícia Civil também irá solicitar imagens das câmeras de segurança do prédio para analisar o caso. Os manifestantes seguiam na frente do condomínio até o início desta tarde. O suposto agressor não foi identificado pela reportagem até a publicação desta matéria e o espaço segue aberto para possíveis manifestações.
(Imagens: Lucas Carvalho)