Há dez anos na Amazônia, tecnologia REAC tem resultados revolucionários no tratamento de doenças

Abordagem atua em patologias como depressão, ansiedade, transtorno bipolar, insônia, fibromialgia, autismo e doenças neurodegenerativas, como o Parkinson

28/07/2025, 14:27
Há dez anos na Amazônia, tecnologia REAC tem resultados revolucionários no tratamento de doenças

Belém, PA - Criada em 1987, pelos pesquisadores italianos Salvatore Rinaldi e Fania Fontani, a Tecnologia Radio Electric Asymmetric Conveyer, conhecida no mundo pelo nome de REAC, já é uma realidade na Amazônia, sobretudo em Belém. Ela

representa uma nova esperança, um novo paradigma terapêutico na abordagem das patologias, de quadros como depressão, ansiedade, transtorno bipolar, insônia, fibromialgia, autismo e até em doenças neurodegenerativas como a de Parkinson e outras.


Como funciona?


A tecnologia REAC foi desenvolvida para possibilitar tratamentos de neuromodulação, na busca de melhores respostas do próprio sistema nervoso, assim como a biomodulação, para reparação e regeneração natural dos tecidos.


Desde a primeira metade do século XX já se sabia que a célula, para sobreviver e manter-se saudável, exerce a sua própria e intensa atividade por meio da produção de eletricidade. A ciência chama isso de “atividade bioelétrica endógena”, que gera os chamados campos bioelétricos endógenos. 


Ao longo dos anos, as pesquisas demonstraram que os campos bioelétricos endógenos são essenciais para todas as funções celulares do organismo humano e que, quando essa atividade é interrompida - por fatores como infecções, traumas, o estresse crônico, envelhecimento, estados psicoemocionais e afetivos -, são aí criadas as bases para o surgimento de distúrbios e doenças.


Origem das Doenças


Tais alterações na atividade bioelétrica celular endógena podem afetar todos os tecidos e órgãos humanos, bloqueando os processos naturais de reparo das células alteradas. Isso pode levar a condições crônicas, inclusive doenças degenerativas.


Este conjunto de conhecimentos avançados impulsionou a pesquisa na busca de tecnologias capazes de agir sobre os mecanismos subjacentes à atividade bioelétrica endógena do organismo humano, a fim de restaurá-la e até mesmo otimizá-la. Nasceu então a tecnologia REAC, um verdadeiro "oásis" para o alívio dos pacientes ao redor do planeta.


Registrada na ANVISA desde 2014, a nova abordagem é uma daquelas inovações que, de fato, vem transformando vidas. Projetada e patenteada para uso terapêutico, ela restaura a atividade bioelétrica celular do organismo humano, alterada por diversos fatores, restabelecendo seus níveis naturais de modulação/ajuste.


Pesquisadores Salvatore Rinaldi e Vania Fontani, com o BENE, da Tecnologia REAC. (Foto: Divulgação)


Cooperação


Com o registro na ANVISA iniciou-se no Brasil uma série de cooperações entre o instituto italiano Rinaldi Fontaine e diversas instituições de pesquisas nacionais, como as Universidades Federais do Pará, do Amapá e de São Paulo, além da Pontifícia Universidade Católica do Paraná e a Universidade de São Paulo – USP. O Pará foi o segundo estado da federação a utilizar a tecnologia REAC, e o primeiro a publicar trabalhos científicos no Brasil.


"Não deixa de ter sido uma aposta no conhecimento e no próprio futuro, trazer essa experiência única para a Amazônia", avalia o pesquisador paraense Alfredo Coelho, 52 anos, um dos parceiros do instituto italiano Rinaldi Fontaine (sede em Florença) no projeto Brasil.


Ele explica que a tecnologia REAC dispõe hoje de mais de 70 protocolos distintos para o enfrentamento de inúmeras doenças, sendo todas as abordagens totalmente não invasiva e indolor. 


Maravilha em Belém


Entre as centenas de pacientes alcançados pela tecnologia REAC no Pará está a acadêmica de enfermagem Sammya Garcia, 30 anos, diagnosticada com fibromialgia, que afirma: "descobrir os protocolos dessa tecnologia possibilitou-me libertar das fortes dores que sofria, sem precisar usar os potentes analgésicos e psicotrópicos, que me deixavam sequelas muito piores que as da própria doença”.


Por sua vez, a fotógrafa Patrícia Brasil, 35 anos, mãe da pequena Malu, diz que "a cada semana eu me surpreendia com as respostas da neuro e bioestimulação do REAC contra um distúrbio (apraxia) da fala com o qual ela fora diagnosticada. Minha filha só evolui, e hoje já fala quase tudo, fez amiguinhos e, inclusive, vai muito bem na escola”.


Para a administradora Gisele Xabregas, 43 anos, diagnosticada com três hérnias de disco, osteoporose e espondilolistese (escorregamento de vértebras), além de um grave quadro ansioso e depressivo, "a descoberta da tecnologia REAC em Belém foi um divisor de águas na minha vida, pois em março de 2015 eu comecei fazer protocolos de bio e  neuromodulação e, em pouco tempo, não apenas as dores de coluna, a ansiedade e os distúrbios do sono melhoraram, mas até mesmo as alergias crônicas foram desaparecendo, tanto que pude voltar à academia e praticar musculação e até muay thai.”


Ioná Cavalcante, 50 anos, cujo filho foi diagnosticado com paralisia cerebral, autismo severo e epilepsia de dificílimo controle, conta "ele teve respostas motoras e cognitivas surpreendentes a partir do uso de REAC, inclusive com o desaparecimento dos frequentes episódios epiléticos, após dois anos de tratamento".


Alfredo Coelho, pioneiro da tecnologia na Amazônia (Foto: Divulgação)


Farol da Esperança


A tecnologia REAC, que há uma década floresce na Amazônia, emerge como um farol de esperança para centenas,  talvez milhares de pacientes. "Longe dos tratamentos invasivos, essa inovação atua na raiz do problema, otimizando o funcionamento natural do nosso corpo para combater males que vão da ansiedade e depressão a condições complexas como fibromialgia e autismo", garante o pesquisador Alfredo Coelho.


"A tecnologia não só valida a aposta no conhecimento, como ressalta o potencial da ciência em oferecer soluções inovadoras e humanizadas. E assim, a Amazônia, berço de tanta riqueza natural, se consolida também como um polo de inovação científica, abrindo caminho para que a população possa ter acesso a uma vida com mais qualidade e menos sofrimento.


Foto: Divulgação

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