Neah Chiavenato desenvolve abordagem própria para alfabetizar crianças autistas não verbais e é reconhecida nacionalmente.
uando começou a trabalhar com crianças autistas, em 2014, a professora Neah Chiavenato utilizava um método argentino bastante difundido no Brasil. A experiência prática, porém, revelou limites importantes, sobretudo no atendimento a crianças não verbais. A constatação levou Neah a trilhar outro caminho - e o resultado acaba de ser reconhecido nacionalmente.

“O método argentino não era muito assertivo para crianças não verbais. Então comecei a construir outro, com base em diferentes abordagens às quais tive acesso”, explica Neah. Segundo ela, a metodologia é fundamentada na análise do comportamento, com estratégias variadas de aplicação e adaptação à realidade de cada aluno.
Um dos pilares do método são as pistas visuais, que utilizam cores e imagens organizadas em sequências específicas. “Se a primeira palavra é um substantivo, ela aparece, por exemplo, em branco. A criança já espera que venha um objeto: uma bola, uma casa, uma árvore”, detalha.
As atividades partem sempre de frases simples, relacionadas ao cotidiano da criança. A partir das imagens - bola, piscina, parque -, o aluno aprende a formular e compreender sentenças básicas. Com o tempo, essas frases são desmembradas e ampliadas.
“A criança passa a interpretar o que vê e, a partir disso, expande seu universo de compreensão”, diz a professora. Para Neah, a comunicação é um dos maiores desafios das crianças autistas não verbais. “Sem conseguir pedir ou responder, muitas acabam reagindo de forma agressiva. Quando aprendem a se comunicar, o comportamento muda junto.”
Neah iniciou sua trajetória como estagiária em 2007, em uma escola regular. Tornou-se professora em 2010 e, quatro anos depois, decidiu que precisava de um espaço próprio para desenvolver o novo método. Assim nasceu o Instituto Ieduchi, voltado à pesquisa, aplicação e acompanhamento pedagógico.
Ela aponta que a inclusão de crianças autistas não verbais na rede regular ainda enfrenta obstáculos significativos. “Falta acompanhamento diário, facilitadores, planos educacionais individualizados e formação contínua para professores. É raro encontrar uma escola que consiga oferecer tudo isso.”
No Instituto, há ainda uma pequena loja com kits pedagógicos adaptáveis ao método. “Não adianta produzir um material padrão se, quando chega à criança, ela precisa de outra coisa”, observa. O trabalho já desperta interesse fora do Estado, com convites para aplicação da metodologia em outros municípios e regiões do País.
“O meu objetivo é simples e enorme ao mesmo tempo: que crianças autistas não verbais possam se alfabetizar. Isso muda completamente a vida delas”, conclui Neah.

Uma denúncia está sendo feita contra a atual administração da Emater, presidida pelo pastor da igreja Assembleia de Deus, Joniel Vieira de Abreu. Servidores da instituição procuraram a coluna para denunciar que Azenate Vieira de Abreu, irmã do presidente Joniel Vieira de Abreu e do deputado estadual Josué Paiva (fotos), foi aprovada em primeiro lugar no Processo Seletivo Simplificado para o cargo de secretária de Ensino técnico, com lotação para o município de Santarém.
Essa situação levanta suspeitas de suposto nepotismo e favorecimento, o que é proibido pela Lei nº 14.133/2021, que estabelece normas gerais de licitação e contratação pública. O nepotismo é uma prática que compromete a transparência e a igualdade no acesso a cargos públicos. Os servidores que denunciam o caso informaram que o Ministério Público vai ser acionado para apurar a denúncia e tomar as medidas cabíveis para garantir que o PSS da Emater seja conduzido de forma ética e transparente.
A situação é ainda mais grave: o deputado estadual Josué Paiva controla a Emater desde fevereiro de 2023, o que pode ter influenciado o resultado do processo seletivo, segundo a denúncia.
Um caso de favorecimento também está sendo denunciado em Monte Alegre. Jairo Mendes, que foi candidato a vereador no município e conhecido por ser do reduto político e do mesmo partido – Republicanos - do deputado Josué Paiva, também foi aprovado em primeiro lugar no PSS para um cargo de nível técnico, apesar de ter apenas o ensino fundamental incompleto.
O cargo para o qual Jairo Mendes foi aprovado exige nível técnico, o que levanta sérias dúvidas sobre a lisura do processo seletivo. A falta de qualificação acadêmica do candidato é um obstáculo para a sua nomeação, o que configura um claro caso de favorecimento político.
Jairo Mendes é um conhecido apoiador do atual presidente da Emater e tem ligações políticas estreitas com o irmão do presidente. Isso levanta suspeitas de que o processo seletivo tenha sido manipulado para beneficiar o candidato.
Os servidores da Emater estão indignados com as situações e esperam que as autoridades competentes investiguem e tomem as medidas necessárias para garantir a transparência e a justiça no processo.
Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.
Comentários
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