oi um verdadeiro show - de desorganização - a cerimônia de abertura da 76ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, a SBPC, realizada na noite deste domingo, 7, no Theatro da Paz, em Belém. O problema foi que os organizadores priorizaram o glamour e não a capacidade de público na escolha do local do evento. O resultado foi um mundo de gente barrada, alguns, inclusive, de fora do Estado, que vieram ao Pará única e exclusivamente para a reunião.

Assim que a lotação
foi alcançada, as grades que cercam o Theatro da Paz foram fechadas e os
seguranças, plantados em frente a cada uma delas para garantir que ninguém mais
entrasse. Aí teve início o show de “carteiradas”. Empurra daqui, grita dali...
não teve jeito. Foram muitas as pessoas credenciadas barradas, algumas delas
associadas à SBPC, porque o critério foi deixar entrar quem chegou primeiro.
Simples assim
O presidente do
Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação de Maricá, no Rio de Janeiro,
Cláudio Gimenez, por exemplo, conseguiu entrar depois de insistir com meio
mundo de gente e esperar por mais de meia hora até que resolvessem sua
situação. A mesma paciência não teve o superintendente da Sudam, o ex-senador
Paulo Rocha, que deixou o local esbravejando depois de ter sido barrado logo na
primeira tentativa de entrar. Na Reitoria da UFPA, como se sabe, é Deus no céu
e Paulo Rocha na terra - até ontem, pelo menos.
Helder ausente
Outro aspecto que chamou atenção foi a ausência do
governador Helder Barbalho, ou de um representante oficial do governo do
Estado, no evento. A Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas era o
órgão mais perto disso, mas nem o cerimonial e muito menos o presidente da
instituição, Marcel Botelho, deixaram isso claro. Marcel até citou Helder
quando se pronunciou, mas não disse que estava ali para representá-lo.
Fechado ao público
As cerimônias de abertura de reuniões anuais da Sociedade
Brasileira para o Progresso da Ciência têm como característica a abertura
gratuita ao público, até como forma de estimular o debate e a adesão ao tema.
Por isso não houve controle logo nas primeiras horas em que as portas do teatro
foram abertas. Ou seja, quem não se credenciou, mas chegou cedo, entrou; quem
optou por chegar um pouco mais tarde justamente por estar credenciado, foi
barrado no baile.
Manda quem pode
Fizeram parte da mesa 14 pessoas, entre elas, o professor
Emmanuel Tourinho, reitor da UFPA, instituição organizadora do evento em Belém.
Na busca por culpados, atribuiu-se a ele uma suposta omissão em relação à
escolha do local. Há quem diga que houve tempo para mudar o local da abertura
da reunião para um espaço mais amplo, mas o silêncio do reitor contribuiu para
que um momento de festa tenha se tornado uma noite de irritação.
Obedece quem...
Sabe aquela história segundo a qual ‘por trás de um grande
homem sempre existe uma grande mulher’? Pois é. Na multidão de pessoas
escaladas como organizadores do evento constam três nomes ligados à UFPA - além
do magnífico, a professora Maria Athaide Malcher e Simone Neno, que vem a ser a
mulher do reitor Emmanuel Tourinho.
Conhecida nos corredores da Universidade como “Rasputin de
saias” - atribui-se a ela a ideia de construção da nova Editora da UFPA, “um
castelo de quase R$ 10 milhões” -, Simone Neno teria sua parcela de culpa na
escolha do Theatro da Paz para a abertura do evento e sequer foi questionada
pelo marido.
O zelo da primeira dama se concentrou no glamour e
na definição dos lugares a serem ocupados pelos ungidos na plateia, onde, pelo
visto, não constava Paulo Rocha. Até o pessoal do gabinete da UFPA ficou de
fora, fato que tem merecido comentários bem picantes nas redes sociais - Simone
Neno como protagonista, por óbvio.
Papo Reto
· Circula
em Brasília: o ministro de Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de
Pequeno Porte do Brasil, Márcio França, do PSB, disse que não há espaço para
mudança no nome do vice-presidente de Luiz Inácio Lula da Silva, caso o petista
seja candidato à reeleição em 2026.
· A
declaração foi dada em entrevista à CNN sábado. De acordo com França, o
desempenho de Geraldo Alckmin tem sido bem avaliado pelos partidos, o que
afastaria a possibilidade de mudança na aliança entre PT e PSB.
· Em
relação à vaga de vice, França descartou a possibilidade de uma candidatura da
sua sigla no próximo pleito e reforçou a aliança com os petistas.
· Questionado
sobre uma possível indicação do MDB, o ministro disse que tem
"dúvida" sobre qual será a posição do partido se Nunes vencer.
"O MDB do Nordeste, com Renan Filho, e do Norte, com os Barbalhos,
trabalham pelo Lula", diz.
· Observação
desinteressada de um leitor: o prefeito Edmilson Rodrigues (foto),
entregou a avenida Romulo Maiorana reformada, mas só a parte do Ronaldo
(Maiorana); a parte do Rominho vai ter que esperar...”
· A
disparada do dólar e o avanço do preço do petróleo viraram sinônimo de pressão
extra sobre a Petrobras, que assiste o "derretimento" dos preços que
pratica internamente.
· A
gasolina vendida nas refinarias do Brasil, por exemplo, relata a Associação
Brasileira dos Importadores de Combustíveis, está em média 18% mais barata do
que o preço praticado lá fora.
· Sinistro:
ex-gerente de controle de qualidade da Boeing confessa que, por anos,
trabalhadores da fábrica do 787, em Everett, Washington, rotineiramente
reutilizavam peças descartadas em um ferro-velho interno.
· Lideranças
nacionais ligadas à piscicultura lutam bravamente, durante as discussões da
reforma tributária, para que o peixe originário de cultivo possa fazer parte da
cesta básica nacional.
· Uma
nova e promissora forma de modificar células e contornar os efeitos do
Alzheimer e outras doenças neurodegenerativas é o que promete estudo da
Universidade Estadual da Pensilvânia, publicado no periódico
científico iScience.