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major da Polícia Militar do Pará à paisana agrediu um homem em frente à mulher
e a filha dele, tendo ao lado uma guarnição como plateia. O caso foi
registrado em Alenquer e, de acordo com informações encaminhadas à Coluna
Olavo Dutra, a Corregedoria da PM, abriu investigação para apurar a
denúncia, gravada em vídeo pela mulher da vítima.
A Polícia Militar segue aprontando por todo o Pará. Dessa vez, os casos
aconteceram em Alenquer, no oeste do Estado, e Capanema, no nordeste do Pará.
Na primeira, o major Alves, comandando da instituição no município de Alenquer,
agrediu um homem sem se intimidar com a mulher da vítima, que filmava com a
filha ao lado, uma criança. A guarnição, que assiste a tudo na mais infame
conivência, ainda tentou impedir o registro das imagens.
No total, três vídeos foram feitos pela mulher, que não se identificou. No
primeiro, é possível ver, claramente, o major mandando um dos policiais impedir
a gravação, enquanto ele desfere um golpe com o cotovelo no rosto da vítima. A
vítima já tem passagens pela Polícia Civil, mas a agressão segue sem ser
justificada.
No segundo vídeo, o major Alves enquadra o rapaz, apertando- o contra a parede
e já com o rosto parcialmente ensanguentado. O policial, que não estava de
serviço e, por isso mesmo, praticou o ilícito à paisana, ainda debocha da
mulher dizendo que os dois estão "apenas conversando".
No terceiro vídeo, já é possível ver o major apenas tomando cerveja, desacompanhado
da vítima e conversando com duas pessoas. Ele olha para a mulher e fala,
claramente, “a gente se encontra por aí”. O caso revoltou os moradores de
Alenquer pela forma como tudo aconteceu: com os policiais militares de plantão
fazendo papel de plateia e o comandante da PM fazendo uso do cargo que possui
para agredir uma pessoa de maneira sádica.
A Corregedoria da Polícia Militar já está de posse dos vídeos para análise e
vai ouvir, também, os policiais envolvidos no caso para decidir quais medidas
tomar. Em condições normais de temperatura e pressão, o trâmite é a abertura de
procedimento interno, seguido de expulsão do quadro da corporação, por se
tratar de claro abuso de autoridade e tortura.
Comandantes apontados
por
suposto assédio e
prática
de extorsão no
Batalhão
de Capanema
Também
no final de semana, as redes sociais estamparam nota de repúdio, atribuída aos
praças do 11º Batalhão de Polícia Militar de Capanema, denunciando
"assédio moral e a tortura psicológica" a que são submetidos os
policiais destacados para essa unidade. A nota cita, nominalmente, o comandante
do BPM, coronel Lima Neto, e o comandante do CPR VII, coronel Adauto (fotos).
De acordo com o documento, os dois exigem dinheiro e benesses, como carne e
peixe, de todos os subordinados destacados para essas unidades, semanalmente,
sob pena de serem transferidos para outras cidades e postos. “Policiais que
trabalham em Cachoeira do Piriá têm que repassar R$ 400 todo fim de semana para
o coronel e o tenente coronel para poder trabalhar lá”, diz o documento.
A nota afirma que parte da ameaça se sustenta sobre a tese de que o coronel
Lima Neto será o próximo comandante-geral da PM, como ele mesmo afirma, o que
lhe permitiria aplicar, aos insubordinados, castigos ainda mais severos que a
mera transferência de unidade, como hoje faz, segundo a nota.
Por razões óbvias, o documento não é assinado por ninguém, o que dificulta a
confirmação da autoria. Mas, como diz um ditado bem conhecido, o povo aumenta,
mas não inventa. E os praças fazem parte do povo. Diante das denúncias, a
coluna se coloca à disposição do comando da PM para a publicação de possíveis
manifestações sobre o caso.
Papo Reto
· Habituados
às "facilidades" que detinham na gestão da apodrecida Arcon - onde
mandavam e demandavam -, operadores do transporte complementar ameaçam bloquear
rodovias no sul e sudeste do Estado. Eis uma tarefa para Eduardo Ribeiro (foto), o
chefão da Artran.
· A
medida é uma forma de "mandar recado" à Artran, nova agência de
transporte do Estado, de que seus privilégios precisam continuar. O movimento,
claro, afronta e prejudica os usuários, especialmente idosos e crianças.
· Vai
ter arte de paraense em Paris, durante as Olimpíadas. O artista plástico do
Pará PV Dias, é o único paraense na "Jaguar Parede", uma mostra de
esculturas de onças pintadas por vários artistas, no Rio de Janeiro.
· Cerca
de 80 peças enfeitam pontos turísticos da Cidade Maravilhosa, o Rio de Janeiro,
mas apenas duas delas vão a Paris, onde os jogos olímpicos serão disputados.
· Das
onze peças, uma foi pintada por PV Dias, paraense que mora no Rio de Janeiro.
As esculturas vão ficar em frente ao Hotel Fairmont, em Paris, pertinho do
Museu do Louvre.
· Levantamento do Instituto Chico Mendes-ICMBio e da
Associação dos Caranguejeiros aponta que os manguezais de Soure produzem cerca
de 3 milhões de caranguejos por ano, beneficiando mais de mil famílias.
· A
coordenadora do Instituto, Ellen Monique Barbosa, destaca que a maioria desses
caranguejos vem para Belém, mas 30% chegam sem vida e são descartados por
conta do mau acondicionamento.
· Associação,
ICMBio e a UFPA pretendem adotar o uso de uma ‘basqueta’ apropriada para
transportar a carga, o que deverá diminuir as perdas para 3%, segundo
estudos feitos pelos envolvidos.
· O
projeto pretende comercializar parte do caranguejo para a
merenda escolar de Soure, que adquire praticamente todo alimento
destinado aos alunos da produção.