ituado em uma extensão de terras das
mais férteis da Amazônia brasileira, o trecho da Rodovia Transamazônica que vai
de Novo Repartimento até Rurópolis detém a maior produção de cacau do Brasil,
um imenso plantel de gado bovino, uma das maiores hidrelétrica do País - Belo
Monte -, mas é um emaranhado de problemas socioeconômicos difíceis de
solucionar.
Tecnicamente conhecida como BR-230, a
rodovia foi projetada no governo militar do presidente Emílio Garrastazu
Médici, em 1969, com extensão de 5. 662,60 quilômetros. Lançado com pomba e
circunstância sob o lema “Integrar para não entregar”, a obra foi considerada
“faraônica”: começa na cidade de Cabedelo, no Estado da Paraíba e termina no
extremo oeste, Região Norte, na cidade de Lábrea, Estado do Amazonas.
Morada da esperança
Os municípios de Altamira e
Medicilândia, os mais povoados da região paraense, concentram as maiores
riquezas, mas ainda vivem na esperança de uma rodovia totalmente pavimentada,
com pontes em concreto, prometidas desde os anos 1970 do século passado, quando
iniciou o ciclo de ocupação da região por famílias oriundas de todo o País, sob
o comando do Incra, "Terras sem homens para homens sem terras",
dizia-se.
Altamira sempre concentrou as maiores
ações dos governos, por ser considerado o maior município do mundo, com 180 mil
km2, o tamanho do Estado do Paraná. Embora tenha perdido 30 mil km2 na criação
de outros municípios, sua extensão ainda responde por uma ingovernabilidade
insanável.
Interesses políticos
No curso de mais de 50 anos desde o
lançamento da obra, a rodovia vem sendo pavimentada de acordo com os interesses
políticos e econômicos dos governos de plantão, como o trecho Hidrelétrica de
Belo Monte até Altamira, e de Altamira a Medicilândia, além de outros trechos
menores, que até o Dnit tem dificuldade em localizar.
Das mais de 100 pontes em concreto
necessárias em território paraense, são contadas nos dedos as efetivamente
concluídas.
"Mina de problemas"
Problemas com povos indígenas do rio
Xingu, mineradoras legais e ilegais que atuam na área e aumento expressivo da
criminalidade na esteira da construção de Belo Monte são questões que se
arrastam sem que a mão do Estado tenha força e vontade de dirimir, em meio ao
progresso que se agiganta desordenado e restrito aos grandes capitais e grandes
empreendimentos, nada diferente da realidade brasileira.
Estrada de cada um
Em vídeo que circula nas redes
sociais neste início de inverno amazônico, a “rodovia do futuro” ainda aparece
tão pretérita quanto 50 anos atrás. Ou quanto uma pirâmide do Egito antigo,
graças aos “faraós” que passaram preocupados em pavimentar apenas a própria
estrada, não a integração nacional.
Papo Reto
Comentários em Parauapebas dão conta de que o
deputado federal Keniston Braga (foto) e um ex-vereador da
cidade vêm a Belém para uma ‘reunião secreta’ como governador Helder Barbalho.
A agenda estava guardada a sete chaves, mas, sabe
como é. Por motivos óbvios, nem mesmo o governador queria que a informação
vazasse, tantas são as suas opções de apoio a candidatos à sucessão de Darci
Lermen.
Aliás, com o primeiro turno
marcado para 6 de outubro, as eleições municipais de 2024 devem resultar na
nomeação de cerca de 58 mil vereadores, segundo dados do TSE.
A paraense Cleide Andrade diz já ter sido vítima de
33 assaltos em Belém. Em um dos casos, relata que trabalhava em uma empresa
onde os ladrões julgavam que ela teria a chave do cofre.
Embora submetida a uma cadeira de psicólogo e
diversas terapias e academia de ginástica, a moça é uma sobrevivente e, como
tal, merece um lugar de destaque no Livro dos Recordes, convenhamos.
Ano passado, o Pará exportou um valor acumulado de
US$ 22.258.128.915 bilhões, fechando o período com uma variação positiva de
3,45% em relação ao ano anterior.
Ao todo, foram exportadas 179 milhões de toneladas.
O Estado foi o maior exportador da Região Norte e segundo maior da Amazônia
Legal.
No ranking nacional, o Pará ficou na terceira
colocação em saldo, com US$ 20.345.715.389 bilhões, atrás dos Estados de Mato
Grosso e Minas Gerais, e manteve a sétima posição em valor exportado.
Nas importações, ficou na 17ª posição no País, com
um valor de US$ 1.912.413.526 bilhões, 3.693.086 milhões de toneladas e queda
de -30,19%.
Os dados são do Ministério de Estado do
Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, analisados e divulgados pelo
Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias-Fiepa do Pará.