s chamados “fazedores” de cultura de Belém, como preferem ser chamadas as pessoas que trabalham no setor, também consideram que tiveram um peso grande na eleição do prefeito Edmilson Rodrigues, e, hoje, se ressentem de total abandono, ou pior, de calote financeiro, um tipo de abandono que afeta diretamente o sustento de quem vive de fazer cultura. O fato é que nada do que é promovido pela Prefeitura de Belém é pago em dia aos artistas da própria cidade.
Um exemplo gritante disso foi a propagada 1ª Bienal das
Artes de Belém, promovida ano passado, de 20 a 25 de setembro, em que, passados
três meses, em dezembro, os artistas locais ainda estavam sem receber os
cachês, enquanto cantores convidados de fora do Estado tiveram os pagamentos
priorizados pela Fundação Cultural do Município de Belém, Fumbel, que só pagou
os artistas locais no início deste ano.
Agora está chegando um novo final de ano e a mesma
realidade: os artistas estão sem receber da Fumbel por trabalhos realizados
durante o ano, como é o caso do trabalho de organização do lançamento do livro
“Caminhos e Descaminhos da Amazônia: em Busca do Desenvolvimento”, da
professora e socióloga Violeta Refkalefsky Loureiro.
O lançamento do livro foi em 12 de junho deste ano,
portanto, há cinco meses, tempo em que os produtores envolvidos no evento estão
sem ver a cor do dinheiro.
Prefeito “da cultura”
À coluna, um desabafo: “O povo da cultura, os artistas,
em sua maioria esmagadora, votaram e ajudaram a eleger o prefeito atual, né? E
ele (o prefeito), quando precisa, se utiliza dos artistas, se diz o prefeito
dos artistas, da cultura, mas aí assume a cadeira e passa meses devendo os
artistas a cada evento que é realizado. E sempre prometendo que vai pagar, que
vai sair, e nunca pagam”, relatou um dos artistas que está no grupo dos que não
recebem há meses por projetos já realizados.
Assim, boi não dança
Entre esses eventos está também a quadra junina, que,
como o próprio nome diz, foi realizada em junho deste ano, envolvendo os
artistas do setor de quadrilhas, que trabalharam não apenas no mês de junho,
mas o ano inteiro para que a festa popular aconteça.
Até o mestre Pinduca
Uma dessas vítimas do calote contou à coluna que até o
cantor Pinduca, o “Rei do carimbó”, está entre os que sofreram calote da
Prefeitura de Belém e até hoje não receberam o cachê das festas juninas. “Pasme
você: o Pinduca está entre essas pessoas. E se Pinduca, que é nosso mestre,
está nesse rol, você imagina o que será dos nossos pagamentos!”, diz outra
vítima do calote.
O caso da bienal
O que os artistas temem é que essas dívidas, ainda do
mês de junho, sejam tratadas como o “Caso da Bienal, para o qual a Fundação
Cultural de Belém deixou virar o ano passado e só foi dar atenção aos artistas
locais neste ano, isso, após passar todo o mês de janeiro, pois os pagamentos
dos artistas acabaram sendo programados nas despesas chamadas “restos a pagar”
- despesas públicas que ficam de um ano para o outro -, e só podem ser pagas
após a chamada abertura do ano fiscal, que só ocorre a partir de fevereiro.
Se a moda pegar, os artistas que agora protestam só
serão pagos após a abertura do ano fiscal de 2024.
Mais promessas
Diante das reiteradas cobranças dos artistas nas redes
sociais e na imprensa, a Fumbel tem respondido, por mensagem indireta de sua
presidente, Inês Silveira, figura muito próxima de Edmilson Rodrigues, que a
partir do próximo dia 17 deste mês começará a pagar os atrasados.
Papo Reto
Nove
funcionários comissionados que ganhavam menos de R$ 5 mil e foram içados ao
Tecnoprev passaram a receber vencimentos de quase R$ 9 mil, segundo o
comparativo das folhas de junho e julho deste ano.
O
secretário da Fazenda, Renê Souza Júnior (foto), exonerou o coordenador Fazendário de
Abaetetuba e região, auditor fiscal e ex-vereador Armênio Wilson de Moraes,
cassado em 2008.
Armênio
Moraes caiu sob o peso de um processo administrativo disciplinar aberto para
apurar denúncia de auditores fiscais “novatos” sobre suposta prática de assédio
moral.
O
secretário escalou para substituir Armênio Moraes o também auditor fiscal
Danilo Gonçalves, que tempos atrás era foi adjunto na Sedeme, na gestão Iran
Lima, atual deputado.
Como
dizem as redes sociais, “o amor venceu” - inclusive com pompa e circunstância.
A referência é ao casamento do chefe de Gabinete do prefeito Edmilson
Rodrigues, Aldenor Júnior.
É
muito estranho o silêncio das autoridades ambientais do Estado com relação ao
cultivo de arroz na região do Marajó. Quem tem boi na linha, tem; e com muita
pavulagem...
Governos
correm para salvar os maiores segredos do mundo dos computadores quânticos.
O que
está em jogo é o risco de que a inteligência artificial seja capaz de quebrar
os atuais protocolos de criptografia, colocando em risco os sistemas militares
e financeiros que norteiam o sistema global.
Aliás,
a inteligência artificial tem sido grande aliada nas ações por terra, mar e ar
de Israel para destruir vários alvos ao mesmo tempo dos terroristas do Hamas na
Faixa de Gaza.
Pela
primeira vez, um macaco quimérico com uma grande quantidade de células
derivadas de células-tronco embrionárias foi concebido vivo. O bebê nasceu com
olhos verdes e dedos fluorescentes. Vixe Maria!
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