A denúncia de violência política contra a vereadora Sílvia Letícia, que ingressou com mandado de segurança junto ao Tribunal Superior Eleitoral devido à distribuição do Fundo Eleitoral, feita pelas Executivas nacional e municipal do Psol, vai se confirmando pelo volume de recursos recebidos por candidatos do partido. As Executivas são lideradas em Belém pela tendência ‘Primavera Socialista’, do prefeito Edmilson Rodrigues, e pela ‘Revolução Solidária’, liderada pelo candidato a prefeito de São Paulo, Guilherme Boulos.
Em Belém, onde o prefeito Edmilson busca a reeleição - a vereadora Sílvia Letícia é crítica da administração municipal -, a retaliação e violência perpetradas pelo grupo do prefeito podem ser mensuradas em valores. Enquanto Silvia Letícia recebeu míseros R$ 30 mil, outros parlamentares, como Enfermeira Nazaré e Gizelle Freitas, receberam R$ 250 mil, cada, e Fernando Carneiro, R$ 202 mil.
Outros candidatos ligados ao grupo do prefeito, como Vivi Reis, receberam R$ 385 mil e Cláudio Puty, R$ 153 mil. A presidente do partido, Leila Palheta, ex-namorada do chefe de Gabinete do prefeito, Aldenor Júnior, obteve R$ 168 mil, e a atual, R$ 237 mil. A mais bem aquinhoada foi a ex-deputada Marinor Brito, que ocupava cargo de confiança na prefeitura antes das eleições: recebeu R$ 404 mil.
Os dados foram obtidos através do Tribunal Superior Eleitoral, disponível em https://divulgacandcontas.tse.jus.br/divulga/#/home.
Perseguição política
"A distribuição desigual do Fundo Eleitoral é a prova mais concreta da perseguição política que venho enfrentando por parte do grupo do prefeito nestas eleições. Por isso, tomamos medidas junto ao TSE para corrigir essa situação", afirmou a vereadora Professora Sílvia Letícia.
Questionada sobre sua estratégia de campanha, Silvia diz que, "com militância política nas ruas, contribuições voluntárias via Pix de servidores municipais, a maioria dos quais recebe salários abaixo do mínimo, e por meio das minhas redes sociais. É a campanha do tostão honrado contra a campanha milionária da violência política", concluiu a parlamentar.