Terminal Hidroviário de Belém pede socorro, mas naufrágio do serviço parece inevitável

Além do sistema de ar-condicionado que não funciona, dois ancoradouros praticamente inoperantes comprometem as operações de atracação, embarque e desembarque.

05/12/2024, 12:30
Terminal Hidroviário de Belém pede socorro,  mas naufrágio do serviço parece inevitável
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Terminal Hidroviário de Passageiros, que funciona no Galpão 10 da Companhia Docas do Pará, no Centro de Belém, foi inaugurado há cerca de dez anos e registra atualmente a movimentação de mais de 2 milhões de passageiros, em que pese o descaso que toma conta do espaço público.


Terminais administrados pela CPH apresentam problemas de manutenção, mas presidente Josenir Nascimento (E) não entende do assunto/Fotos: Divulgação.
 

Administrado pela Companhia de Portos e Hidrovias, há muito tempo o terminal sofre com a indiferença do poder público, que não investe em melhorias e reformas necessárias. Os problemas são muitos, a começar pela rampa de acesso e o flutuante de um dos dois píeres existentes, ambos danificados, o que impede as operações de atracação das embarcações e o embarque e desembarque de passageiros.

 

Somente pela manhã, cerca de dez embarcações atracam e desatracam da Estação operando com apenas um equipamento, causando atrasos nas chegadas e saídas e colocando em risco as operações fluviais.

 

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No lugar errado

 

Internamente, o sistema de ar-condicionado não funciona há meses, e os banheiros e demais dependências necessitam de reparos e melhorias que nunca são feitos pela administração.

 

O atual diretor da Companhia é Josenir Nascimento, habituado à troca de cargos conforme a necessidade, que se destaca na função pela falta de expertise nesse setor, fazendo ouvidos de mercador às queixas de toda a população que costuma utilizar o transporte fluvial para diversas regiões do Estado. Batizado com o nome de Luiz Rebello, em memória ao armador paraense já falecido, o terminal afunda em problemas aparentemente insolúveis. 

 

Quem sabe um dia

 

Empresários que atuam no terminal mantêm-se na expectativa de melhorias no porto, com possibilidade de ampliação, que dobraria a capacidade de atracação com oferta de mais segurança ante a frágil fiscalização do setor, inclusive em Belém, onde, dizem, o rio é rua de muita gente.

 

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Papo Reto

 

· A licença ambiental do Ibama para início das obras de derrocamento do Pedral do Lourenço, formação rochosa localizada entre Marabá e Tucuruí, ganhou - aleluia! - previsão de publicação em janeiro de 2025, diz o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (foto), em sintonia com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários, a Antaq.

 

· A obra, como todos estão carecas de saber, prevê garantir a remoção de rochas do fundo do rio Tocantins, tornando possível a navegação ao longo da bacia Tocantins-Araguaia.

 

· Se não é o fim dos tempos, parece: MST promove "Natal com Terra", intensificando invasões no País em protesto contra a "reforma" agrária do presidente Lula da Silva.

 

· A Câmara adiou para hoje - ou pra quando Deus mandar bom tempo - a urgência para apreciação dos cortes de gastos do governo.

 

· A Caixa lançou nova linha de crédito imobiliário com juros atrelados ao CDI e taxas de juros anuais pós-fixadas, partindo de 114% do Certificado de Depósito Interbancário.

 

· O foco são imóveis residenciais novos ou usados, com valores acima de R$ 1,5 milhão. 

 

· Depois de conquistar a Libertadores - com chances abiscoitar o título do Brasileirão -, o técnico português Artur Jorge, tem propostas milionárias formalizadas do futebol árabe, mexicano e europeu.

 

· Os gastos do Glorioso com a comissão técnica do Botafogo estão em R$ 3 milhões de euros anuais. Para manter o staff, o dono da SAF do Botafogo, John Textor, vai ter que abrir o cofre.

 

· Chama-se Cláudio, não Flávio Castro, como saiu aqui, o governador do Rio de Janeiro, aquele que advertiu, após a operação com participação da Polícia Civil do Pará, sob o comando do delegado-geral, Walter Rezende, que seu Estado não será refém das organizações criminosas.

 

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