nfermeiros e técnicos do Hospital de Pronto Socorro Mário Pinotti, mais conhecido em Belém como PSM da 14 de Março, fazem, hoje, um ‘velório’ simbólico de 12 horas pelas péssimas condições de trabalho e atendimentos no hospital. A paralisação é para exigir da Secretaria de Saúde e da Prefeitura de Belém melhores condições de trabalho e de atendimento.

Pacientes amontoados

Aos profissionais, falta a devolução de cortes de gratificações feitos nos salários e reforço nas equipes, que estão sobrecarregadas. Já para os pacientes faltam de medicamentos a leitos, passando por condições dignas de atendimento, o que é impossível de ser feito com a superlotação. Nesta quarta-feira, pelas contas dos enfermeiros e técnicos, há 88 pacientes no corredor - em atendimento, mas amontoados, sem qualquer chance de tratamento digno (veja as imagens).

Jornadas no limite

A técnica de enfermagem Rosana Rocha explica que a iniciativa da paralisação foi tomada porque os profissionais chegaram ao limite, com equipes super reduzidas. Junto a outros profissionais no protesto, ela relata que há momentos em que tanto no primeiro quanto no segundo turno, os profissionais contabilizam a média de 80 pacientes para serem assistidos por apenas dois técnicos. “Isso sobrecarrega os profissionais e ainda causa uma enorme frustração, pois não há como fazer um bom atendimento com tão poucos profissionais para tantos pacientes, além da falta de medicamentos básicos”, conta a profissional.

Desconforto e goteiras

Uma das enfermeiras participantes da manifestação, que trabalha há mais de 20 anos no PSM da 14 de Março, relata que há outras condições precárias, como o próprio espaço que deveria ser de descanso dos plantonistas. “Primeiro, que não há como fazer as pausas previstas na lei com uma sobrecarga tão grande de pacientes e, mesmo se fosse possível, hoje, no que deveria ser o conforto da enfermagem, pinga água provavelmente do banheiro do andar superior. As condições de trabalho são as piores possíveis”, diz a enfermeira.

População quer saber

Rosana Rocha afirma que tudo isso levou à manifestação, para que a população de Belém saiba o que está acontecendo, já que alguns veículos de comunicação da cidade também fingem que não está acontecendo nada. Além de faixas e carro de som, os profissionais colocaram também um caixão de verdade, representando a situação de ‘morte da saúde’ pública no PSM Mário Pinotti, mas que, também, segundo os enfermeiros, não é uma situação isolada e ocorre de forma parecida no Hospital de Pronto Socorro Humberto Maradei - o PSM do Guamá.

Até o fechamento desta edição, a Secretaria de Saúde de Belém não havia emitido nenhuma nota acerca da paralisação e das reivindicações dos profissionais de saúde.

Papo Reto

· O governador Helder Barbalho (foto), que vez ou outra recorre a ditados populares para se expressar - “caititu fora do bando”, lembra? -, engatou mais um, mas, desta vez, guardou para uns poucos.

·  Dá conta de que, na expressão dos caçadores, “mais vale uma pomba na mão” - ou um pássaro, que seja – “do que duas voando”, e se refere à vaga de vice na chapa do MDB à Prefeitura de Belém. A escolha está feita, enfim.

·  O governo do Estado entregou ontem o chamado Centro Administrativo da COP30, em Belém. Fica ao lado do Palácio dos Despachos.

· O Centro funcionará como um escritório para os profissionais do Comitê Estadual do evento responsáveis pelos preparativos para a Conferência das Nações Unidas Sobre Mudanças Climáticas

·  A Basílica de Nazaré estará representada na Expocatólica 2024, que acontece de 4 a 7 de julho, em São Paulo. 

·  Será a única representante da Igreja Católica no Pará no evento, que é o maior das Américas e um dos maiores do mundo.

·  Além dos tradicionais estandes de divulgação de instituições e projetos católicos, haverá seminários e palestras sobre catolicismo digital, principalmente para conquistar relevância entre os jovens, tradicional dificuldade para engajamento nas igrejas. 

· O Brasil desabou para a 62ª posição no Ranking Mundial de Competitividade, que avalia o cenário de 67 países, diz o International Institute for Management Development.

·   A quem interessa o brutal assassinato dos dois acusados pelo plano de sequestro do senador Sergio Moro, na prisão de Presidente Venceslau, em São Paulo?

·  A grande mídia não dá a menor bola ao assunto, mas o Brasil já se aproxima de 6 milhões de casos e 4 mil mortes por dengue.

·  A Física moderna já considera que, ao contrário do que sempre se pensou, o tempo não avança e que, na verdade, não passa de uma mera ilusão.