ecentemente, o Mapa dos Médicos, levantamento realizado de tempos e tempos pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), apontou que o Brasil chegou à incrível marca de 2,8 médicos por mil habitantes, em 2023, um salto desde 2016, quando esse número era de 2,03, e um abismo desde 1990, quando o índice era de 0,91. Ainda assim, a radiografia do CFM mostra que boa parte dos brasileiros segue muito longe de ter acesso fácil a um profissional de saúde.

O
motivo está na disparidade regional em que esses médicos atuam. Enquanto no
Distrito Federal há 6,31 médicos por mil habitantes - índice considerado
superior à média nacional - no outro extremo está o Maranhão, com 1,26; seguido
pelo Pará, com 1,39. Depois do DF, vem o Rio de Janeiro, 4,34; São Paulo,
3,70; Espírito Santo, 3,61; Minas Gerais, 3,46; Rio Grande do Sul, 3,42; e
Paraíba, 3,08.
Na
avaliação do Conselho, ações de incentivos para a atuação de médicos em regiões
carentes, investimentos em infraestrutura de saúde e programas de formação de
profissionais voltados para as necessidades específicas de cada região são
necessárias para minimizar a desigualdade no acesso aos profissionais de saúde.
Mas é aí que o bicho pega.
O caso de Altamira
Altamira,
cidade do sudoeste do Pará com mais de 115 mil habitantes, poderia minimizar
essa disparidade por ser um dos poucos municípios do interior paraense com um
curso de Medicina em plena atividade. Mas, ao analisar a situação da graduação,
mantida na cidade pela Universidade Federal do Pará (UFPA), percebe-se que essa
disparidade começa, justamente, pela falta de interesse de médicos que poderiam
atuar como professores em regiões como essa, distante dos centros urbanos.
O fundo da casa
Enquanto o campus de Belém possui cerca de 200 médicos-professores e faculdade própria para o curso de Medicina, com todo conforto de mobília nova, moderno sistema de refrigeração, aparato multimídia para aulas e laboratórios impecáveis, Altamira não conta sequer com 50 docentes, além de sofrer com deficiências crônicas de estrutura.
Espaço e sensibilidade
Todas as
atividades funcionam em um único prédio - construído pela Norte Energia como
condicionante para a instalação da Usina de Belo Monte na região. A estrutura é
bastante apertada porque circulam pelo local alunos de outras graduações.
Projetos extra-curriculares precisam de espaço externo para serem realizados.
Um desses locais é o Hospital Regional Público da Transamazônica, onde os
alunos realizam a maior parte das atividades relacionadas ao curso.
A falta de
espaço no Campus de Altamira afeta também outras graduações, como a de
Agronomia, que, até hoje, tem a formação dos estudantes bastante comprometida
pela falta de uma Fazenda-Escola, essencial para o desempenho de atividades
práticas nesse tipo de curso. A reitoria da UFPA, em Belém, alega que não tem
recursos, mas disponibilizou, recentemente, R$ 22 milhões para a construção de
um cinema e uma editora, no campus de Belém. Obra que segue, inclusive, igaçaba
e apenas presente nos devaneios de quem a concebeu.
Apenas graduação
Recentemente,
o Ministério da Educação baixou o nível de exigência dos concursos
públicos apenas para graduação como foram de facilitar a contratação de médicos
para atuar como professores no campus de Altamira, mas nem mesmo os
profissionais recém formados demonstraram qualquer interesse e a graduação na
cidade segue a passos de cágado e dependendo muito mais do que os alunos
aprendem, na prática, no Hospital Regional e Altamira do que, necessariamente,
com professores dentro da graduação.
O problema
segue longe de uma solução efetiva. Primeiro porque ninguém pode forçar ninguém
a ser professor. Depois porque o reitor, professor Emmanuel Tourinho, que,
inclusive, está de saída do cargo e, por isso mesmo, nem esquenta a 'caixola',
joga a responsabilidade para o Governo Federal, a quem atribui a maior parte
das responsabilidades pelo curso de Medicina em Altamira.
Só elas para nos salvar
De acordo
com o Conselho Federal de Medicina, a proporção atual entre profissionais
homens e mulheres no Brasil é de 50,08% de médicos e de 49,92% de médicas. O
órgão estima que, em 2024, o número de médicas irá superar o de médicos, em
todo o país. Quem sabe isso não ajude a minimizar situações como a vivida por
Altamira. Afinal, de cuidado elas sempre entenderam. Bem mais e melhor que os homens.
Veja
que situação: decreto do governo do Estado anuncia a dispensa, a pedido,
de Wildson de Mello (foto) do cargo de diretor da Agência de
Regulação e Controle de Serviços Públicos do Pará, a Arcon, ao mesmo tempo em
que, em outro decreto, nomeia Patrick de Mello para responder pelo cargo.
Patrick é filho de Mello.
Detalhe:
a Arcon exige que seus dirigentes tenham mandato e cumpram requisitos para
entrar no serviço, como manda a lei das agências reguladoras, mas esses itens
não foram observados pelo governo.
As
agências bancárias que operam em Marituba funcionam a meio pau, pelo menos até
o meio-dia. Delegacias de Polícia, idem. É duro sobreviver ao BRT
Metropolitano, com uma ajudinha da chuva.
Como
se sabe, o céu desabou sobre a região metropolitana, fazendo transbordar tudo
por onde passa água, do viaduto do Entroncamento e igarapés ao longo da BR. O
atrevimento das águas foi tão grande que derrubou muros e invadiu quintas.
O
clássico Remo x Paysandu deste domingo não terá torcidas organizadas dentro do
Estádio Mangueirão. O Estado proibiu. Para manter a ordem e a paz, o Sistema de
Segurança Pública deve escalar cerca de 1,5 mil policiais.
O que
o Estado não conta é que, impedidas de ir a campo, as torcidas atuam nos
bairros da periferia nessas ocasiões, longe da Polícia, havendo inclusive
registro de morte, no último domingo, que passou em branco.
As
Forças Armadas vão promover ações para interromper o fluxo logístico das
atividades minerárias nas terras Yanomami, inutilizando a infraestrutura de
apoio ao garimpo ilegal.
Foto da carteira de motorista poderá conter itens de vestuário relacionados à
crença ou religião - como véus, hábitos e, também, a queda de cabelo, por causa
de doenças -, desde que face, testa e o queixo estejam visíveis.
A
Caixa já oferece linhas de crédito para compra da casa própria com
depósitos futuros do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.