Perfis "fakes" invadem publicação para defender Cohab de denúncia na entrega de Cheque Moradia

Robôs entram em cena para contradizer depoimentos e provam que distribuição do benefício carece de transparência e fiscalização.

26/07/2024 09:59
Perfis
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Companhia de Habitação do Pará (Cohab) decidiu recorrer à máquina cibernética que dá sustentação ao Estado em busca de proteção e defesa na matéria publicada pela Coluna Olavo Dutra denunciando a demora e os direcionamentos na entrega do notório Cheque Moradia, agora batizado de ‘Sua Casa’”.


Comentários na página do Instagram tentam minimizar denúncias que envolvem a principal atividade da companhia/Fotos: Divulgação.

Uma série de perfis inexistentes, também conhecidos como robôs, acessaram a área de comentários no Instagram da coluna para contrapor depoimentos que reiteram o descaso com que são tratadas as pessoas que procuram a Cohab, em Belém, na esperança de conseguir a liberação do benefício.

 

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Enredo e várias histórias


Em uma única visita à sede da instituição, a reportagem ouviu diversas histórias com o mesmo enredo: pessoas em uma imensa fila, ainda de madrugada, para tentar conseguir uma das 60 senhas distribuídas pela companhia pela manhã e, assim, serem atendidas pela instituição. Mas o que se constatou foi um descaso escancarado e uma falta de explicação generalizada sobre os atrasos na entrega do benefício.

Saída pela tangente

Ao invés de se explicar ou emitir nota para expressar a versão da instituição sobre os casos apresentados na reportagem, a Cohab decidiu jogar baixo e reduzir toda credibilidade de uma instituição extremamente importante para o Estado a simples ataques cibernéticos na intenção de “equilibrar" comentários negativos e positivos na postagem, a exemplo do que tem acontecido em outros posts com conteúdo negativos relacionados ao Executivo estadual.


Os perfis fakes seguem um modelo similar de texto: todos falam que “procuraram a companhia ontem”, ou “semana passada” e que conseguiram atendimento “fácil, rápido ou sem complicações”. Os robôs quase não possuem publicações e, mesmo assim, contam com até 5,5 mil seguidores.

 

A cereja do bolo é dizer que a publicação e o vídeo são “exagerados e que não retratam a realidade”.


Triste para um órgão que mexe com a vida de tantas pessoas se esconder atrás de perfis que sequer existem para, ao invés de se explicar, tentar maquiar a realidade que tem gerado confusões por todo o Pará. Por mais que a Cohab se esforce, vai ser difícil esconder a realidade que cerca o “Sua Casa” e as denúncias que colocam em xeque a lisura do processo na distribuição do benefício.

 

Se continuar como está, pode contratar mais robôs. 

 

Papo Reto

 

· O governo petista até que tenta cumprir o que prometeu em campanha - e nunca tirou do papel -, ao lançar seu programa com passagens aéreas de até R$ 200 para aposentados.

 

·  Lula (foto) faz o maior barulho com o quimérico benefício, mas não divulga que a compra do bilhete vai depender da oferta de assentos livres nas voadoras, aquelas que nem "água a pinto" dão. Isso ainda vai dar B.O.

 

·   Para evitar fraudes, o Serpro, empresa de tecnologia do governo federal, criou um sistema de rastreamento de passageiros para aplicar exclusivamente ao programa Voa Brasil.

 

· Mas, aviso aos navegantes: somente quem não voou nos últimos 12 meses terá direito ao benefício.

 

·  O MEC avisa que a inscrição ao Prouni é gratuita e que o site falso que cobrava taxa ilegal de inscritos e até ameaçava quem não pagasse o valor já foi tirado do ar. Bem feito!

 

· A estiagem que levou o Acre a decretar emergência ambiental em 22 cidades, onde as populações padecem com reduzidos índices de chuva, baixa umidade relativa do ar, altas temperaturas e frequente risco de incêndios já chegou no Pará.

 

·  O incômodo calorão, aliás, faz disparar o consumo de energia no Estado. 

 

· O Pará bem que poderia se inspirar no Estado do Amazonas e copiar o “Parentas que Fazem”, projeto que tem capacitado mulheres indígenas na área do Alto Rio Negro.

 

· Empreendedorismo e empoderamento são desenvolvidos por meio de cinco associações de mulheres indígenas.

 

· Artesanato e outros produtos com potencial de geração de renda são trabalhados por meio de oficinas e palestras.

 

·  Durante um ano, as associações também recebem um aporte financeiro de R$ 250 mil, cada uma, que é gerido pelas próprias indígenas.

 

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