Companhia de Habitação do Pará (Cohab) decidiu recorrer à máquina cibernética que dá sustentação ao Estado em busca de proteção e defesa na matéria publicada pela Coluna Olavo Dutra denunciando a demora e os direcionamentos na entrega do notório Cheque Moradia, agora batizado de ‘Sua Casa’”.
Uma série de perfis inexistentes, também conhecidos como
robôs, acessaram a área de comentários no Instagram da coluna para contrapor
depoimentos que reiteram o descaso com que são tratadas as pessoas que procuram
a Cohab, em Belém, na esperança de conseguir a liberação do benefício.
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Enredo e várias histórias
Em uma única visita à sede da instituição, a reportagem
ouviu diversas histórias com o mesmo enredo: pessoas em uma imensa fila, ainda
de madrugada, para tentar conseguir uma das 60 senhas distribuídas pela
companhia pela manhã e, assim, serem atendidas pela instituição. Mas o que se
constatou foi um descaso escancarado e uma falta de explicação generalizada
sobre os atrasos na entrega do benefício.
Saída pela tangente
Ao invés de se explicar ou emitir nota para expressar a
versão da instituição sobre os casos apresentados na reportagem, a Cohab
decidiu jogar baixo e reduzir toda credibilidade de uma instituição
extremamente importante para o Estado a simples ataques cibernéticos na
intenção de “equilibrar" comentários negativos e positivos na postagem, a
exemplo do que tem acontecido em outros posts com conteúdo
negativos relacionados ao Executivo estadual.
Os perfis fakes seguem um modelo
similar de texto: todos falam que “procuraram a companhia ontem”, ou “semana
passada” e que conseguiram atendimento “fácil, rápido ou sem complicações”. Os
robôs quase não possuem publicações e, mesmo assim, contam com até 5,5 mil
seguidores.
A cereja do bolo é dizer que a publicação e o vídeo
são “exagerados e que não retratam a realidade”.
Triste para um órgão que mexe com a vida de tantas
pessoas se esconder atrás de perfis que sequer existem para, ao invés de se
explicar, tentar maquiar a realidade que tem gerado confusões por todo o Pará.
Por mais que a Cohab se esforce, vai ser difícil esconder a realidade que cerca
o “Sua Casa” e as denúncias que colocam em xeque a lisura do processo na
distribuição do benefício.
Se continuar como está, pode contratar mais robôs.
Papo Reto
· O
governo petista até que tenta cumprir o que prometeu em campanha - e nunca
tirou do papel -, ao lançar seu programa com passagens aéreas de até R$ 200
para aposentados.
· Lula (foto) faz
o maior barulho com o quimérico benefício, mas não divulga que a compra do
bilhete vai depender da oferta de assentos livres nas voadoras, aquelas que nem
"água a pinto" dão. Isso ainda vai dar B.O.
· Para evitar fraudes, o Serpro, empresa de tecnologia do
governo federal, criou um sistema de rastreamento de passageiros para aplicar
exclusivamente ao programa Voa Brasil.
· Mas,
aviso aos navegantes: somente quem não voou nos últimos 12 meses terá direito
ao benefício.
· O
MEC avisa que a inscrição ao Prouni é gratuita e que o site falso que cobrava
taxa ilegal de inscritos e até ameaçava quem não pagasse o valor já foi tirado
do ar. Bem feito!
· A
estiagem que levou o Acre a decretar emergência ambiental em 22 cidades, onde
as populações padecem com reduzidos índices de chuva, baixa umidade relativa do
ar, altas temperaturas e frequente risco de incêndios já chegou no Pará.
· O
incômodo calorão, aliás, faz disparar o consumo de energia no Estado.
· O
Pará bem que poderia se inspirar no Estado do Amazonas e copiar o “Parentas que
Fazem”, projeto que tem capacitado mulheres indígenas na área do Alto Rio
Negro.
· Empreendedorismo
e empoderamento são desenvolvidos por meio de cinco associações de mulheres
indígenas.
· Artesanato
e outros produtos com potencial de geração de renda são trabalhados por meio de
oficinas e palestras.
· Durante
um ano, as associações também recebem um aporte financeiro de R$ 250 mil, cada
uma, que é gerido pelas próprias indígenas.