Helder se livra da Fiepa, de Alckmin e de Daniel e vai prestigiar evento produtivo em Salvador

Comitiva do prefeito de Ananindeua foi responsável por receber vice-presidente na Base Aérea de Belém; governador mandou representante.

23/05/2024 08:00

Alckmin chegou em companhia de Cássio Andrade e foi recebido pelo prefeito de Ananindeua, em Belém/Fotos: Divulgação.


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décima sexta versão da Feira da Indústria do Pará, a Fipa, foi aberta ontem, 22. A Feira é um dos grandes eventos do Pará. Organizado pela Federação das Indústrias do Estado, a abertura teve a presença do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, mas a ausência do governador do Pará, Helder Barbalho, representado no evento pela vice-governadora, Hana Ghassan, que fez as honras da casa ao vice-presidente desde a sua chegada na Base Aérea de Belém.

 

Acompanhado da mulher, Lu Alckmin, o vice-presidente chegou pontualmente no horário combinado, às 17 horas. Também, conforme o combinado, a comitiva para receber o vice-presidente foi formada pelo prefeito de Ananindeua, Daniel Santos (PSB), pela primeira dama, a deputada federal Alessandra Haber (MDB), pelo deputado estadual Erick Monteiro (PSDB) e por Alexandre Gomes, secretário de Habitação de Ananindeua e presidente do diretório municipal do PSB, o partido de Alckmin.

 

Já o presidente do diretório estadual, Cássio Andrade, veio de Brasília acompanhando Geraldo Alckmin - e conversando. O teor da conversa no jatinho ninguém, além dos dois, ficou sabendo. Porém, especula-se quase com toda certeza que as eleições deste ano estiveram na pauta.

 

Fim das expectativas

 

O fato é que, só de ser recebido pelos principais representantes da chamada “República de Ananindeua”, o vice-presidente fortaleceu o apoio ao prefeito Daniel Santos, e a imagem dele com a comitiva rapidamente circulou pelas redes sociais. A comitiva acompanhou Alckmin ao evento e figurou ao seu lado na platéia.

 

A ausência de Helder Barbalho, por outro lado, quebrou as expectativas que se formaram nos bastidores sobre o encontro público com o prefeito Daniel Santos, especialmente após os últimos acontecimentos de parte a parte, desde que Daniel deixou o MDB, no final da janela partidária do mês de abril, e mudou-se para o PSB de Geraldo Alckmin e Cássio Andrade, que em um movimento ainda incompreendido continua secretário da pasta estadual de Esportes e Lazer.

 

Saída pela tangente

 

Em Belém, o governador do Pará, Helder Barbalho, deixou de participar da Fipa, o maior evento industrial do Pará e um dos maiores do Norte. Mas, por outro lado, garantiu presença no “III ESG Salvador”, um fórum considerado o principal evento do setor produtivo da região Nordeste, que chegou à sua terceira edição.

 

Fonte da coluna muito ligada ao governo assegura que a presença do governador do Pará em Salvador não é um esforço para prestigiar o encontro, que tem em suas palestras e painéis as trilhas de sustentabilidade e tecnologia sustentável, entre outras, para o qual o governador poderia ter enviado representantes da Secretaria de Meio Ambiente.

 

Esforço pela ausência

 

Segundo a fonte, maior que o esforço para estar em Salvador foi o esforço para não estar em Belém na data de ontem, integrando a comitiva de acolhida a Alckmin, como acabou fazendo a vice-governadora Hana Ghassan.

 

O governo do Pará está representado na Fipa, ainda, pelas secretarias de Turismo (Setur), Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), Companhia de Desenvolvimento Econômico do Pará (Codec) e pelo Banpará. O Poder Legislativo paraense foi representado pelo presidente da Alepa, deputado Francisco Melo, o Chicão (MDB).

 

Incentivos fiscais

 

Entre as notícias levadas pelo governo estão os incentivos fiscais concedidos pelo Estado por meio das Leis nº 6.489, de 27 de setembro de 2002, e 6.912, 6.913, 6.914 e 6.915, de 3 de outubro de 2006. As empresas que aderem ao programa recebem incentivo fiscal de 50% a 95%, tendo como prazo de fruição no mínimo sete e no máximo 15 anos, podendo ser prorrogada até o limite de mais 15 anos, totalizando 30 anos.

 


 

Papo Reto

 

·  Joaquim Passarinho (foto), do PL, é um dos sete deputados que integram o grupo de trabalho instituído pelo presidente da Câmara, Arthur Lira, com a finalidade de analisar e debater, no âmbito da regulamentação da Reforma Tributária, o PLP 82/24, que institui o Imposto Sobre Bens e Serviços (IBS), a Contribuição Social Sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto Seletivo (IS).

 

· Tudo faz crer que o País não aprendeu absolutamente nada com os vexames experimentados com a organização da Copa do Mundo e da Olimpíada do Rio, e suas obras estruturantes que se revelaram intermináveis, embora superfaturadas e, quando acabadas, feitas de afogadilho, com qualidade péssima.

 

· Significou que, com tantos bilhões desprendidos, muitos dos esperados "legados" praticamente derreteram em pouco tempo, sob protestos inócuos de uma sociedade cansada da irresponsabilidade e incompetência dos governantes.

 

·  Com a aproximação da COP30, em Belém, e os atrasos já incomodando, não tem como não nos remeter a novos desperdícios.

 

· O obstetra relator da norma do Conselho Federal de Medicina contra o aborto, Raphael Câmara Parente, é categórico. Veja:

 

·  “O método de assistolia fetal, liberado pelo ministro Alexandre de Moraes, a pedido do Psol - consiste na inoculação de cloreto de potássio e lidocaína na corrente sanguínea do feto, por uma agulha inserida na barriga da mãe -, não é recomendado.

 

· "Provoca uma dor tão grande que é proibido em casos de pena de morte de humanos e eutanásia em animais", adverte o especialista. Mais:


·  “A resolução do CFM impede a barbárie de se matar um bebê de nove meses na barriga. É um ato civilizatório baseado em princípios éticos de beneficência e de não meleficência”, conclui o médico.

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