décima sexta versão da Feira da
Indústria do Pará, a Fipa, foi aberta ontem, 22. A Feira é um dos grandes
eventos do Pará. Organizado pela Federação das Indústrias do Estado, a abertura
teve a presença do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, mas a
ausência do governador do Pará, Helder Barbalho, representado no evento pela
vice-governadora, Hana Ghassan, que fez as honras da casa ao vice-presidente
desde a sua chegada na Base Aérea de Belém.
Acompanhado da mulher, Lu Alckmin, o
vice-presidente chegou pontualmente no horário combinado, às 17 horas. Também,
conforme o combinado, a comitiva para receber o vice-presidente foi formada
pelo prefeito de Ananindeua, Daniel Santos (PSB), pela primeira dama, a
deputada federal Alessandra Haber (MDB), pelo deputado estadual Erick Monteiro
(PSDB) e por Alexandre Gomes, secretário de Habitação de Ananindeua e
presidente do diretório municipal do PSB, o partido de Alckmin.
Já o presidente do diretório
estadual, Cássio Andrade, veio de Brasília acompanhando Geraldo Alckmin - e
conversando. O teor da conversa no jatinho ninguém, além dos dois, ficou
sabendo. Porém, especula-se quase com toda certeza que as eleições deste ano
estiveram na pauta.
Fim das expectativas
O fato é que, só de ser recebido
pelos principais representantes da chamada “República de Ananindeua”, o vice-presidente
fortaleceu o apoio ao prefeito Daniel Santos, e a imagem dele com a comitiva
rapidamente circulou pelas redes sociais. A comitiva acompanhou Alckmin ao
evento e figurou ao seu lado na platéia.
A ausência de Helder Barbalho, por
outro lado, quebrou as expectativas que se formaram nos bastidores sobre o
encontro público com o prefeito Daniel Santos, especialmente após os últimos
acontecimentos de parte a parte, desde que Daniel deixou o MDB, no final da
janela partidária do mês de abril, e mudou-se para o PSB de Geraldo Alckmin e
Cássio Andrade, que em um movimento ainda incompreendido continua secretário da
pasta estadual de Esportes e Lazer.
Saída pela tangente
Em Belém, o governador do Pará,
Helder Barbalho, deixou de participar da Fipa, o maior evento industrial do
Pará e um dos maiores do Norte. Mas, por outro lado, garantiu presença no “III
ESG Salvador”, um fórum considerado o principal evento do setor produtivo
da região Nordeste, que chegou à sua terceira edição.
Fonte da coluna muito ligada ao
governo assegura que a presença do governador do Pará em Salvador não é um
esforço para prestigiar o encontro, que tem em suas palestras e painéis as
trilhas de sustentabilidade e tecnologia sustentável, entre outras, para o qual
o governador poderia ter enviado representantes da Secretaria de Meio Ambiente.
Esforço pela ausência
Segundo a fonte, maior que o esforço
para estar em Salvador foi o esforço para não estar em Belém na data de ontem,
integrando a comitiva de acolhida a Alckmin, como acabou fazendo a
vice-governadora Hana Ghassan.
O governo do Pará está representado
na Fipa, ainda, pelas secretarias de Turismo (Setur), Desenvolvimento
Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), Companhia de Desenvolvimento Econômico
do Pará (Codec) e pelo Banpará. O Poder Legislativo paraense foi representado pelo presidente da Alepa, deputado Francisco Melo, o Chicão (MDB).
Incentivos fiscais
Entre as notícias levadas pelo
governo estão os incentivos fiscais concedidos pelo Estado por meio das Leis nº
6.489, de 27 de setembro de 2002, e 6.912, 6.913, 6.914 e 6.915, de 3 de
outubro de 2006. As empresas que aderem ao programa recebem incentivo fiscal de
50% a 95%, tendo como prazo de fruição no mínimo sete e no máximo 15 anos,
podendo ser prorrogada até o limite de mais 15 anos, totalizando 30 anos.
Papo Reto
· Joaquim
Passarinho (foto), do PL, é um dos sete deputados que integram o
grupo de trabalho instituído pelo presidente da Câmara, Arthur Lira, com a
finalidade de analisar e debater, no âmbito da regulamentação da Reforma
Tributária, o PLP 82/24, que institui o Imposto Sobre Bens e Serviços (IBS), a
Contribuição Social Sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto Seletivo (IS).
· Tudo faz crer que o País não
aprendeu absolutamente nada com os vexames experimentados com a organização da
Copa do Mundo e da Olimpíada do Rio, e suas obras estruturantes que se
revelaram intermináveis, embora superfaturadas e, quando acabadas, feitas de
afogadilho, com qualidade péssima.
· Significou que, com tantos
bilhões desprendidos, muitos dos esperados "legados" praticamente
derreteram em pouco tempo, sob protestos inócuos de uma sociedade cansada da
irresponsabilidade e incompetência dos governantes.
· Com a aproximação da COP30,
em Belém, e os atrasos já incomodando, não tem como não nos remeter a novos
desperdícios.
· O obstetra relator da norma
do Conselho Federal de Medicina contra o aborto, Raphael Câmara Parente, é
categórico. Veja:
· “O método de assistolia
fetal, liberado pelo ministro Alexandre de Moraes, a pedido do Psol - consiste
na inoculação de cloreto de potássio e lidocaína na corrente sanguínea do feto,
por uma agulha inserida na barriga da mãe -, não é recomendado.
· "Provoca uma dor tão
grande que é proibido em casos de pena de morte de humanos e eutanásia em
animais", adverte o especialista. Mais:
· “A resolução do CFM impede a barbárie de se
matar um bebê de nove meses na barriga. É um ato civilizatório baseado em
princípios éticos de beneficência e de não meleficência”, conclui o médico.