epois da exoneração de todos os
funcionários da Companhia de Portos e Hidrovias (CPH) do Pará, os 50 nomes que
também eram a fatia da primeira-dama de Ananindeua, deputada federal Alessandra
Haber, do MDB, no governo do Estado, saiu ontem o listão dos exonerados de
Ananindeua, cinco vezes maior: 250 nomes pessoas indicadas pelo governo do
Pará, aliadas ao governador. O nome mais notório da lista é da mulher do
coronel e vereador Osmar Nascimento, do PDT, que tinha um dos DAS mais altos da
Prefeitura de Ananindeua e estava lotada no gabinete do prefeito Daniel Santos,
agora no PSB.
Apoio irrestrito
O coronel Osmar, antigo aliado e,
segundo muitos registros, amigo próximo ao casal Daniel e Alessandra,
recentemente declarou seu apoio irrestrito ao governador Helder Barbalho,
tornando-se, desde o fim da janela partidária, oficialmente uma voz de oposição
à gestão de Daniel Santos.
Oposição moderada
Nos bastidores da Câmara de
Vereadores de Ananindeua o clima não anda bom, embora a oposição dos vereadores
ainda esteja moderada. O próprio Osmar Nascimento reclamou, no que teria sido a
última sessão - não fosse a estranha falta de quórum - que está havendo um
“boicote” para impedir as sessões, e para que a oposição não tenha voz. “Mas
não vamos deixar de falar, vamos usar outros canais, mas também vamos combater
essa manobra contra as sessões na Câmara para que elas voltem a ocorrer
normalmente”, disse Nascimento, por ocasião da suspensão da sessão de
segunda-feira.
Ecos da oposição
Com as exonerações que também
atingiram a mulher dele, a expectativa é de que na próxima sessão o vereador
seja ainda mais explícito na postura de oposição, que tem ganhado eco em blogs
que estão pontualmente a serviço do governo do Estado.
Um deles chegou a publicar que com o
listão da prefeitura, Daniel já atacou parte do seu eleitorado, alegando que
são 250 famílias atingidas e devem comprometer a reeleição de Daniel Santos.
Cadeiras liberadas
Por outro lado, fonte atenta da
coluna garante que esses nomes são de indicados e aliados do MDB que já não
seriam, a essa altura, eleitores de Daniel, uma vez que são indicações que vão
para onde o governador Helder Barbalho direciona e, portanto, com o rompimento,
já naturalmente não votariam em Daniel Santos, que apenas apressou a liberação
das cadeiras para - quem sabe - negociar mais à frente com quem de fato o
apoiará na empreitada do 6 de outubro.
Papo Reto
O Brasil perdeu 34 milhões dos 82,6
milhões de hectares da Caatinga, enquanto o presidente do Ibama, Rodrigo
Agostinho (foto), descobre a pólvora: "há necessidade de uma
política pública específica para esse bioma", diz ele. Quando, então, o
governo agirá?
O preço do leite, da manteiga e do
queijo no Pará dispararam, diz o Dieese, muito embora a matéria prima tenha
experimentado queda de preço, refletindo, inclusive, nos preços da indústria.
Ou seja, como aqui também é Brasil, a
baixa que poderia ter chegado ao consumidor final acabou retida e até
potencializada nos caixas da cadeia de distribuição.
Hoje transcorre o Dia Mundial de
combate à Hemofilia, patologia genética e ainda sem cura, caracterizada pela
falta de capacidade de coagular o sangue, necessária para interromper as
hemorragias e sangramentos.
O Brasil possui a 4ª maior população
(13 mil) de hemofílicos do mundo (350 mil pessoas).
Sinuca de bico: MEC diz que
não tem folga no orçamento para prover qualquer incremento nos salários dos
profissionais da Educação, mas o governo Lula martela o surrado paliativo da
"complementação orçamentária", gerada pelo no vácuo que o arcabouço
fiscal criou.
O Senado aprovou em dois turnos (53x9
e 52x9), ontem, finalmente, a PEC das Drogas, escancarando o enfrentamento ao
STF, que, no entanto, já se pronunciou - através do ministro Gilmar Mendes -,
que "a palavra final será nossa".
Delegados da Polícia Federal
alertam: corte no orçamento da instituição redundará em falta de recursos para
pagamento de diárias dos servidores em serviço.
O Comando Vermelho expandiu
tentáculos no Grande Rio, aumentando 8,4%, ultrapassando as milícias e
alcançando 51,9% das áreas controladas por criminosos na região, segundo
estudos da Universidade Federal Fluminense e Instituto Fogo Cruzado.
Aliás, o mesmo estudo revela que 1 em
cada 4 residentes na região metropolitana do Rio convivem com tiroteios diários
em suas comunidades.