Prefeitura de Belém anunciou ontem que Mosqueiro e Outeiro não terão desfiles de blocos e escolas de samba no carnaval deste ano - informação que, publicada de forma sutil, quase sorrateira, afeta moradores e visitantes não apenas pela população local, mas também pela grande tradição que o carnaval representa nesses dois distritos. Pior para o prefeito Igor Normando, que para moradores de Mosqueiro e Outeiro virou personagem da música imortalizada por Dorival Caymmi “Quem não gosta de samba/Bom sujeito não é...

“Diverso e sustentável”
O edital que rege as regras do desfile no carnaval deste ano foi publicado ontem, segunda-feira, 10, pela Secretaria de Turismo e Cultura de Belém. Para Mosqueiro e Outeiro, o documento apresenta que, em 2025, a intenção da prefeitura é “oferecer à população um carnaval diverso e sustentável”, seja lá o que isso quer dizer, pois não está explícito no documento.
Ainda de acordo com o edital, as escolas de samba e blocos de Mosqueiro e Outeiro que desejarem se unir à programação oficial do Carnaval de Belém serão devidamente incorporadas à festa municipal. Ou seja, se quiserem desfilar, agremiações e blocos desses distritos terão que fazê-lo longe de casa, em Belém.
Dinheiro na folia
As inscrições para os desfiles e concursos oficiais do Carnaval 2025 seguem abertas até a próxima quinta-feira, 13, e o processo é todo online. Em 2025, o Carnaval contará com um investimento de R$ R$ 1.769.250,00 para a realização dos desfiles. O montante será distribuído entre as agremiações devidamente selecionadas pelo edital.
O resultado preliminar será divulgado no dia 16 de fevereiro. Neste ano, a Prefeitura de Belém irá premiar 30 escolas de samba, com destaques para desfiles que valorizem o Carnaval na Amazônia. É mais um evento que toma como mote a badalada COP30.
Bloco na rua
Mosqueiro e Outeiro, apesar dos protestos, com certeza não ficarão sem folia. Se a festa, pela mudança de investimento, será “diversa e sustentável” como propõe o edital da prefeitura, não se sabe. A única coisa certa mesmo é que, com ou sem dinheiro público, muita gente vai colocar o bloco na rua. Outeiro e Mosqueiro sabem bem como fazer isso.
Papo Reto
·Se perguntar a integrantes da bancada evangélica na Assembleia Legislativa sobre a aprovação da polêmica Lei 10.820/24, eles estão com a resposta na ponta da língua.
·Dirão que a tramitação do processo foi tão rápida que sequer tiveram tempo de ler a matéria. E juram sobre a Bíblia, como fizeram para se justificar aos fiéis.
·A “Folha de S. Paulo” aponta o governador Helder Barbalho (foto) e os ministros Renan Filho e Simone Tebet como eventuais candidatos a vice-presidente na chapa do presidente Lula da Silva em 2026.
·O Parque Porto Futuro, no Reduto, será o segundo espaço público em Belém a receber um ponto de hidratação da Cosanpa com água mineral de qualidade para os frequentadores. O primeiro a receber o serviço foi o Parque do Utinga.
·Aliás, o presidente da companhia, José Fernando Gomes Jr, pretende instalar o terceiro equipamento no Parque da Cidade, que será sede da COP30, em novembro.
·O executivo foi indicado para uma das diretorias da Agência Nacional da Mineração e deverá assumir após sabatina do Senado, em março.
·O novo presidente da Associação dos Municípios do Marajó, Clebinho Rodrigues, prefeito de Bagre e o secretário-executivo da entidade, Guto Gouvêa, devem apoiar a filiação do município de Limoeiro do Ajuru, aumentando para 18 os integrantes da entidade.
·A nova direção, que tem o prefeito de Salvaterra, Valentim Lucas, e o de Portel, Paulo Ferreira, como vice-presidentes, quer fazer da Associação uma entidade que atraia investimentos e desenvolvimentos para o Marajó.
·Com ajuda da tecnologia - imagens de satélite -, o BNDES negou, nos últimos dois anos, R$ 728 milhões em empréstimos a quem tenha desmatado floresta.