edra cantada: o blocão de oposição ao prefeito de Ananindeua, Daniel Santos, do PSB, protocolou, antes do Dia de Natal, as candidaturas do MDB para disputar o controle da Mesa Diretora da Câmara de Vereadores, confirmando o nome de Pâmela Wayne à Presidência da Casa, conforme antecipado pela Coluna Olavo Dutra.

 A mulher do presidente da Câmara de Belém, John Wayne, do MDB, compõe chapa com os vereadores Dr. Flávio Nobre (MDB-vice-presidente), Monique do Chicão (MDB-1ª secretária), Alexandre Silva (PDT-2º secretário), Pastora Ray (MDB-3ª secretária) e Neto D'ippólito (PV-4º secretário).

A chapa foi registrada às vésperas do Natal, como presente de final de ano ao prefeito, principal opositor virtual do governador Helder Barbalho nas eleições de 2026. Além dos nomes oficiais da chapa, vereadores como Marcos Baldez, do PP, também estão no bloco de apoio contra os objetivos do prefeito Daniel de ganhar a presidência da Casa.

Engrenagem política

Nesse caso, ao avaliar o cenário, fonte da coluna para assuntos da cena política garante que a articulação do próprio governador é fundamental nessa engrenagem. Em uma mesma manobra, o MDB do governador apoia Pâmela, garante apoio ao seu marido John Wayne para ser reconduzido à Câmara de Belém e ainda faz mais um vereador, já que a vereadora Silvane Ferraz, a mais votada e que também é do MDB, foi agraciada com o uma secretaria, liberou a cadeira para o suplente Adalberto Junior e deixou o caminho livre para a recondução de John Wayne.

A tal velha política

O jogo duro, diz o observador da cena, é uma aula da velha política aplicada diretamente pelo MDB aos infiéis, neste caso o prefeito Daniel, que deixou o MDB em abril em claro clima de oposição ao governador. Mas, infiéis no plural é como o partido enxerga outros nomes. O vereador Braga Pereira, por exemplo, foi visto em recente confraternização em Ananindeua com o prefeito Daniel e seus últimos “chegados”. Por conta do vazamento da imagem, dois dias depois o irmão e a cunhada do vereador perderam os cargos como DAS que tinham no governo do Estado, sendo exonerados pela Casa Civil na edição extra do diário oficial da noite de 23 de dezembro último.

Cadeira no secretariado

Para quem ainda tem se mostrado distante do prefeito, o governo estadual tem sido mais generoso. É o caso do ex-prefeito Manoel Pioneiro (PSDB-Cidadania), que depois de muita negociação aceitou sentar na cadeira do secretariado do governador Helder Barbalho. Pioneiro lutou, mas conseguiu chegar apenas à Secretaria de Desenvolvimento Agropecuária e da Pesca, a Sedap, que flerta com o populismo do seguro defeso, mas, no geral, tem sido de pouquíssima expressão no governo.

Mateus, primeiro os meus

Enquanto isso, Daniel Santos segue seu roteiro de isolamento junto ao homem de confiança, Ed Wilson Dias, e poucos que resistiram no seu entorno. Daniel perdeu aliados importantes ainda durante a campanha eleitoral. Além de Manoel Pioneiro, afastou-se dele o deputado estadual Erick Monteiro (PSDB-Cidadania), ex-fiel escudeiro de muitos anos e que na hora da escolha do candidato a vice de Daniel alega que foi traído friamente pelo prefeito, ao ignorar a opção do nome de Giselle Monteiro, mulher de Erick, e, para agravar, deu a cadeira a Hugo Athayde, que não se senta à mesma mesa de Erick Monteiro.

Papo Reto

· As redes sociais não perdoam. Ao ver os nomes e fotos das mulheres que irão compor o quadro de secretários municipais na gestão do prefeito eleito de Belém, Igor Normando (foto), do MDB, quase todas louras e brancas, um observador da cena política sacou: “São as Paquitas do prefeito”.

· No novo secretariado, observando-se apenas a questão de identidade racial, há apenas uma negra e uma descendente de japoneses na equipe. 

·  Aliás, a caminho do preenchimento total dos cargos do primeiro escalão, o prefeito eleito nada de conversar com os parceiros políticos que o apoiaram nas eleições. Está dando uma urticária danada em vereadores, presidentes de partidos e até em Brasília. 

· Do engenheiro Amaro Klautau: o viaduto BR-Alça Viária, assim como a avenida Liberdade, foram propostas de 1996 do governador Almir Gabriel para a Grande Belém, conforme documento ilustrado impresso.

·  Ver essa obra iniciada e concluída pelo governador Helder Barbalho e, ainda, o próprio querer batizá-la de "Almir Gabriel", é um presente que toda a equipe do ex-governador homenageado deveríamos festejar. Da parte que me cabe, digo: "Obrigado, Helder”.

· Os juros do cartão de crédito rotativo, uma tragédia há tempos anunciada, simplesmente dispararam: 445,8% ao ano em novembro, um aumento de 7,4 pontos percentuais em comparação a outubro.

· Com reservatórios cheios, bandeira tarifária de janeiro mantém-se verde, sem cobrança extra na tarifa da luz.

· Os desastres climáticos no Brasil aumentaram alarmantes 250% nos últimos quatro anos, diz estudo da Aliança Brasileira pela Cultura Oceânica.