ão é exagero dizer que a eleição para escolha do novo prefeito de Belém passa por Ananindeua, segundo maior colégio eleitoral do Estado - e não porque a deputada federal e mulher do prefeito Daniel Santos, Alessandra Haber, seja candidata, segundo o balão de ensaio lançado meses atrás. As razões são outras, conforme murmúrios políticos insistentes tanto em Ananindeua, quanto em Belém e Brasília.
Pesquisas
eleitorais recentes, noves fora a Doxa, vêm situando o deputado federal Éder
Mauro no topo da lista das preferências do eleitor na capital paraense e
colocando o prefeito Edmilson Rodrigues no lugar onde tudo mundo está careca de
saber que ele se encontra - bem abaixo das expectativas do seu eleitorado,
inclusive de parte do próprio partido, o Psol. E a pipa de Éder Mauro pega
vento.
Parece, mas não é
Dia
desses, informações dos bastidores políticos de Ananindeua davam como certa uma
suposta “aproximação” entre o grupo de Éder Mauro e o prefeito Daniel Santos,
com agenda voltada para as eleições em Belém e Ananindeua. Daniel Santos
apoiaria a candidatura de Éder Mauro e Éder Mauro apoiaria Daniel Santos, não
exatamente à reeleição, mas à disputa do governo do Estado, em 2026. O suposto
acordo, se é que houve uma tentativa de acordo, não era bem esse, por assim
dizer.
Avaliação do quadro
Segundo
fontes ouvidas pela coluna, Éder Mauro avalia que, com o capital político que
amealhou desde que se elegeu deputado estadual, com mais de 100 mil votos,
chegando à presidência da Assembleia Legislativa e, na mesma pisada, prefeito,
Daniel Santos teria chances reais de derrotar a candidata do governo, a atual
vice, Hana Ghassan que - na avaliação da fonte, fique claro, ligada ao deputado
federal - apesar de todos os esforços e campanha intensiva do governo continua
sendo vista como uma técnica experiente, mas sem “personalidade política”
aceita pela classe política paraense.
Pedra no caminho?
Esse
seria o plano, mas nem tudo é o que parece ser. A coluna apurou, embora sem
confirmação oficial, claro - a esta altura do campeonato até as paredes estão
sem ouvidos e os muros ficam cada vez mais altos -, o grupo do deputado federal
Éder Mauro entrou no circuito de Daniel Santos para lembrar que se o prefeito
insistir na candidatura de Alessandra Haber em Belém - o que também não é fato
-, o PL lançará candidato em Ananindeua, o que certamente ampliaria o raio da
pulverização de votos que Dr. Daniel deverá enfrentar para se reeleger em 2024.
Como
se vê, a pipa de Éder Mauro está no ar.
Papo Reto
Dizem que rico ri à toa - e é
verdade -, mas alguns já devem estar acostumados, como é o caso do presidente e
fundador da Amazon, Jeff Bezos (foto).
Na última segunda-feira, Bezos teve
seu patrimônio líquido aumentado em apenas 2,35%, o que lhe permitiu embolsar
US$ 4,1 bilhões, o equivalente a R$ 21 bilhões.
A fortuna do ricaço agora é de US$
176,3 bilhões, ou a bagatela de R$ 1 trilhão, conforme consta no “sobe e desce”
dos bilionários da Forbes.
Espia essa: na definição das normas
do Orçamento 2024, o relator, Danilo Forte, garantiu maior poder aos deputados
na distribuição de emendas parlamentares e reduziu o poder de barganha do
governo.
Para o parlamentar,
quem deve ter responsabilidade fiscal é a equipe econômica de Lula, não o
Congresso Nacional. É o Brasil na sua essência.
O STJ deve julgar processos,
inclusive contra o presidente da República, mas, estranhamente, membros desta
corte ofereceram jantar, ontem, ao presidente Lula, na casa do ministro Luís
Roberto Barroso.
A Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico previu ontem um déficit de 0,5% nas contas públicas
brasileiras ano que vem, número conflitante com a promessa do ministro Fernando
Haddad de zerar esse saldo em 2024. A previsão enfureceu o presidente Lula.
A Câmara adotou urgência para
analisar projeto de Lula que retoma a exigência de vistos para turistas dos
EUA, Austrália, Canadá e Japão.
Gonet tomou posse como 44º
procurador-geral da República dizendo que "não busco palco nem
holofote". Já achou.
Vacinado, dizem, contra o ímpeto de
perseguição que permeia as ações das cúpulas petista e psolista, o novo
procurador-geral assegura ser “corresponsável pela preservação da democracia” e
pelo "resguardo aos valores republicanos".