hove
muito em Belém nesta época do ano, mas, mesmo antes do inverno, a Santa Casa de
Misericórdia do Pará vem sendo fustigada por tempestade de denúncias tão
cabeludas que seriam capazes até de arrepiar os cabelos de quem não os tem em
abundância.
O
distrato recente - e de forma sumária - da Cooperativa dos Anestesiologistas no
Estado, a Coopanest, com os cerca de 30 profissionais, escancarou os
questionamentos sobre a gestão do presidente da Fundação, Bruno Carmona. O
gestor entrou na mira não apenas do Sindicato dos Médicos, mas de outros órgãos
de fiscalização.
Ao
mesmo tempo em que o Sindicato sinaliza as supostas irregularidades em curso na
Santa Casa, corporificadas na estranha e mal explicada dispensa dos médicos
especialistas ocorrida no dia 23 de março, a atuação de médicos-residentes sem
a supervisão devida coloca em xeque a atuação da administração de Carmona.
Jogo de interesses
Esses
fatos parecem apontar para a possível perda de finalidade da gestão pública e o
favorecimento escancarado de empresas ligadas direta ou indiretamente ao núcleo
familiar dos Carmonas e a um conglomerado empresarial, vistos como concorrentes
entre si, mas, no fundo, no fundo parceiros no jogo de interesse e
conveniência.
O
jogo de interesse envolveria a empresa de Serviço de Anestesiologistas Unidos
(SAU) e Instituto de Anestesia e Terapia Antálgica (IA-TA), que
coincidentemente possuem o mesmo endereço - rua Manoel Barata, 1436, bairro do
Reduto - e CNPJs distintos. Na SAU, a constituição mantém nomes como do médico
Francisco Juarez Filho, enquanto no IA-TA, a ligação aponta para o próprio
Bruno Carmona
O
interesse das duas empresas estaria no pregão eletrônico para contratação de
empresa especializada em anestesiologia com valor superior a R$ 7 milhões,
relativos a 4,8 mil plantões anuais de seis horas, segundo a denúncia. Nesse
contexto de suspeitas, a cooperativa, outrora prestadora de serviço à Santa
Casa, sofreu não apenas o distrato, com seus profissionais cedendo espaço a
residentes, mas ficou impedida de participar de pregões no âmbito do hospital
ao qual prestou serviço por anos. Todavia, entrou com uma ação na Justiça
contra as ilegalidades argumentadas por seus advogados. A cooperativa teve o
direito reconhecido. Com a decisão judicial, a direção da Santa Casa resolveu
suspender o pregão, quinta-feira, 4 de março, por tempo indeterminado.
Serviços prejudicados
Uma fonte consultada pela Coluna Olavo Dutra afirma que o atendimento no hospital perdeu a qualidade. “Pacientes estão sem conseguir marcar consulta, pois mudaram para agendamento via WhatsApp, que atende”, diz. As pessoas que tentam retorno pós-cirúrgico, inclusive do Grupo do Fígado, não conseguem consulta e precisam para pegar a receita de medicamento. “É muito raro conseguir marcar consulta”, alega a fonte.
“O número de exames e procedimentos endoscópicos reduziu drasticamente desde que a empresa terceirizada assumiu a endoscopia. Pela manhã, eram feitos atendimentos de segunda à sexta-feira, e à tarde, de quinta-feira e sexta-feira. Hoje, somente segunda, quarta e sexta, pela manhã. Pacientes se queixam que vão fazer o procedimento de ligadura de esôfago e saem com biópsia, o que é muito grave”, relata.
A
denúncia encerra com uma grave acusação: que a empresa de Bruno Carmona estaria
atuando na sedação dos exames combinada com outra empresa, a Procto Gastro.
Na calada da noite
Em
publicação oficial no dia 25 de março, o Sindicato dos Médicos publicou:
“Direção da Santa Casa dispensa e humilha anestesistas”, relatando que o
hospital “dispensou, na calada da noite, os médicos anestesistas ligados à Cooperativa”.
Segundo
as informações, o comunicado de desligamento da Cooperativa foi enviado na
última sexta-feira, às 22h30, via e-mail, sem nenhum aviso prévio. O modo como
o desligamento ocorreu causou um tremendo desconforto e humilhação aos profissionais.
Os médicos plantonistas de sábado só tomaram conhecimento do desligamento
quando chegaram ao hospital para realizar suas funções e encontraram outra
empresa prestando os serviços.
Residentes sem controle
Em
outra publicação, dia 26 do mesmo mês - “Residentes integram nova equipe de
anestesiologia da Santa Casa”, o Sindicato aponta que, “contrariando a
exigência que a gestão da Santa Casa fazia à cooperativa, de não admitir a
contratação de médicos residentes como plantonistas na equipe, tão pouco
auxiliares de anestesia e técnicos de enfermagem, a atual equipe de
anestesistas é formada também por residentes, que substituem os especialistas,
ou seja, médicos ainda em formação”.
Segundo
a publicação, “tendo em vista o teor das denúncias recebidas, a gestão
dispensou médicos qualificados com anos de profissão e serviços prestados à
população por profissionais sem a devida qualificação”.
A saída da Cooperativa dos Anestesiologistas do hospital
ocorreu como penalidade aplicada em processo administrativo feito às pressas,
com desrespeito dos prazos legais, sem publicação da rescisão contratual., além
do que, a mesma diretora que produziu a peça acusatória no processo foi
designada como presidente da comissão que conduziu o processo e julgou o caso, ou
seja, foi acusadora, juíza e executora.
Furos em escalas
A Santa Casa, porém, alega que a expulsão se deu em razão,
principalmente, de furos em escala e por problemas com a execução do programa
de aborto legal. Já a cooperativa, afirma alega que atuava com furos de escala
em razão da ausência da atualização dos preços dos plantões que, em quatro
anos, foi reajustado apenas uma vez, sendo aplicado logo em sequência o teto de
gastos para o contrato, que obrigou os cooperados a diminuírem o preço de seus
plantões.
Reação do sindicato
Após analisar as
denúncias, o Sindicato concluiu que “a expulsão da cooperativa foi arbitrária e
ilegal, realizado por um processo administrativo totalmente viciado, com
desrespeito ao direito do médico de ter os valores de seus honorários
atualizados e com desrespeito às garantias constitucionais do contraditório e
ampla defesa, prometendo adotar providências em nome dos médicos sindicalizados
que perderam ilegalmente seu posto de trabalho.
Papo Reto
Oito
armas sumiram do almoxarifado do BP da Guarda da Polícia Militar, responsável
pela segurança dos prédios públicos. Dizem que o comandante da corporação,
coronel Firmino (foto), deve cair - se já não caiu.
De um
atento leitor da coluna: “O PSDB no Pará virou sigla da idade dos dinossauros,
ou Partitero Saurus Democratius Brasilis".
Embora
a unanimidade de pais e alunos paranaenses aprovem o modelo de Colégios
Cívico-Militares em funcionamento, lá, em razão dos resultados diferenciados -
aprendizado e sólida disciplina -, a AGU, com base em STF, carimbou
o modelo como "inconstitucional".
O governo faz das tripas coração para capitalizar o
feito da Policial Federal e da Guarda Municipal de Marabá, que redundou na
prisão de dois fugitivos de Mossoró, em Marabá, como "feito
relevante" do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski.
Mas,
como, se a inexplicável "fuga" dos dois bandidos não tivesse se
traduzido em uma lambança inominável que acabou comprometendo até a imagem
do presidente.
Aliás,
o fuzil encontrado no veículo dos marginais fugitivos era um 5.56, com dois
carregadores e 55 munições, prontinho para efetuar disparos.
Bem que
o MP do Pará, tão diligente, deveria investigar as obras inacabadas dos
estádios de Ananindeua, Castanhal e Santarém, onde muito dinheiro foi jogado
fora e os clubes continuam local para jogar.
Pelo
menos 780 mil relatórios recebidos pelo Centro de Controle e Prevenção de
Doenças dos EUA logo após a distribuição das vacinas contra covid-19 e,
agora liberados pela justiça, revelaram o impensável.
As
pessoas experimentaram uma ampla gama de problemas pós-vacinação, como
inflamação cardíaca, paralisia facial, abortos espontâneos, zumbidos,
pensamentos suicidas, convulsões.
Registrados
no V-safe, sistema de mensagens de texto criado pelo CDC para monitorar
possíveis efeitos colaterais dos imunizantes, os relatórios apontaram que havia
"fortes indícios" de que as vacinas possivelmente
causavam miocardite, ou inflamação cardíaca, e uma condição relacionada
chamada pericardite, mas tudo acabou escondido da opinião pública.