m imbróglio judicial que vem se arrastando desde o ano de 2020 pode ser julgado nesta semana na Vara Fazendária do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, em Belém. Uma grande propriedade às margens do rio Tapajós, em Santarém, no oeste do Pará, invadida recentemente, poderá, finalmente, ser entregue aos proprietários legítimos.

Segundo o empresário Rodrigo
Quinco, proprietário da área, a Polícia apreendeu uma grande quantidade de
drogas, munição e carro suspeito, o que comprova o comportamento criminoso dos
supostos posseiros que brigam, na Justiça, para permanecer no local.
Há, inclusive, suspeitas das
autoridades que investigam o caso de que táticas semelhantes - de invasão de
terra para o tráfico de drogas -, sejam utilizadas em vários outros pontos
portuários por todo o território do Pará.
Questão de direito
Segundo o processo judicial
com pedido de reintegração de posse os posseiros, todas as vezes que têm
mandado de reintegração, entram com recursos para procrastinar a medida. Agora,
porém, eles foram flagrados na prática do tráfico de entorpecentes. Pela lei,
eles perderiam a terra, caso fossem legítimos proprietários, mas a propriedade
está sob litígio judicial há anos em função dessa série de recursos
procrastinatórios, fatos que serão observados pela Vara Fazendária.
Para completar, a empresa
proprietária da área vem sendo achincalhada, como se fosse a autora do crime de
tráfico de drogas, que levou viaturas e equipes policiais à zona portuária de
Santarém, mais precisamente, no bairro do Uruará.
Por trás da invasão
A empresa vem requerendo a
reintegração de posse que, por tanto custar a acontecer em razão de recursos
dos posseiros, serviu para mostrar o que realmente os invasores estão fazendo
no local, um porto particular que já foi utilizado com operações portuárias que
geravam emprego e renda.
Anatomia do crime
Na noite da última
sexta-feira, dia 28, por volta das 21 horas, a Polícia Militar do Pará
apreendeu uma grande quantidade de drogas e munições no Porto do Quinco. A ação
resultou na apreensão de 50 kg de maconha, 10 kg de crack e 20
munições de calibre 9mm, além de um veículo Corolla.
Tudo começou com informações
repassadas pela 29ª CIPM (Óbidos) à Companhia de Policiamento Ostensivo Tático,
dando conta da chegada de dois veículos suspeitos em uma balsa oriunda de
Manaus. As viaturas da Companhia se dirigiram ao local e encontraram apenas o
veículo Corolla.
Segundo o gerente da balsa,
Sivaldo Magalhães Silva, os veículos estavam sob a responsabilidade de Victor
Kaleb Monteiro da Silva. Minutos antes da chegada da PM, dois indivíduos teriam
levado o veículo CRV, enquanto Kaleb retirou o Corolla da balsa e o estacionou
nas proximidades. Ao perceber a presença dos policiais, Kaleb abandonou o local
e fugiu.
Diante das circunstâncias,
foi solicitado o apoio de um chaveiro para abrir o veículo. No porta-malas,
foram encontrados 43 tabletes de substância análoga à maconha, 9 tabletes de
substância análoga ao crack e 20 munições de calibre 9 mm.
Todo o material apreendido,
juntamente com o veículo Corolla, foi encaminhado para a 16ª Seccional de
Polícia Civil de Santarém. O gerente da balsa, também foi conduzido à delegacia
para prestar depoimento sobre o caso.
Papo Reto
· O governo do Pará não fica muito
longe da Prefeitura de Belém em se tratando de transparência de dados públicos;
muito pelo contrário.
· Na verdade, parece até escárnio - e é
-, mas a direção do Banpará não se dignou a esclarecer a questão do vazamento
de dados denunciada pelo Banco Central até hoje. A presidente Ruth Costa (foto) ficou
muda?
· Não bastasse a péssima qualidade de
serviços que oferece ao distinto cliente, o que prova que, em terra de cegos,
quem tem um olho é rei.
· Tem fogo amigo ardendo na Casa
Militar do governador Helder Barbalho, de onde partem informações dando conta
da suposta nomeação do coronel Costa Júnior para a direção do Detran.
· A verdade é que nem Costa Júnior
assume o órgão de trânsito do Pará, nem a superintendente Renata Coelho deixará
de acumular o cargo com o de secretária de Planejamento e Administração tão
cedo.
· Comentário de um leitor da coluna em
Salinópolis, costa atlântica do Pará: “Aqui, candidatos à Câmara de Vereadores
‘brincam de pira’ com o cheque moradia”.
· da possibilidade real de o chamado
“imposto do pecado” - aquele seletivo previsto na reforma tributária - vingar
para carros elétricos, não convidem para a mesma mesa dirigentes das montadoras
nacionais e membros da cúpula do governo federal.
· relação azedou de vez os recentes e
recíprocos afagos que andaram rolando depois dos recentes anúncios de vultosos
investimentos no setor.
· Segundo a Associação Nacional
dos Fabricantes de Veículos Automotores, uma das principais vozes contrárias à
tributação de elétricos pelo “imposto do pecado”, incluir os automóveis na
lista do seletivo "vai levar prejuízos à saúde e ao meio ambiente" -
cenário inverso ao que prevê o tributo.