Prefeitura de Capitão Poço se “recusa” a receber emendas de Alessandra Haber e de Erick Monteiro

Incrível, mas verdadeiro: gestão da família Tonheiro deve estar nadando em dinheiro de tanto produzir laranja; só pode.

07/10/2023, 08:00
Prefeitura de Capitão Poço se “recusa” a receber emendas de Alessandra Haber e de Erick Monteiro
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pesar de viver ao nível de muitos municípios do Estado quando se trata de saúde pública, dependendo, por isso, de ações políticas isoladas e pontuais para atender alguns segmentos da população de cerca de 63 mil habitantes, a prefeitura simplesmente recusou uma ambulância no valor de R$ 241,3 mil, considerada tipo A, destinada ao município através de emenda da deputada federal Alessandra Haber.


Deputado estadual Antônio Tonheiro, do PP, irmão do prefeito João Tonheiro, do PL, colega de Parlamento de Erick Monteiro, do PSDB, aliado de Alessandra Haber, do MDB/Fotos: Divulgação.
 

Ruas de chão batido

 

Estranho? Parece, mas não é. Além de desprezar a “bondade política” - como se sabe, não há almoço grátis -, base da atuação de políticos nos quatro cantos do País, a prefeitura também não demonstrou o menor interesse pela emenda parlamentar do deputado estadual Erick Monteiro, no valor de R$ 500 mil, destinados ao asfaltamento de ruas do município.   

 

Alessandra Haber, a mais votada nas últimas eleições, é deputada federal pelo MDB, e Erick Monteiro, ex-prefeito de Daniel Santos, marido de Alessandra, é estadual eleito pelo PSDB, ambos integrantes da chamada “República de Ananindeua”.

 

Muito bem, obrigado

 

A Prefeitura de Capitão Poço, município distante 163 quilômetros de Belém, composto de 19 bairros e 21 vilas, com Ideb 3,1 - abaixo da média nacional -, IDH 0,615 - considerado médio - é grande produtor de laranja e está sob controle do prefeito João Tonheiro, do PL, irmão do deputado estadual Antônio Tonheiro, do PP, cuja saúde financeira é de alto nível, ao contrário da saúde da população.

 

Pode esperar...

 

A recusa calculada à ajuda parece desídia, mas, para todos os efeitos, não passa de questão política. A população pode esperar.

 

Papo Reto

 

Virou faroeste: só em setembro, cerca de 60 pessoas morreram na guerra entre facções criminosas e confrontos com a polícia em Salvador, para onde o Ministério da Justiça enviou R$ 109 milhões para mitigar os ânimos.

 

Apesar do escancaramento da sombria realidade, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (foto), que trabalha dia e noite para virar ministro do STF, acha que a culpa pela explosão da violência está na venda de armas de fogo legais a cidadãos comuns.

 

A proposta que limita o mandato de ministros do Supremo Tribunal Federal a 15 anos já está protocolada no Senado.

 

Embora o presidente Rodrigo Pacheco negue se tratar de enfrentamento entre os poderes, o certo é que, na quarta, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da casa já aprovou outra PEC, a que limita decisões monocráticas dos ministros.

 

A organização criminosa de desmatamento desmontada ontem pela PF no Pará, usava “olheiros” para se antecipar às fiscalizações.

 

O indiano Kailash Satyarthi, Nobel da Paz 2014, pede que as Américas aprovem medidas de proteção do solo. A ideia de que agricultores recebam créditos de carbono por serviços ecossistêmicos e práticas de conservação começa a ganhar corpo.

 

A inteligência artificial começa a revolucionar o mercado do agro no mundo, depois que as gigantes dos implementos agrícolas resolveram apostar tudo na tecnologia.

 

O grupo Magalu, um dos patrocinadores do Círio de Nazaré, irá distribuir cerca de 175 mil copos de água aos participantes da procissão, amanhã. Outros 25 mil estão à disposição dos romeiros nas 32 lojas da companhia em Belém. 

 

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