Sem alternativas, Helder filia ao MDB prefeito e vice de Bragança e abre "pote até aqui de mágoas"

Governador inclui mais tucanos na conta do partido para as eleições deste ano com o firme propósito de eleger 100 prefeitos por todo o Pará.

01/04/2024 08:20

Candidatura do médico Mário Júnior, afilhado político do prefeito Raimundo Oliveira, ganha “empurrão” do MDB /Fotos: Divulgação.


N


ão convidem o governador Helder Barbalho para uma visita à Bragança, nordeste do Pará: há risco de ser recebido apenas pelo prefeito Raimundo Oliveira e seu candidato a vice, Mário Júnior, além de candidatos a vereador pelo MDB, que saíram da toca sabendo agora de onde virá o dinheiro para a campanha.

 

Para políticos conhecidos no município, ao filiar o ex-tucano Raimundo Oliveira e o médico Mário Júnior ao MDB, “Helder, mais uma vez, traiu seus próprios aliados”.

 

O sentimento externado pelo recém-filiado emedebista e deputado estadual Renato Oliveira, saído do Podemos a mando do governador, ganha proporções geométricas nas palavras do emedebista histórico e irmão de Renato Oliveira, o ex-prefeito Edson Oliveira, jaderista de carteirinha. Edson sequer sabe se continuará no partido.

 

Edson Oliveira afirma ter pesquisas que o colocam em condições de disputar a prefeitura, mas ainda não se livrou de problemas que impedem sua candidatura, providência que está em curso.

 

As famílias Oliveira não têm a menor afinidade em Bragança, mas, de certo modo, o prefeito Raimundo Oliveira conseguiu o que queria - reduzir os adversários a pó e levar adiante o seu plano de eleger o sucessor pelas mãos, segundo os cronistas locais, porque, como político, Mário Júnior é considerado um bom médico, com fortes ligações religiosas, por assim dizer.

 

Passo do governador

 

Ocorre que Helder também tem um plano - que alguns adversários nem chamam de plano, mas de “passo maior que as pernas" -, o que prevê eleger 100 prefeitos por todo o Pará. Na contabilidade da oposição essa métrica pode ser comprometida em Belém, Ananindeua, Barcarena e Santarém; em Marabá e em Parauapebas, mas só o tempo dirá. O certo é que a estratégia política do governador de mandar aliados para escanteio parece estar criando um batalhão de insatisfeitos.

 

Tempestade perfeita

 

No caso de Bragança, ocorreu a tempestade perfeita: Helder vem “enchendo a bola” do prefeito Raimundo Oliveira com muito dinheiro para obras; jamais cravou posição sobre quem iria apoiar nas eleições e advertiu o deputado Renato Oliveira sobre suas alternativas - e uma, a que está em vigor, seria dar apoio à sucessão do prefeito. A tempestade se completou com a desistência do médico Nadson Monteiro, que teve as contas reprovadas pelo TCM e se juntou a Raimundo Oliveira, inviabilizando a chapa com Edson Oliveira. A bola voltou para as mãos de Helder.

 

Pelas beiradas

 

A quem interessar possa: nesta semana, Edson Oliveira entra com recurso para tentar reverter a dificuldade criada com a reprovação de contas pela Câmara de Vereadores, que aprovou contas do prefeito Raimundo Oliveira com irregularidades semelhantes. Haveria jurisprudência criada para tal. Se conseguir, Edson deve se filiar a outro partido para concorrer contra os candidatos do governador, mas ainda tem muita água para passar sob essa ponte até o prazo final de inscrição.   

 

A filiação de Raimundo Oliveira não teve a presença do governador Helder Barbalho, mas do presidente do partido, o irmão e ministro Jader Filho. Por uma razão que manifesta somente a pessoas próximas, o governador tem ideia formada sobre o comportamento político de Raimundo Oliveira e mantém com ele, por assim dizer, uma relação de amor e ódio.  

 

Papo Reto

 

A imagem de Jesus crucificado com soldado romano proferindo a frase "bandido bom é bandido morto", publicada no perfil oficial do MTST, em plena Sexta-feira Santa, teria levado o candidato do Psol, Guilherme Boulos (foto), “ao fogo do inferno” político em ano eleitoral.

 

 Pesquisas de intenção de votos na capital paulista colocam Boulos na liderança da corrida à prefeitura.

 

São Paulo já acumula mais de 2 milhões de idosos. Entre 2010 e 2022, a população com mais de 60 anos cresceu 51,1%.

 

A alta no município acompanha a tendência observada tanto no Estado (60,3%), quanto no País (56%).

 

Produtores de 16 Estados afetados por eventos climáticos ou queda dos preços agrícolas já podem solicitar renegociação de suas dívidas com o crédito rural até o dia 31 de maio.

 

Anunciada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a nova regra alcança agricultores familiares, médios e demais produtores rurais.

 

Acredite, os chineses lançaram carro elétrico de carregamento ultrarrápido, em menos tempo que o celular.

 

A versão Max do Sedan SU7, da Xiaomi, armazena em apenas 15 minutos eletricidade suficiente para rodar 510 quilômetros.

 

Tanto que em menos de 30 minutos, a fábrica recebeu 50 mil encomendas do veículo.

 

Temendo a reação da Câmara, que já havia pautado para esta semana a derrubada da infame obrigatoriedade de visto para turistas dos EUA, Canadá e Austrália entrarem no Brasil, o governo acabou adiando a entrada em vigor da medida, prometendo, inclusive, rever sua posição.

 

Pródigo em criar impostos e aumentar preços, o governo liberou 4,5% de reajuste nos preços dos remédios. 

 

Estudo recente publicado na revista Nature Communications revela que a redução da perda de manguezais no Brasil pode contribuir de modo surpreendente para a mitigação das mudanças climáticas. 


E que os mangues da Amazônia possuem estoques de carbono totais da ordem de 468,3 toneladas por hectare, capacidade aproximada de três a vinte vezes maior do que a dos biomas terrestres brasileiros como o cerrado, o pantanal, a caatinga, florestas tropicais e campos sulinos.

Mais matérias OLAVO DUTRA