Sem fiscalização competente, invasores avançam sobre unidade de conservação e chegam às dunas do Atalaia

Vídeo mostra construção de barracos em área protegida de Salinópolis, na costa atlântica do Pará, ameaçando o famoso “Lago da Coca-Cola” e com danos à fauna e à flora da região.

10/11/2023, 12:00

Imagens apontam início da construção de barracos em área protegida, a mesma onde órgãos ambientais do Estado têm acompanhado a desova de tartarugas-marinhas/Fotos: Divulgação-Redes Sociais.


U


ma invasão silenciosa está em curso na "Ponta da Sofia", área cobiçada por empreendimentos imobiliários, turísticos e de vários outros segmentos comerciais que aterrissam sem parar na Praia do Atalaia, em Salinópolis, costa atlântica do Pará. 

 

O fato chegou ao conhecimento da coluna através de vídeo mostrando a construção de casas na faixa de areia situada ao lado direito da principal praia do balneário. O desdobramento mais grave é o fato de a invasão ocorrer dentro do Monumento Natural Atalaia, o Mona-Atalaia, Unidade de Conservação de Salinópolis, criada por decreto em maio de 2018.

 

Quem estaria por trás

 

A denúncia que ganhou as redes sociais mostra imagens de peças de madeira espalhadas em áreas próximas às dunas, onde é possível observar a edificação de uma casa. Supostamente, empresários da cidade estariam por trás dessa movimentação irregular. Grupos de mensagens locais questionam a falta de atitude do MP, do Ideflor-Bio e da Polícia Civil para intervir e solucionar a questão.

 

Segundo um morador do Atalaia, na área conhecida atualmente como “Ponta da Sofia” não havia barracas e muito menos residências. "Existia uma estrada que levava à comunidade Cocal, no final da praia, mas não barracas, vinte cinco anos. As barracas ficavam depois do atalho", garante. "Hoje, sim, tem várias casas sendo construídas; eles simplesmente lotearam as dunas e se intitulam donos da terra”.

 

Risco à fauna e à flora

 

O Mona-Salinópolis possui uma área de 256,58 hectares e compreende a Ilha do Atalaia, que inclui o famoso “Lago da Coca-Cola" e adjacências. Nessa área e em seu entorno coexistem dunas, restingas e manguezais. Na área, inclusive, têm sido recorrentes as desovas de tartarugas-marinhas (foto abaixo). Um dos objetivos é também a preservação das espécies da flora e da fauna residente e migratórias, que utilizam a área para alimentação, refúgio e berçário natural durante a época de reprodução.

 

Ninguém se manifesta

 

A coluna tentou contato com o Ideflor-Bio e a Polícia Civil, mas não obteve resposta. No início da tarde de ontem, o Ministério Público informou que também estava tentando manter contato com o Ideflor-Bio para pedir esclarecimentos sobre as medidas a serem adotadas sobre o caso pelo órgão gestor da Unidade de Conservação, após o que deverá se manifestar.


 


 

Papo Reto

 

Falando em proteção ambiental: o secretário de Meio Ambiente do Pará, Mauro O' de Almeida (foto), defende ações conjuntas dos Estados da Amazônia Legal para o combate ao desmatamento e para a preservação ambiental.

 

A proposta inclui a desburocratização dos fundos de financiamento globais que podem colaborar com o Pará e a região para impulsionar as políticas que buscam garantir a chamada transição socioeconômica de baixo carbono.

 

O secretário participou em Manaus, na última quarta, de agendas organizadas pelo consórcio interestadual preparatórias à assembleia geral dos governadores, que acontece hoje,

 

O corregedor eleitoral Benedito Gonçalves, antes de deixar o cargo, acabou tendo que rejeitar duas novas ações contra Bolsonaro e Braga Netto por falta de materialidade.

 

O ex-presidente também teve arquivada ontem a ação penal no qual era acusado de incitar estupro contra a deputada Maria do Rosário.

 

Uma nova resolução da Anatel obriga a manutenção de lojas físicas das operadoras de telefonia celular somente em cidades que possuam acima de 100 mil usuários ativos.

 

Com isso, Claro, Tim e Vivo deverão reduzir significativamente o número de suas lojas, realizando o "sonho de consumo" que sempre foi empurrar o fluxo de atendimento ao público para os canais digitais.

 

Quem diria? Descobriu-se que o Catar, que goza de todos os privilégios de um aliado militar de primeira grandeza dos EUA no Oriente Médio, não apenas acolhe - em seus hotéis 6 estrelas -, mas também paga "mesada" a membros da cúpula do Hamas, a quem já transferiu US$ 400 milhões.

 

Só perde para a ONU, cuja montanha transferida ao grupo terrorista, com recursos oriundos de doações da própria América - enviados pelo governo Biden - chegam a US$ 2 bilhões nos últimos dois anos.

 

O Grupo Mateus divulgou seu balanço referente ao terceiro trimestre e aponta recorde de receita bruta totalizando R$ 7,8 bilhões, com um crescimento de 17,2%.

 

Nos nove primeiros meses do ano, a receita bruta alcançou R$ 21,7 bilhões, um aumento de 22,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Mais matérias OLAVO DUTRA