esde o dia 3 de julho, a Federação da Amazônia, a Fama, que reúne cooperativas de saúde da Região Norte - Belém no meio -, vive sob gestão fiscal da Agência Nacional de Saúde, medida intervencionista provocada pela apuração em balanço de déficit de R$ 280 milhões. A Federação, com sede em Manaus, é presidida pelo médico Wilson Niwa.
A intervenção da ANS impede que Niwa,
presidente da Unimed Belém, concorra a qualquer cargo em operadoras da saúde.
Em sete meses - março de 2025 -, haverá eleição para novos dirigentes da Unimed
Belém - Conselho de Administração, o Conad e a diretoria Executiva, a Direx.
Rateio ou aporte
A revelação do déficit de R$ 280
milhões da Federação provocou ebulição e alarido entre os cooperados da Unimed
Belém: mínimo de 50% desse déficit será honrado pelos médicos cooperados, com
rateio ou aporte.
O burburinho ameaça virar tsunami e
já rendeu pelo menos uma demissão em uma diretoria.
Justiça Eleitoral determina
permanência do partido
Solidariedade na coligação
do candidato Thiago Araújo
Uma decisão liminar publicada ontem determina que o partido Solidariedade
continue na coligação "Belém quer Mudança de Verdade", que apoia o
candidato a prefeito, deputado estadual Thiago Araújo (foto). A
coligação é formada pelos partidos Republicanos, Agir, Solidariedade,
Democracia Cristã, Avante e PMB.
A decisão foi assinada pela juíza Ana Selma da Silva Timóteo, da 76ª zona
eleitoral do Pará. Ela analisou um pedido de impugnação feito contra a
coligação "União Bora Belém", do candidato Everaldo Eguchi, que teria
registrado o Solidariedade de forma irregular.
Com a decisão liminar, o Solidariedade deve permanecer na coligação de Thiago
Araújo para a distribuição do horário eleitoral gratuito, até que haja uma
decisão final sobre o pedido de impugnação do Demonstrativo de Regularidade de
Atos Partidários - Drap.
Garantia de direitos
A juíza ressaltou que a medida busca
evitar impactos negativos na propaganda eleitoral e garantir os direitos das
partes envolvidas. Se o pedido de impugnação do Drap não for contestado em sete
dias, será aplicada a preclusão, ou seja, a perda do direito de manifestação no
processo.
O pedido de impugnação foi protocolado pela coligação "Belém quer Mudança
de Verdade" na última sexta-feira, 16, pedindo a exclusão do Solidariedade
da coligação adversária.
Entenda o caso
De acordo com a coligação "Belém
quer Mudança de Verdade", no dia 26 de julho, a comissão provisória do
Solidariedade em Belém realizou uma convenção onde decidiu não lançar
candidatura majoritária e integrar a coligação. O edital de convocação dessa
convenção havia sido publicado no Tribunal Regional Eleitoral do Pará no dia 22
de junho.
No entanto, no dia 5 de agosto, prazo final para as convenções políticas, a
comissão provisória do Solidariedade foi surpreendida com a ata de uma suposta
convenção que teria decidido pela coligação com o PRTB, partido de Eguchi.
Segundo a coligação "Belém quer
Mudança de Verdade", essa convenção foi presidida por uma mulher chamada
Allana, que se apresentava como presidente da comissão provisória do
Solidariedade Belém, embora seu nome nunca tenha constado no Sistema de
Gerenciamento de Informações Partidárias do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Diante
disso, o próprio partido Solidariedade entrou com um pedido de liminar
solicitando a suspensão da ata. A solicitação foi atendida pela juíza eleitoral
da 76ª Zona Eleitoral no dia 12 de agosto, que determinou "a imediata
suspensão da ata falsa realizada no dia 5 e lançada no sistema Candex em 6 de
agosto, proibindo qualquer ação referente ao partido". Mesmo assim, no dia
15 de agosto, o PRTB registrou o Demonstrativo de Regularidade de Atos
Partidários com a inclusão do Solidariedade na coligação.
Papo Reto
· Foi consensual a escolha do
ex-chefe de Gabinete do prefeito Daniel Santos Ed Wilson para a vaga de vice
nas eleições deste ano.
· O prefeito e o deputado Erick
Monteiro, cuja mulher seria indicada, costuraram o acordo em nome da “República
de Ananindeua”, sem traumas.
· Exceto na outra ponta da
corda: o ex-prefeito Manoel Pioneiro (foto), diz um
“cururu de quintal”, teria se retirado do grupo político com sangue nos olhos,
ao perder a indicação.
· Contra o ex-prefeito pesou o
boato de uma suposta conversa com o governador Helder Barbalho que abalou a
confiança da “República”.
· Pergunta (im)pertinente: é
legal a prática de abastecer um veículo com R$ 30 ou R$ 50 de combustível para
garantir o direito de ‘adesivar’ o veículo do proprietário com peça de campanha
política? Respostas para a coluna.
· A Associação Brasileira de
Apoio à Família com Hipertensão Pulmonar e Doenças Correlatas irá formalizar
denúncia contra a Secretaria de de Saúde do Pará pelas sequelas provocadas em
pacientes que ficaram por três meses sem a medicação bosentana.
· O hiato
sem o medicamento durou do início de maio e até o final de julho, quando o
fornecimento foi normalizado na farmácia do Hospital de Clínicas Gaspar Vianna.
De acordo com a Associação, os três meses sem o remédio deixaram dezenas de
pacientes com fraqueza, falta de ar, dores no peito, câimbras e sangramento
nasal.
· Até o dia 29 de julho, o site
do Voa Brasil já contabilizava quase 60 mil acessos, com um total de 1791
reservas.
· Considerado o primeiro programa
do mundo de inclusão social na aviação, a iniciativa garante assentos por de
até R$ 200 por trecho, sem contar taxas de embarque.
· Não há quem consiga deter, nem
a decorativa Anatel, o assédio de empresas de telemarketing, que importunam
cada dia mais, sem dar a menor bola para o tal 0300, como determina a
legislação.