pleno do Tribunal de Justiça do Estado aprovou, em votação com pouco mais de três minutos de “debate”, minuta de lei que vai possibilitar aos magistrados receberem uma folga a cada cinco dias trabalhados. O curioso é que a medida valerá também para o período de repouso, as férias e licenças. Como, segundo leis anteriores, já têm 60 dias de férias, além das várias licenças-prêmios, os desembargadores vão garantir mais 73 dias extras por ano só às custas das folgas a cada cinco dias, devidamente remuneradas, uma vez que essas folgas poderão ser indenizadas automaticamente no mês seguinte.
Enquanto isso...
E, como dizia um famoso seriado de
super heróis, “enquanto isso, na sala de Justiça...”, o Sindicato dos
Funcionários do Judiciário do Pará, Sindju, manifesta preocupação com
reivindicações urgentes e prioritárias, como o projeto de revisão do Plano de
Cargos, Carreiras e Remuneração e a regularização da data base de 2022, que
continuam estagnados e sem previsão de receberem atenção da corte, ou pelo menos
não a mesma atenção que as questões ligadas aos juízes. De acordo com o
Sindicato, há uma clara sensação de desequilíbrio nas atenções dispensadas pela
administração do TJ aos entes que compõem o Judiciário paraense.
Mais cargos de juízes
Os servidores ligados ao Sindicato
também manifestam a preocupação com o avanço do anteprojeto de lei que propõe o
aumento de mais cinco cargos de Juiz de Direito Substituto de Segundo Grau ao
quadro do TJ. Segundo o Sindicato, esses cargos visariam atender prioritariamente
aos gabinetes dos desembargadores que ocupam cargos de direção, como o próprio
presidente da Corte, além do vice-presidente e do corregedor-geral de justiça,
proporcionando a estes um suporte adicional nas suas funções jurisdicionais.
Pela proposta, os novos cargos seriam
providos por remoção, seguindo o critério de antiguidade, e cada cargo
incluiria um assessor provido por livre nomeação do juiz, ou seja, sem concurso
público, com salário, segundo o padrão remuneratório, em torno de R$ 19 mil, fora
outros benefícios.
Nota do ao público
O Sindju-PA emitiu nota exigindo
maior dedicação da administração do tribunal nas demandas dos servidores. “As
necessidades e reivindicações expressas pelo sindicato merecem atenção imediata
e ações efetivas”, diz a nota da entidade, que finaliza reafirmando seu papel
representativo. “Continuaremos a lutar pelo reconhecimento e valorização dos
servidores do TJ”, afirma.
De mal a bem pior
O Conselho de Justiça Federal
aprovou uma resolução que concede um dia de folga a cada três dias trabalhados
para juízes que acumulem funções processuais ou administrativas. A decisão
beneficia magistrados de 1ª e de 2ª instância. Caso opte por não folgar, o juiz
poderá optar pelo pagamento proporcional.
A medida deve trazer impacto
significativo no orçamento do Poder Judiciário. No entanto, o conselho não
informou qual será o valor a mais gasto anualmente. De acordo com a resolução,
são considerados acúmulos de funções extraordinárias, a direção de escola de
magistratura, direção de subseção judiciária ou de foro federal, membros do
conselho de administração do tribunal, entre outras funções.
A resolução importará a concessão de
licença compensatória na proporção de 3 dias de trabalho para 1 dia de licença,
limitando-se a concessão a 10 dias por mês”, destaca trecho do artigo 7° da
resolução. Atualmente, magistrados e magistradas já têm direito até 60 dias de
férias por ano.
A resolução foi aprovada no começo de
novembro, em sessão que durou poucos minutos e com apoio unânime dos
integrantes do conselho. O pagamento será retroativo a 23 de outubro deste ano.
A alegação é que este tipo de benefício já era utilizado por membros do
Ministério Público.
Papo Reto
O ministro Dias Toffoli (foto) "melou" o
concurso da PM do Pará por restrição a mulheres. Segundo o ministro do STF, a
limitação não pode ser justificada legalmente, já que "a concorrência
feminina deve ser para 100% de vagas disponíveis".
O Pantanal já teve mais de 3 mil incêndios só em novembro, mais um
recorde histórico no governo Lula.
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e outros "ativistas" do meio ambiente na grande mídia.
No plenário virtual, a maioria do STF mantém pensão antiga de
ex-governadores ou dependentes. O entendimento da maior parte dos
ministros é que as pensões foram concedidas antes de a prática ser considerada
inconstitucional pela Corte.
Embora diga estar tentando, não será fácil o governo encontrar brecha no
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da Polícia Federal. Categoria segue pressionando.
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de compras efetuadas em supermercados.