Desembargadores do Pará terão mais 73 dias de folga remunerada por ano, inclusive nas férias e licenças

Pleno aprovou em debate relâmpago minuta de lei que vai possibilitar aos magistrados uma folga a cada cinco dias, inclusive nas férias e licenças.

18/11/2023 11:00
Desembargadores do Pará terão mais 73 dias de folga remunerada por ano, inclusive nas férias e licenças
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pleno do Tribunal de Justiça do Estado aprovou, em votação com pouco mais de três minutos de “debate”, minuta de lei que vai possibilitar aos magistrados receberem uma folga a cada cinco dias trabalhados. O curioso é que a medida valerá também para o período de repouso, as férias e licenças. Como, segundo leis anteriores, já têm 60 dias de férias, além das várias licenças-prêmios, os desembargadores vão garantir mais 73 dias extras por ano só às custas das folgas a cada cinco dias, devidamente remuneradas, uma vez que essas folgas poderão ser indenizadas automaticamente no mês seguinte.


Em três minutos de “debate”, pelo do Tribunal de Justiça do Pará definiu a questão em favor dos magistrados e que provoca reações do Sindicato dos Servidores do Judiciário/Fotos: Divulgação.

Enquanto isso...

 

E, como dizia um famoso seriado de super heróis, “enquanto isso, na sala de Justiça...”, o Sindicato dos Funcionários do Judiciário do Pará, Sindju, manifesta preocupação com reivindicações urgentes e prioritárias, como o projeto de revisão do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração e a regularização da data base de 2022, que continuam estagnados e sem previsão de receberem atenção da corte, ou pelo menos não a mesma atenção que as questões ligadas aos juízes. De acordo com o Sindicato, há uma clara sensação de desequilíbrio nas atenções dispensadas pela administração do TJ aos entes que compõem o Judiciário paraense.

 

Mais cargos de juízes

 

Os servidores ligados ao Sindicato também manifestam a preocupação com o avanço do anteprojeto de lei que propõe o aumento de mais cinco cargos de Juiz de Direito Substituto de Segundo Grau ao quadro do TJ. Segundo o Sindicato, esses cargos visariam atender prioritariamente aos gabinetes dos desembargadores que ocupam cargos de direção, como o próprio presidente da Corte, além do vice-presidente e do corregedor-geral de justiça, proporcionando a estes um suporte adicional nas suas funções jurisdicionais.

 

Pela proposta, os novos cargos seriam providos por remoção, seguindo o critério de antiguidade, e cada cargo incluiria um assessor provido por livre nomeação do juiz, ou seja, sem concurso público, com salário, segundo o padrão remuneratório, em torno de R$ 19 mil, fora outros benefícios.

 

Nota do ao público

 

O Sindju-PA emitiu nota exigindo maior dedicação da administração do tribunal nas demandas dos servidores. “As necessidades e reivindicações expressas pelo sindicato merecem atenção imediata e ações efetivas”, diz a nota da entidade, que finaliza reafirmando seu papel representativo. “Continuaremos a lutar pelo reconhecimento e valorização dos servidores do TJ”, afirma.

 

De mal a bem pior

 

O Conselho de Justiça Federal aprovou uma resolução que concede um dia de folga a cada três dias trabalhados para juízes que acumulem funções processuais ou administrativas. A decisão beneficia magistrados de 1ª e de 2ª instância. Caso opte por não folgar, o juiz poderá optar pelo pagamento proporcional.

 

A medida deve trazer impacto significativo no orçamento do Poder Judiciário. No entanto, o conselho não informou qual será o valor a mais gasto anualmente. De acordo com a resolução, são considerados acúmulos de funções extraordinárias, a direção de escola de magistratura, direção de subseção judiciária ou de foro federal, membros do conselho de administração do tribunal, entre outras funções.

 

A resolução importará a concessão de licença compensatória na proporção de 3 dias de trabalho para 1 dia de licença, limitando-se a concessão a 10 dias por mês”, destaca trecho do artigo 7° da resolução. Atualmente, magistrados e magistradas já têm direito até 60 dias de férias por ano.

 

A resolução foi aprovada no começo de novembro, em sessão que durou poucos minutos e com apoio unânime dos integrantes do conselho. O pagamento será retroativo a 23 de outubro deste ano. A alegação é que este tipo de benefício já era utilizado por membros do Ministério Público.

 

Papo Reto

 

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