ervidores de escritórios da Emater em São Miguel do Guamá, Irituia e Aurora do Pará foram surpreendidos na última terça-feira com a busca forçada de veículos alugados que serviam às respectivas unidades da empresa por suposta falta de pagamento.
“A empresa que aluga os carros veio e levou três
carros por falta de pagamento. Até o carro do supervisor foi no pacote. Como
vamos trabalhar sem veículo? O governador precisa tomar uma atitude urgente e
mudar a atual situação da empresa”, desabafou um técnico em São Miguel.
A situação se agrava ante o fato de que os aluguéis de
escritórios no interior do Estado também estão atrasados. “Informamos que hoje,
30 de julho, a Secretaria da Fazenda repassou o dinheiro para os empenhos do
aluguel de junho”, diz um comunicado da Coordenadoria de Administração e
Finanças da empresa.
“O comunicado diz que o pagamento é referente ao
mês de junho, sendo que já estamos no final de julho e vamos para agosto.
Corremos risco de despejo a qualquer momento”, desabafa outro técnico da
empresa à coluna.
Constrangimento e pressão
A
atual gestão da Emater, sob comando do advogado Joniel Abreu, está
condicionando o aumento do vale alimentação à desistência de causas
trabalhistas, assim como à autorização para assinatura do ACT 2024/25.
De acordo com o sindicato que representa os servidores da Emater, as condições
impostas pela gestão são ilegais. Veja o comunicado:
“Encaminhamos para conhecimento de todos a proposta apresentada pela direção da
Emater ao sindicato no último dia 30/7/24 em relação às negociações do ACT
24-25. Informamos que tal proposta já foi enviada à assessoria Jurídica do
sindicato para análise e posteriormente ser discutida com a categoria em
assembleia geral.
A proposta apresentada pela Emater condiciona a assinatura do ACT à
desistência de ações trabalhistas. A direção do sindicato repudia totalmente a
proposta, tendo em vista que o auxílio alimentação, de R$ 1.500,00, é pago aos
mais de 100 mil servidores do Estado desde abril deste ano sem que, para isso,
tenham desistido de qualquer outro direito. Exigimos a assinatura do ACT 24-25
com o reajuste do auxílio alimentação retroativo a maio de 2024; às ações
trabalhistas cabe ao Judiciário julgar”.
Justiça é a esperança
“Isso
é coação clara da atual gestão e do governo, ambos exigindo a desistência do
passivo referente ao dissídio 2016 e desistência do dissídio/ACT 23/24. Eu não
desisto das ações. Acredito que a Justiça do Trabalho não vai retroagir. A
causa já está ganha, tanto que a Emater está pagando multas. O objetivo real é
que desistamos de tudo, mas não vamos desistir. Vamos denunciar à OAB o que
estão fazendo conosco”, denuncia um sindicalista.
Papo Reto
· Um dos assuntos mais discutidos ontem não foi a escolha de
Cássio Andrade para ser vice de Igor Normando, mas a não escolha de Úrsula
Vidal (foto). O fato ganhou destaque em todos os portais do Estado.
· A noção geral é de que composição de chapa do MDB
privilegia homens e garante ‘reserva de mercado’ para a chamada velha política.
· Úrsula está volta ao cargo de Secretária de Cultura do
Estado para retomar os projetos que já vinha conduzindo com vistas à COP30.
·
A propostas de criação do Plano Clima, tido pela
oposição como mais uma mera peça retórica para convencer o mundo de que está se
esforçando para enfrentar as mudanças climáticas, serão debatidas dentro dos
biomas brasileiros, diz o governo Lula.
·
Bolsonaristas festejaram a condenação do hacker brasileiro
Walter Delgatti Neto por injúria contra o ex-presidente, em depoimento na CPMI
do Congresso sobre os atos de vandalismo de 8 de janeiro.
· Segundo a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico,
a escassez hídrica já bateu nos rios Madeira, Purus e seus afluentes, no
sudoeste do Amazonas, com possibilidade de ser ainda pior que no ano passado.
· As vendas de diesel batem recorde no País no primeiro
semestre, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e
Biocombustíveis, mas as vendas de gasolina C caíram 8,6% em junho.
· Todos já estão carecas de saber, mas nunca é demais
lembrar: amamentar mais de um ano reduz o risco de câncer de mama, garante a
Organização Mundial da Saúde.
· A hepatite B terá notificação compulsória no caso de
gestantes, que passam a monitorar a doença desde o primeiro trimestre ou no
início do pré-natal.