uas placas anunciando obras, uma do governo do Estado e outra da Prefeitura de Belém estão instaladas no Mercado Municipal de Icoaraci, distrito de Belém, e apontam para uma reforma e revitalização do equipamento. Porém, mesmo com dois donos e um orçamento de quase R$ 13 milhões, a obra está mais parada que água de poço.
Mesmo com esse volume de recursos, os trabalhadores
estão sem receber salários. As reclamações dos atrasos estão registradas nos
grupos de trabalho, tanto da obra quanto dos trabalhadores do próprio mercado
que, impacientes com o atraso no andamento da obra, tentam entender o porquê da
demora. Uma explicação pode ser o fato de a empresa não ser Belém, nem mesmo do
Pará.
Coisas de vizinhos
Ainda não se sabe ao certo qual dos dois donos da obra,
a Prefeitura de Belém ou o governo do Estado decidiu pela contratação de uma
empresa do Maranhão - a Qualitech Engenharia - para fazer a reforma do mercado
de Icoaraci.
Tudo bem que o Estado vizinho não é tão longe, mas não
há justificativa, diante do grande número de empresas de construção presentes
no Estado. Além do mais, não pesa, exatamente, de onde vem a empresa, mas,
convenhamos, submeter a população a uma situação caótica como é o caso do
Mercado de Icoaraci não tem cabimento, nem aqui, nem na Cochinchina.
Gerenciando à distância
Não por acaso, com essa distância, o gerenciamento da
obra fica prejudicado. É o que dizem, e comprovam com imagens, os muitos áudios
no grupo de trabalhadores da feira.
A principal reclamação, no entanto, é dos trabalhadores
da obra que, além de ficarem sem salários, ficam sem supervisão, já que o
engenheiro da empresa, Yuri Campelo, assim como a firma, também é do Maranhão,
e na prática apenas visita a obra esporadicamente.
Para piorar, os trabalhadores dizem que quando Yuri
resolve sair de São Luís, a capital maranhense onde ele reside, para visitar a
obra, dá um show de grosserias com os trabalhadores e reclama de tudo, mas não
dá nenhuma satisfação pela sua ausência quase permanente.
Fornecedores não recebem
A falta de pagamentos vai além dos funcionários da obra,
e atinge também os fornecedores, conforme depoimentos de pessoas que, mesmo sem
receber, precisam do trabalho e temem retaliações. Um detalhe importante, e que
grita por fiscalização dos órgãos responsáveis, é que a mesma empresa do
Maranhão é a responsável também pelas reformas dos mercados municipais da
Pedreira, Terra-Firme e Guamá, com um volume de recursos que ultrapassa R$ 50
milhões, e todos eles com obras ainda por concluir.
Papo Reto
Segue sem qualquer explicação - como se não precisasse -
a substituição do advogado Elias Chama (foto) da Procuradoria
do TCE.
O advogado foi, por quatro anos, procurador das
presidências exercidas pela conselheira Lourdes Lima.
Sua substituição ocorreu no bojo de mais uma mexida na
equipe herdada da administração anterior e acirrou os ânimos na Corte.
No Carnaval de Bragança, além do bloco político do
prefeito Raimundo Oliveira, que corre o risco de desfilar sem abadá, há outros
dois, de raiz, que se destacam - Patokada e Urubu Cheiroso - e dois ainda mais
destacados: Bora Coisar e Catapulta.
Boa parte da Ilha de Mosqueiro amargou um apagão nos
últimos dias. Resultado: muitas casas foram arrombadas durante as madrugadas.
É grave a situação da fuga de médicos da Unimed Belém.
Leitora da coluna informa que praticamente todo santo dia um profissional bate
em retirada.
Enquanto isso, os cooperados continuam pagando e os
serviços, sendo reduzidos. E pergunta: para onde vai tanto dinheiro?
A advogada Marcelia Bruna Sousa de Oliveira
Marinho, especialista em direito previdenciário, é a representante do Norte do
Brasil no Instituto dos Advogados Previdenciários, o Iape.
Trata-se de uma associação civil sem fins lucrativos,
sediada em São Paulo e com atuação em todo o País.
A nomeação marca a primeira vez que a entidade terá uma
representação na região e com uma profissional que atua na Amazônia.