Pará se prepara para ganhar os holofotes em 2025 com a realização da COP30 em Belém, e a piscicultura surge como uma das atividades econômicas que mais dependem de avanços em segurança jurídica e ambiental para crescer de forma consistente.
Apesar da expectativa e da vocação natural para a atividade, o crescimento da piscicultura no Pará tem sido tímido. Em 2024, o Estado produziu 25.420 toneladas, um leve avanço de 4,18% em relação ao ano anterior. Os peixes nativos lideram com ampla margem, representando 24.100 toneladas do total, enquanto a tilápia ainda tem presença discreta, com apenas 1.050 toneladas. Outras espécies, como carpa, truta e panga, somam 270 toneladas.
Mapa da piscicultura
Conforme levantamento da Associação Brasileira da Piscicultura, a chamada Peixe BR, esse desempenho modesto revela um problema de base: a falta de um marco regulatório atualizado e atraente para investidores. Sem regras claras e um ambiente de negócios favorável, os projetos de expansão não decolam. O plano de desenvolvimento prometido para o setor há alguns anos ainda não saiu do papel, e o número de viveiros permanece limitado. Hoje, o Estado conta com 7.340 hectares de área de cultivo, distribuídos em 29.112 viveiros e apenas 317 tanques-rede - número considerado baixo, principalmente em comparação com outras regiões produtoras.
A expansão da piscicultura nos lagos das Hidrelétricas de Belo Monte e Tucuruí é vista como um dos caminhos mais promissores para o aumento da produção. No entanto, a efetivação dessas iniciativas depende diretamente de avanços na legislação ambiental e na segurança jurídica, especialmente no que diz respeito à cessão de uso das Águas da União.
A dependência de abastecimento de outros Estados continua sendo um obstáculo para o crescimento autônomo da piscicultura paraense. Mesmo com um mercado consumidor interno forte e crescente, o Pará ainda precisa importar parte do pescado para atender à demanda, o que representa perda de competitividade e oportunidades de renda local.
Maiores produtores
Municípios como Paragominas, Marabá, Conceição do Araguaia, Altamira e Ipixuna do Pará lideram a produção estadual, de acordo com os dados mais recentes do IBGE. Essas regiões já demonstram vocação para a piscicultura e poderiam se beneficiar fortemente de uma política pública mais eficiente e direcionada.
Com a COP30 prestes a acontecer, o Pará tem a chance de transformar o debate ambiental em alavanca para o desenvolvimento sustentável da piscicultura. Modernizar o marco regulatório, destravar os investimentos e ampliar a produção de forma responsável são passos urgentes para o Estado deixar de depender de outras regiões e assumir seu protagonismo no cenário aquícola brasileiro.
Com informações do site O Presente Rural.
Papo Reto
·A última Missa dos Santos Óleos celebrada pelo arcebispo metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira (foto), ocorreu na manhã de hoje, na Catedral Metropolitana de Belém.
·Durante a celebração, Dom Alberto leu sua carta de renúncia como arcebispo e avisou que apresentará o pedido oficial de renúncia no dia 26 de maio, data em que completará 75 anos.
·No dia 7 de março passado, o Papa Francisco anunciou a nomeação de Dom Júlio Akamine, que era Arcebispo de Sorocaba, em São Paulo, como Arcebispo Coadjutor da Arquidiocese de Belém.
·A cruz histórica, usada na primeira missa celebrada no Brasil, em 26 de abril de 1500, que fica no Museu da Sé de Braga, em Portugal, saiu em peregrinação por cidades portuguesas no sábado, 12, passando por Braga, Fátima, Cascais e Lisboa.
·Ela também vem ao Brasil, onde ficará até 27 deste mês - São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Bahia e Pará, além do Distrito Federal. A Cruz estará em Belém nos dias 23 e 24 de abril, mas a programação na capital paraense ainda não foi divulgada.
·Pergunta que não quer calar: quando o Ministério da Saúde cuidará de lançar um programa em defesa da imunidade das pessoas e assim poder reduzir gastos absurdos com vacinações massivas, que trazem consigo cargas anormais de mercúrio para o organismo humano?
·Usando um pedaço do cérebro de um camundongo do tamanho de um grão de areia, pesquisadores mapearam 84 mil neurônios e 500 milhões de sinapses em projeto revolucionário antes considerado impossível.