Secretário vira as costas para evento ligado ao Círio e adverte: pato no tucupi é “comida do diabo”

Ex-deputado federal Paulo Bengtson, que é evangélico, também não participou da abertura da exposição “Coleção Joias de Nazaré e Moda autoral” - Círio 2023, promovida pela Secretaria que dirige.

29/09/2023, 12:00
Secretário vira as costas para evento ligado ao Círio e adverte: pato no tucupi é “comida do diabo”
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e o governador Helder Barbalho optar por seguir a ‘orientação’ de um dos seus auxiliares mais importantes na máquina administrativa, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia, ex-deputado federal Paulo Bengtson, não vai degustar um dos pratos mais festejados da culinária paraense neste Círio de Nazaré: o pato no tucupi.  


Funcionários da Sedeme, que promoveu a exposição aberta na última quarta no Espaço São José Liberto, consideram a postura do secretário ofensa à Santa e desrespeito à população católica do Estado/Fotos: Divulgação.

Paulo Bengtson tem causado desconforto ao governo desde que assumiu a cadeira, em substituição a José Fernando Gomes Júnior, hoje no comando da Cosanpa. Começou desalojando o chamado Polo Joalheiro, mandando meio mundo de gente para o olho da rua para contratar os seus. Depois que a poeira sentou - sugerindo que o governo concordou em gênero, número e grau com a medida -, o secretário se colocou posto em sossego, mas, nada como um dia atrás do outro.

 

Quarta-feira, Paulo Bengtson, destacado membro da Igreja do Evangelho Quadrangular, filho do pastor Josué Bengtson, cometeu mais uma desfeita, ao ignorar, com a solenidade que lhe convém, a Exposição “Coleção Joias de Nazaré e Moda autoral”, relacionada ao maior evento religioso do Estado, como sabe todo o povo que acompanha o Círio, promovido pela Secretaria que dirige. Se isso não é bater de frente, bem que parece.   

 

Efeito colateral

 

Nem precisa dizer que a porção católica que ainda resta na folha de pagamento da Secretaria não ficou nada satisfeita. Tamanha afronta não costuma passar em branco por estas bandas - que o digam outros que ousaram mexer com a Santinha, que não fizeram caso, ou com ela criaram caso. O secretário simplesmente não compareceu à abertura do evento, no Espaço São José Liberto. E veio o “castigo”.

 

Nada com nada, mas...

 

Segundo denúncias de servidores encaminhadas à coluna, Paulo Bengtson “não quer nada, com nada, exceto retornar à Câmara Federal”. A ele se atribui a inanição da Comissão de Incentivos da Secretaria, que só reuniu duas vezes desde que assumiu o cargo - e acumula incentivos travados para mais de 100 empresas no Estado -, e a condição de “passeador”, com duas viagens ao exterior e inúmeras a Brasília tentando encontrar o caminho de volta.

 

Não à toa, o governador Helder Barbalho retirou do âmbito da Secretaria projetos importantes, como a Ferrovia Ferrogrão - passou para a Secretaria de Transportes - e a diretoria de Feiras - agora com a Sedap.

 

Não são alentadoras também as informações sobre o tratamento dispensado aos servidores, que acusam Paulo Bengtson de “arrogância e sem compromisso com o governo”.

 

“Cereja do Círio”

 

E a “cereja do Círio”, segundo as denúncias: o secretário evangélico Paulo Bengtson teria dito, alto e em bom tom, que “pato no tucupi é comida do diabo”. Não há registro sobre o que teria falado - se é que falou - sobre a maniçoba, iguaria que, para chegar ao ponto ideal de cozimento requer muito fogo...

 

Papo Reto

 


Quem vai ar, perde o lugar. Desde que foi anunciada como carta fora do baralho na Comunicação da Prefeitura de Belém, a jornalista e doutora Keila Negrão (foto) se deu ao trabalho de enviar mensagens através de grupos de Whatsapp.

 

Passou recados e transmitiu orientações vazias, mas acabou se negando a participar de uma reunião convocada pelo Gabinete do prefeito com os profissionais da Comunicação Social.  

 

Se ajudar, a coluna avisa: a jornalista Marta Brasil deve assumir o posto na próxima segunda-feira, sob orientação de Glauco Lima.

 

O Ibama garantiu a licença ambiental e a Petrobras vai investir R$ 15 bilhões na exploração de petróleo no Campo de Pitu, Rio Grande do Norte.

 

Descoberta em 2013, com profundidade entre 1.844 m e 4.200 m, a área faz parte da mesma Margem Equatorial, onde está a foz do rio Amazonas, sobre a qual paira silêncio sepulcral.

 

A diretora do Procon, Gareza Moraes, bem que poderia explicar por que os muitos consumidores que, nos últimos meses, recorreram à repartição para se defender das "cobranças abusivas" das pela concessionária de energia elétrica foram literalmente esquecidos.

 

O governo Lula deve cancelar a isenção de impostos de cerca de 400 medicamentos que obtiveram isenção durante a pandemia.

 

Superou a marca de 40% o volume de pessoas vivendo em estado de pobreza na Argentina, diz levantamento do Instituto Nacional de Estatísticas e Censo, órgão ligado ao Ministério da Economia.

 

Acredite, o Ministério Público Federal abriu inquérito civil público para investigar o papel do Banco do Brasil no tráfico de pessoas negras escravizadas no Século XIX.

 

A Operação Rieli II, do Ibama, rendeu a apreensão de madeiras e agrotóxicos nas terras indígenas Maracaxi, em Aurora do Pará, e na Anambé, em Moju.

 

Em respeito a seus usuários, a Vivo deveria padronizar as informações que presta nos diferentes canais: no aplicativo, por exemplo, diz que a liberação de linha - por questão de pagamento - se dá em "1 dia útil"; já os atendentes, quando se consegue chegar a um deles, informam que o prazo é de 48 horas.

 

Os jornalistas Carlos Alberto Sardenberg e Vera Magalhães, da CBN, baixaram o sarrafo no presidente da Câmara, Arthur Lira, por conta da "exigência explícita" do parlamentar em nomear diretores da Caixa em troca de dar fluidez às pautas do governo na casa.

 

Os jornalistas lembraram que o fato remete ao folclórico deputado Severino Cavalcanti, que certa vez exigiu o que o presidente Lula teria prometido: "a diretoria da Petrobras, que fura poço e acha petróleo; é essa que eu quero".

 

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