oi exonerado ontem, 2, o ex-diretor Administrativo-financeiro da Funtelpa Hilbert Nascimento, mais conhecido entre os círculos de comunicadores como “Binho”. Acusado de assédio sexual e moral por uma penca de funcionárias, ele responde a sete processos internos, fato determinante na decisão que resultou em sua demissão.
Hilbert Nascimento estava de férias e, nesse intervalo, tentou reverter a
exoneração - que já sabia ser inevitável - com movimentações políticas e
contatos com aqueles que o apadrinharam no governo do Estado. Mas nenhuma das
manobras surtiu o efeito esperado.
Compromissos maiores
Como último suspiro na tentativa de
sair da Funtelpa "de cabeça erguida e por cima", Binho reuniu
todo seu staff, na segunda-feira, primeiro de abril, para fazer uso
da data sem nem ao menos se perceber disso. Depois de agradecer o apoio de
todos, alegou que era chegada a hora de sair da Funtelpa para abraçar
compromissos maiores.
Em seu discurso, o ex-diretor disse que a saída do cargo na empresa pública era
uma decisão pessoal e que o fazia para assumir o cargo de assessor especial do
governador, com quem passaria, a partir de agora, a trabalhar diretamente, a
convite do próprio Helder Barbalho. Quem ouviu o discurso, calado estava,
calado ficou.
Prêmio de consolação
A verdade é que Binho sai da Funtelpa
desgastado, sem moral e com a possibilidade de responder aos processos por
assédio sexual e moral também na área criminal, já que as vítimas ainda não
decidiram se, com a saída dele da empresa, irão recorrer à Justiça para
procurar reparação. Binho segue, no entanto, nomeado em algum galho do governo do
Estado com um DAS III. Apenas, como disse uma fonte à coluna, para não ficar “à
míngua".
Do céu ao inferno
A história de Hilbert Nascimento
dentro da Funtelpa é um exemplo claro de que, na política, céu e inferno estão
lado a lado. Binho entrou na Funtelpa como presidente, em 2019, na primeira
gestão de Helder Barbalho. Perdeu o cargo ano passado para Miro Sanova,
ex-deputado estadual e para quem o governador devia favores pelo apoio na
campanha de reeleição.
Agora, sem cargo e sem moral, vai ser bem difícil para Binho voltar ao céu. Até
porque, de desafetos que já foram defenestrados no atual governo, o inferno
está cheio.
Papo Reto
Em vídeo nas redes sociais, o prefeito
de Barcarena e presidente regional do PP no Pará, Renato Ogawa, apresentou a
empresária do agro Andréia Lima (foto) como a nova presidente
do diretório municipal do partido na rica Parauapebas.
Embora não confirme a candidatura à
prefeitura, já que prioriza a estruturação de uma forte chapa de vereadores,
Andreia Lima vem sendo pressionada a aceitar a disputa majoritária contra o
estado de coisas que se instalou no município.
Está cada vez mais difícil marcar
consultas com um especialista na rede credenciada pelo Iasep. Tanto faz que
seja em Belém, região metropolitana ou no interior do Estado.
Sem que se tenha ouvido um único
sussurro da grande mídia, nem de artistas, de domingo, 17, até o último sábado
nada menos do que 283 brasileiros perderam a vida para a covid-19, na mais nova
e traumática semana epidemiológica registrada pelo Conselho Nacional de
Secretários de Saúde.
Como todos já sabem, o Ministério da
Saúde simplesmente passou a ignorar o monitoramento dos números da covid desde
fevereiro de 2023, inclusive proibindo que funcionários os divulgassem.
Resumo da macabra ópera: viraram pó 2,4
milhões de casos da doença e as 17.396 mortes por ela deixadas, desde que Lula
retomou o poder.
Parou tudo: acredite, por falta de
combustível - já que a empresa pública não vem pagando as faturas desde
dezembro -, estão suspensos todos os serviços externos de assistência técnica e
extensão rural nas propriedades dos mais de 50 mil produtores assistidos pela
Emater, nos 144 municípios paraenses.
Sobre o Dia Mundial de Conscientização
do Autismo: uma em cada 100 crianças carrega Transtornos do Espectro Autista
(TEA), segundo a Organização Mundial da Saúde.
Avalia-se que haja mais de 70 milhões
de pessoas com autismo no mundo, afetadas na maneira como esses se comunicam e
interagem, sendo que a incidência em meninos é maior, com relação de quatro
para cada menina com a síndrome.
Estima-se que, no Brasil, existam cerca
de 2 milhões de autistas, mais de 300 mil ocorrências só no Estado de São
Paulo.