Em um ano, Eletrobras paga quase R$ 200 mi ao Pará de ‘royalties’ pelo uso da água

Novo Repartimento, Altamira, Vitória do Xingu, Tucuruí e Goianésia do Pará dividiram R$ 143, 5 milhões do bolo/Fotos: Divulgação.

29/05/2025, 11:00
Em um ano, Eletrobras paga quase R$ 200 mi ao Pará de ‘royalties’ pelo uso da água
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s usinas operadas pela Eletrobras destinaram, em um ano, aproximadamente R$ 200 milhões ao Estado do Pará. Deste montante, R$ 143,5 milhões foram repassados a municípios e R$ 55,2 milhões ao governo estadual. Os recursos, referentes ao ano de 2024, provêm da chamada Compensação Financeira pela utilização dos Recursos Hídricos para Fins de Geração de Energia Elétrica. O pagamento funciona como uma espécie royalty pelo uso da água na geração de energia elétrica.

Vice-presidente de Regulação e Mercado da Eletrobras, Rodrigo Limp destaca importância da participação nos Estados/Fotos: Divulgação.
As cidades mais beneficiadas foram Novo Repartimento, que recebeu R$ 39,6 milhões; Altamira, com R$ 21 milhões; Vitória do Xingu, com R$ 20,3 milhões; Tucuruí, com R$ 17 milhões e Goianésia do Pará, que recebeu R$ 15 milhões. Os valores são provenientes da geração de energia das usinas de Tucuruí e Teles Pires, operadas integralmente pela Eletrobras, além de Belo Monte e São Manoel, onde a empresa tem participação.

Papel fundamental

De acordo com o vice-presidente de Regulação, Institucional e Mercado da Eletrobras, Rodrigo Limp, a distribuição de recursos contribui com as regiões em que a empresa atua. “A Eletrobras, além de ser a maior geradora e transmissora de energia elétrica do país, tem um papel fundamental no desenvolvimento do Brasil. Nossas operações garantem segurança energética e, por meio da CFURH, contribuímos diretamente com os estados e municípios que estão nas áreas de influência das nossas usinas. Essa compensação fortalece os orçamentos locais, permitindo investimentos que impactam positivamente a vida da população”, afirma o executivo.

Maior beneficiário

A legislação estabelece que parte da receita gerada pela produção de energia elétrica seja repassada a Estados e municípios com reservatórios de usinas hidrelétricas. Do total arrecadado, 65% são destinados aos municípios impactados pelos reservatórios, conforme a área alagada, enquanto 25% vão para os Estados. Os 10% restantes são distribuídos a órgãos federais para aplicação em políticas de meio ambiente e ciência e tecnologia. O recurso é utilizado para reforçar o orçamento público e pode ser aplicado em áreas como infraestrutura, educação e saúde.

Em 2024, a Eletrobras destinou mais de R$ 930 milhões a essa compensação. O Pará foi o Estado mais beneficiado com esses recursos da empresa.

Papo Reto

Veja como são as coisas: Lucas Monteiro, cabo da Polícia Militar do Pará, foi morto a tiros durante uma ação policial na Ocupação do Tatu, bairro Florestal, na cidade de Santa Izabel do Pará, segunda-feira, 26.

•Segundo o Instituto Fogo Cruzado, somente em 2025, 11 agentes de segurança pública foram baleados na Região Metropolitana de Belém, sendo que cinco morreram e seis ficaram feridos.

O outro lado da moeda é cruel: a Promotoria Militar do MP, segundo denúncia encaminhada à coluna, deve abrir procedimento - se já não o fez -, para investigar mais uma falcatrua no Gabinete Militar, onde se aquartelam policiais bem pagos, longe do campo de batalha, ao contrário do falecido Lucas Monteiro.

• No Gabinete Militar do MP, onde, supostamente, só entra quem paga uma ‘taxa’ de R$ 30 mil ao comandante, há denúncia de “rachadinha” de valores de diárias, inclusive sem viagem, necessariamente, como entenderão os bons entendedores.   

O comandante do Gabinete Militar do MP já vem sendo investigado por outras ações, inclusive por determinação do Procurador-Geral, Alexandre Tourinho (foto), no caso das denúncias no parquet.

•Prova de que militar fora dos quartéis não quer trabalhar, mas ‘se dar bem’ - prática que, pelo visto, tem dado certo no Pará e ajuda a afundar o conceito e o respeito da Polícia Militar junto à opinião pública.

O aumento acelerado de casos de influenza A no Brasil tem levado a uma escalada nas internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave, em especial entre crianças e idosos, e já mobiliza redes de saúde de 14 capitais em situação de alerta, diz o boletim InfoGripe da Fiocruz.

•Os dados apontam que o vírus influenza A superou a Covid-19 como principal agente causador de mortes por SRAG em idosos.

No público infantil, também figura entre as três maiores causas de óbitos por complicações respiratórias.

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