uem passa pela Praça da Bandeira nos
últimos dias tem se deparado com dezenas de indígenas venezuelanos do povo
Warao. São adultos, alguns idosos e muitas crianças que chegaram à capital
recentemente, vindo da região sudeste do Estado. Eles são provenientes da
comunidade Janakajamana.
Pelos números do Alto Comissariado
das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), em 2023, estimava-se que 700
indígenas viviam em Belém, recorte dos 6,8 mil refugiados em todo o País.
Cenas deprimentes
Na tarde do último sábado, uma cena
desoladora em plena praça, uma das principais da cidade: menores sem roupa
brincavam na chuva, enquanto mães muito jovens davam colo a recém-nascidos.
Outros aguardavam o preparo de “arepas”, alimento muito tradicional da
Venezuela, que estavam sendo preparados na brasa ali mesmo, na grama da praça.
Crianças com pouco tempo de vida estavam com as mães sob o abrigo de reduzida
cobertura de uma banca de revista.
Segundo Rumenio Rattia, 23, o grupo
chegou na última terça-feira em Belém, após deixar a cidade de Parauapebas,
distante 720 quilômetros da capital. “Lá estava ruim, não tinha comida
suficiente, apenas arroz. Estamos precisando de comida, frango, macarrão, mas
também fraldas para crianças”, explica o venezuelano. Rumenio, os pais e muitos
outros parentes Warao integram o grupo. A jornada no Brasil teve início há
quatro anos.
Sem efeito imediato
Apesar da aprovação, em tempo
recorde, da Lei n.º 9.897/2023, de autoria do vereador Fernando Carneiro, do
Psol, que contou com os esforços da Ordem dos Advogados do Brasil e o Acnur, o
que deveria garantir melhor atenção ao povo Warao em Belém ainda não surtiu
efeito prático.
A situação dos Warao chama atenção e sensibiliza pessoas que circulam na área comercial. Um homem de identidade não identificada garantiu frangos para o almoço deles; outro levou uma cesta básica, mas, da parte do poder público, as iniciativas são muito aquém do esperado.
Papo Reto
Seja lá quem tenham sido as
“autoridades” que estiveram na casa ocupada por indígenas da etnia Warao, na
última sexta, no centro de Belém, sobre elas pesa a suspeita de “omissão” de
socorro médico.
Tuberculose, doença que teria
acometido o indígena que veio a óbito, é infectocontagiosa e de
notificação obrigatória, portanto, as “autoridades” que lá estiveram e nada
fizeram teriam sido omissas.
Leitor da coluna informa que o artigo
267 do Código Penal prevê como conduta criminosa o ato de causar epidemia,
disseminando agentes patogênicos - vírus, germes, bactérias, entre outros.
A pena prevista é de dez a 15 anos de
reclusão. Caso a epidemia causada resulte em morte, a pena é aplicada em dobro.
As “autoridades”, bom que se diga, se
justificaram previamente informando que “respeitaram a vontade” do indígena
doente. Basta?
A prefeita Patrícia Alencar (foto) bancou
o nome do secretário Anderson Lima para assumir a presidência do MDB em
Marituba, o que representa uma pá de cal nas pretensões do ex-vereador e
ex-prefeito tampão Mello.
Nos bastidores, a conversa é de que
Everaldo Aleixo, Moisés Mendes e Mello articulam as bases oposicionistas contra
a reeleição da prefeita.
Muitas pessoas que escolheram
Salinópolis para curtir o carnaval perderam até sete horas de paciência para
chegar ao destino por conta do tombamento de uma carreta nas proximidades de
Santa Maria.
Definitivamente, os órgãos de
fiscalização do trânsito em rodovias federais não estão equipados para lidar
com esse tipo de acidente. Só Deus na causa.
O jogo em que o Castanhal perdeu em
casa para o Caeté (3x2) foi de portões fechados por falta de acomodação para o
público.
É que as arquibancadas metálicas cedidas ao clube foram retiradas para o carnaval. Coisas do futebol paraense.