Jornalismo rompe o silêncio, pressiona e dá luz a escandaloso caso de corrupção eleitoral

Esta edição não é uma celebração pessoal. Que bom fosse uma ode a homens e mulheres de coragem - os que trabalharam e persistiram para levar o Caso Beto Faro a julgamento.

20/05/2025, 08:25
Jornalismo rompe o silêncio, pressiona e dá luz a escandaloso caso de corrupção eleitoral
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o longo de mais de dois anos, a Coluna Olavo Dutra, por sua vigorosa equipe profissional, resiliente e determinada manteve cobertura incisiva e exclusiva sobre a denúncia de compra de votos que envolve o senador Beto Faro, do PT, atuando como voz ativa na cobrança por julgamento no Tribunal Regional Eleitoral do Pará, o TER.

O TRE julga hoje, depois de mais de dois anos, o processo em que o senador Beto Faro, do PT, é acusado de compra de votos. A sorte está lançada/Divulgação.
Desde os primeiros indícios de irregularidades eleitorais envolvendo o senador paraense, em 2022, a coluna firmou-se como a principal e mais persistente fonte jornalística a acompanhar e expor os desdobramentos do caso. Mais do que informar, desempenhou um papel fundamental na pressão pública exercida sobre a Justiça Eleitoral no Estado, sendo, inclusive, o primeiro veículo a noticiar o caso, logo que a denúncia foi feita ao TRE, ainda durante a abertura do processo, no início de 2023.

O que parecia ser apenas mais uma denúncia abafada nos bastidores da política paraense se transformou em um dos casos de maior repercussão institucional dos últimos anos no Estado - em boa medida graças à atuação constante e minuciosa da nossa equipe.

Enquanto o processo enfrentava sucessivas manobras de protelação, mudanças de relatoria e episódios de evidente desinteresse por parte de alguns setores do Judiciário, a coluna manteve o tema em evidência, revelando o uso de gravações ambientais, o envolvimento da empresa Kapa Capital Facilities, e até mesmo episódios paralelos, como a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta pela empresa investigada, no âmbito da Justiça do Trabalho - considerado por especialistas uma virtual ‘confissão de culpa’.

Em uma das publicações mais contundentes, a coluna destacou que a diferença entre o andamento célere de outros processos, até contra prefeitos, e o engavetamento do Caso de Beto Faro era “o embargo de gaveta”, uma crítica direta ao então juiz relator Rafael Fecury, o segundo relator do caso, que travou o processo até deixar a cadeira de juiz eleitoral.

Nossa gratidão

Cada publicação foi construída com base em documentos oficiais, bastidores do Judiciário e fontes exclusivas - além de um discreto consigliere a sugerir o tamanho de cada passo da jornada para evitar intercorrências, tropeços e riscos. A todos, nossa eterna gratidão e reconhecimento.

Agora, com o julgamento do processo marcado para hoje, 20 de maio, após mais de dois anos de tramitação por inércia e resistência, a atuação da coluna prova modestamente que, mais do que uma simples cobertura, trata-se de um exemplo de como o jornalismo local pode influenciar diretamente o curso da Justiça, cumprindo seu papel democrático de fiscalizar, denunciar e mobilizar a opinião pública.

A história ainda está em curso, agora com mais atenção da mídia, mas uma coisa é certa: sem a Coluna Olavo Dutra, o silêncio sobre o caso Beto Faro talvez jamais tivesse sido rompido.

Entregamos o pacote. Cabe à Justiça abrir.


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Papo Reto

·O cartola paraense Antônio Carlos Nunes, o Coronel Nunes (foto), foi submetido a um tratamento cardíaco com cateterismo no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

·Segundo a filha do dirigente Giane Lima, o coronel passou por uma angioplastia com balão em uma das artérias do coração e recebeu um stent em outra coronária.

·O tratamento ocorreu no sábado, 17. A família agradece pelas orações de parentes e amigos. Segundo ela, Nunes está bem.·A UFPA vive um impasse institucional. Embora registre casos isolados de violência no Campus Guamá, é impedida de acionar a Polícia Militar, mas nem sempre conta com a presença da Polícia Federal, nesses casos.

·Um caso recente de agressão a um estudante despertou o debate: ficar de braços cruzados, ou agir a favor da comunidade acadêmica. Em outros Estados, essa barreira já foi quebrada.

·Afinal, segurança é bem de raiz. Cabe ao magnífico reitor Gilmar Pereira, que dá seus primeiros passos na Reitoria com firmeza, decidir e derrubar as barreiras institucionais que isolam a UFPA, mas nem tanto.

·Agora presente em todas as agendas do governador Helder Barbalho, da entrega de diplomas, encontro de pescadores, a reuniões do agro, o deputado estadual Fábio Freitas só pensa em eleição.

·É o que dizem dele nos bastidores da Igreja Universal: quer a vaga de deputado federal deixada pelo forasteiro e "emérito descumpridor de acordos" Vavá Martins. Ambos são do PRB.

·Fonte da igreja, aliás, dá conta de que Freitas ao recorrer à unção de Helder para seguir sonhando com a Câmara Federal, Fábio prometeu se mudar de mala e cuia para o MDB, caso eleito.

·Será que o milagre da multiplicação que elegeu o obscuro Vavá, em 2018, se repetirá? A fonte diz duvidar, tamanho o descrédito dos obreiros em relação a mais um forasteiro que a cúpula Universal plantou no Pará.

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