ma referência política no Pará - com bons e maus momentos, dependendo do freguês -, hoje sob o comando do casal Nilson Pinto, o PSDB, que chegou a governar o Estado ao longo de duas décadas, coleciona movimentos políticos desastrados, erráticos e nada estratégicos que o empurram, inapelavelmente, à imponderável condição de extinto. Os tucanos não foram abatidos em pleno voo, por assim dizer, mas por defender interesses pessoais e nada republicanos.
O PSDB saiu das eleições municipais de
2020 com apenas 13 prefeituras conquistadas, uma dura realidade para um partido
que já foi protagonista. Passou a coadjuvante a continua ladeira abaixo nas
páginas políticas do Estado. Nas eleições de 2022, não foi diferente: os
tucanos perderam a cadeira na Câmara Federal e, apesar de salvarem três
cadeiras na Assembleia Legislativa, os deputados eleitos não seguem comando
partidário e se revezam no exercício diário à base do “cada um por si e um deus
por todos”, ou “amigos, amigos, negócios a parte”.
Rumo ao ostracismo
Rumo às eleições deste ano e seguindo
definitivamente para o ostracismo político, a Executiva estadual do partido
assiste passivamente o movimento de prefeitos tucanos históricos deixando o
ninho em direção ao MDB, partido do governador Helder Barbalho.
Exemplo disso ocorre nos municípios de
Abaetetuba e Bragança, em que os atuais gestores, Francinete Carvalho e
Raimundo Oliveira se filiaram ao MDB, deixando os munícipes emedebistas
atônitos. Afinal, os agora ex- tucanos eram inimigos locais históricos do MDB.
Não por acaso, percebe-se um indisfarçável desconforto e insatisfação de
antigos jaderistas em Abaetetuba e principalmente em Bragança com o cenário
político imposto pelo governador e avalizado pelo casal Nilson Pinto,
encastelado no governo do Estado por bondade de Helder.
“Regeneração” nacional
Diante dos movimentos subservientes e
cada vez mais retrativos que vão na contramão da orientação ‘regenerativa’ do
PSDB nacional, o casal Pinto está com os holofotes ligados sob suas cabeças
diante da real possibilidade de implodir deliberadamente as poucas bases
tucanas que escaparam de suas negociações e vão tentar cadeiras nas eleições
municipais, como em Capitão Poço, em que o PSDB lançou Erick Monteiro, deputado
estadual tucano, dividindo a oposição com Raimundo Belo, ex-prefeito da cidade
e recém filiado ao MDB, comandado no município por Diana Belo, mulher dele e
deputada estadual pelo MDB.
Equação política
Um tucano histórico relata que a
equação política adotada pelo casal Pinto - “dividir e subtrair para
multiplicar” - pode estar com os dias contados, diante dos desastrosos
resultados eleitorais que estão por vir nas eleições municipais.
Papo Reto
Erramos: o novo presidente da Companhia
de Portos e Hidrovias do Pará, Josenir Nascimento (foto), esclarece que não foi
preso pela Polícia Federal, em 2017, durante a operação “Saldo Zero”.
Na verdade, um dos presos na mesma
operação em que Josenir Nascimento aparece envolvido foi Jardel Nascimento, com
quem irá dividir a administração da companhia por decisão do governador.
A mudança de perfil da Câmara de
Vereadores de Belém, que foi considerada "puxadinho" da gestão de
Edmilson Rodrigues, motiva pré-candidatos à vereança em Belém.
E há quem aposte em experiência para
aumentar a representativa daquele órgão do poder legislativo.
Pio Netto, delegado de Polícia Civil,
comentarista esportivo e ex-secretário de Meio Ambiente, que também já foi
vereador e deputado estadual, é um dos nomes à disposição para a disputa pelo
PSD.
Muito motivado, Pio mobiliza apoios e
tem dito a interlocutores que pretende fazer uma campanha propositiva, focando
nas questões que é especialista: segurança pública e meio-ambiente.
No CadÚnico de Ananindeua, as
intermináveis filas, que começam na madrugada, viraram infame rotina, com pessoas
idosas e algumas com deficiência física sendo as mais penalizadas.
Grave também é que, como são
diariamente liberadas somente 300 fichas, espertalhões vêm se valendo da
ocasião para venderem vagas por até R$ 50.
A pesquisadora paraense que teve sua
mala extraviada pela Latam recebeu-a de volta, só que completamente quebrada,
junto com uma "oferta" de US$ 170 para "deixar o fato para
lá". Não houve acordo.
Tem sido hercúleo o esforço do
presidente Lula de inserir o nome de Deus em seus discursos - devidamente
orientado pela turma do marketing -, buscando aproximação com a população
evangélica.
Como bem diz Cláudio Humberto: "em ano eleitoral, até comuna vira carola e
beato, carnavalesco".