a véspera do que seria, hoje, o fechamento do Aterro Sanitário de Marituba, o Tribunal de Justiça do Estado do Pará acatou o pedido emergencial da Prefeitura de Belém, por meio da Procuradoria Geral do Município de Belém, de nova - mais uma - prorrogação do funcionamento do aterro por mais 15 meses, até fevereiro de 2025, quando, pelo andar da carruagem, esta coluna poderá estar divulgando nova prorrogação, já que o prazo se encerrará praticamente às vésperas da COP30, que também, pelo mesmo andar de carruagem, será usada como argumento para muitas outras improvisações.
Pela
decisão, divulgada na noite de ontem, o desembargador Luiz Gonzaga Neto, da 2ª
Turma de Direito Público, relator da questão do lixo na Região Metropolitana de
Belém, indica acreditar que esse tempo de continuidade de recebimento de
resíduos sólidos no já esgotado Aterro de Marituba servirá para que, em
definitivo, o governo do Pará e os municípios de Ananindeua e Belém elaborem e
apresentem uma solução conjunta para o lixo da Região Metropolitana.
Abortar missão
A
decisão também aborta o pedido do prefeito Edmilson Rodrigues, feito à Justiça
na primeira instância, de retorno de funcionamento do Aterro do Aurá, fechado
em 2014. Edmilson, antes de embarcar para Dubai para participar da COP-30,
chegou a dar entrevistas sobre o retorno das atividades no Aurá, alegando que o
aterro, embora fechado à época por saturação extrema, ainda tinha dois terços
da área que poderia ser utilizada. Em paralelo ao falatório do prefeito, o Aurá
é uma área que já havia recebido parecer contrário do Ministério Público do
Estado do Pará e de todos os especialistas em saneamento do Pará.
Contra falta de solução
O
Ministério Público do Estado do Pará também se manifestou, na noite de ontem,
sobre o pedido de prorrogação do funcionamento do Aterro Sanitário de Marituba.
O MP cobra que os órgãos informem o detalhamento desse processo. O MP diz que
“tal pedido decorre diretamente da ausência de empenho efetivo dos citados
entes para a solução do tema, que não passa apenas por um novo destino final,
na modalidade aterro, mas implica na ausência de engajamento destes na efetiva
gestão dos resíduos sólidos, sobretudo na obrigação constante da Política
Nacional de Resíduos Sólidos de redução, reutilização, reciclagem e
compostagem”, afirma a nota.
O
comunicado, liderado pelo procurador Cível Waldir Macieira, lembra ainda que
diversas medidas judiciais “já foram intentadas pelo Ministério Público do
Estado objetivando a efetiva tomada de medidas por estes entes, infelizmente
sem sucesso até o momento, inclusive com a suspensão de decisões judiciais de
1º grau que asseguraram o tratamento à saúde da população afetada”, reitera.
Sem licença ambiental
O MP
também alerta que a ampliação no Aterro Sanitário de Marituba não integra o
processo de licenciamento ambiental originário, o que preocupa em especial a
pretensão de ampliação que se apoia na execução das fases 3-B, 3 e 4 do aterro,
às quais não constavam do licenciamento original no qual fora expedida a
licença prévia e, “portanto, deveriam ensejar um novo licenciamento ambiental”,
decreta o MP.
O
MPPA já notificou a empresa Guamá Resíduos Sólidos para que apresente o estudo
técnico que embasa a ampliação da operação, e que comprove que este amparada
por licença ambiental válida.
Tudo como dantes
Agora,
com a decisão que simplesmente diz que “sim, pode continuar”, é muito difícil
que os órgãos que não querem dar uma solução definitiva para o problema
continuem a exigir as licenças necessárias. Nota técnica emitida dia 27 e que
possivelmente foi usada pelo desembargador para conceder a prorrogação, a pela
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade, aponta que tá tudo
bem, e que já foi “apresentado pela empresa tempo de vida útil para a etapa 3B
fase 3, ou seja, o tempo de operação da referida fase no Aterro, que foi
estimado em 11,5 meses, com capacidade de 515.832 toneladas e Área de Projeção
do Alteamento de 52.699 m². Enquanto que para a etapa 3B fase 4 foram estimados
4,2 meses”. As informações constam no Parecer Técnico da Secretaria.
Papo Reto
Calma, gente: Celso Sabino (foto) pediu
para ser exonerado do cargo para retornar à Câmara e indicar emendas de seu
interesse para a Lei Orçamentária Anual 2024 que somam mais de R$ 500 milhões.
Reassume o cargo dia 4.
Como antecipou o prefeito Daniel
Santos, "pela primeira vez, Ananindeua de frente para o rio como nunca se
viu".
De fato, neste domingo, a
definitiva orla de Ananindeua será entregue à população com vasta programação
que inclui até show do pagodeiro Péricles.
A expectativa média de vida do brasileiro,
que em 2019 era de 76,2 anos, caiu em 2022 para 75,5 anos - 72 anos para homens
e 79 anos para mulheres -, de acordo com dados divulgados ontem pelo IBGE.
O encolhimento da expectativa de
vida dos brasileiros está relacionado aos efeitos da covid-19, avaliam os
especialistas.
Ontem, em Brasília, o prefeito de
Bragança, Raimundo Oliveira, a primeira dama e vice-prefeito Mário Júnior se
reuniram com o ministro das Cidades, Jader Filho.
Dizem que, entre outros temas, a
conversa envolveu o ingresso de Mário Júnior no MDB, como candidato à sucessão
do prefeito.
Lideranças evangélicas conservadoras
vão pressionar os senadores a votar contra a indicação do ministro Flávio Dino
para o Supremo Tribunal Federal.
O segmento pretende engrossar dois
atos públicos convocados pela oposição contra o atual titular da Justiça: um
previsto para ocorrer em várias cidades do País, no dia 10, e outro marcado
para 13 de dezembro, data em que será feita a sabatina de Dino na Comissão de
Constituição e Justiça do Senado
Os EUA inauguram nova tecnologia
para remoção de CO2 da atmosfera. A Heirloom Carbon Technologies apresenta a
primeira instalação de Captura Direta de Ar, promovendo uma abordagem
revolucionária no combate às emissões de carbono.
A Nasa planeja testar seu novo
avião supersônico, capaz de chegar a mais de 4.000 km/h. O desafio tem sido
diminuir o barulho que ele vai causar ao ultrapassar a barreira do som.