última sessão do ano da Câmara de Vereadores aprovou a Lei de Diretrizes Orçamentárias, elaborada pela Prefeitura de Belém para 2024, propondo investimentos em obras e serviços. A previsão de receita orçamentária é de R$ 5,3 bilhões, sendo que os recursos virão da cobrança de impostos e taxas, bem como de operações com instituições bancárias.

Do montante, 78,1% serão para
despesas, como custeio de pessoal, encargos sociais e pagamentos de dívidas. O
restante, 19,21%, será para amortização da dívida pública, além de
investimentos em obras e serviços. A ideia é de que os investimentos do governo
federal e do governo do Estado nas obras de preparação para a COP30 serão tão
representativos que a Prefeitura de Belém passou o bastão adiante.
Saúde e educação
Das receitas, 15% dos recursos estão
garantidos para a área de saúde que, somados a mais 8% de receita complementar,
elevam para 23% os gastos, totalizando R$ 625,5 milhões. Na área de educação, a
prefeitura vai aplicar 25% das receitas de impostos e transferências na
educação, ou seja, R$ 800,8 milhões.
Rejeição de ponta a ponta
A mobilização da bancada do Psol
sugeriu emendas ao projeto, a maioria apresentada pela vereadora Professora
Sílvia Letícia, todas rejeitadas, como realinhamento do salário dos servidores
ao valor do mínimo nacional; reajuste no vale alimentação; plano de cargos
unificado; piso do magistério e da enfermagem, e o enquadramento da Assistência
Social na carreira da Funpapa, entre outras.
Preços superfaturados
No entanto, o vereador Matheus
Cavalcante, do Cidadania, que é líder da oposição, foi quem fez as críticas
mais contundentes ao projeto.
“Há indícios de superfaturamento de
contratos, como no contrato de poda de árvore, que teve o valor aumentado oito
vezes. E olha que nós observamos o maior registro de quedas de árvores, sem
manutenção de áreas verdes”, apontou. “É um orçamento, às vésperas da eleição,
em que a cidade amarga inúmeros flagelos sociais. Está clara a incompetência da
gestão, que prevê apenas despesas de custeio”, ressaltou Matheus.
Papo Reto
O que leva uma prefeitura raquítica, como a de Marituba, a alugar dois
veículos da marca Fiat, modelo Argo Drive 1.3 automático por 36 dias, pelo
valor total de R$ 198 mil? O valor médio de compra desse veículo é de R$ 97
mil.
Nada, nada, a prefeita Patrícia Alencar (foto) chancelou
o contrato de 027/2-23/001, com a Zucavel Zucatelli Veículos, com vigência de
24 de novembro até o dia 30 agora, o que soma exatamente 36 dias, incluindo os
feriados.
Em reunião com gestores da educação em Belém e no Estado, a 3ª Promotoria
de Justiça da Infância e Juventude confirmou o que todo mundo está careca de
saber: a evasão escolar está diretamente ligada à falta de estrutura física, de
recursos humanos e de material pedagógico.
Representante da Semec no encontro, Márcia Carvalho foi taxativa ao
dizer que, “realmente, a questão da infraestrutura oferecida pela escola aos
alunos é fator determinante na evasão, pois a precariedade desmotiva o público
infantojuvenil em permanecer” em sala de aula.
Enquanto isso, a vizinhança do Instituto de Educação do Pará, na Praça
da República, se queixa de que o aluguel sistemático do “Ginásio Dionísio
Hage”, da escola, é o mais puro exemplo da perturbação do sossego público.
A Agenda Pública lançou a pesquisa “Percepções sobre Digitalização dos
Serviços Públicos nas dez maiores Capitais Brasileiras”, que divulgou o
levantamento sobre indicadores e percepções da população em seis temas
diferentes.
Uma parcela de 62% dos moradores de Belém já fez o acesso a serviços
públicos municipais pela internet, mas apenas 27% das pessoas se declara
satisfeita.
No português claro, apesar da ampla utilização, a maior parte dos
usuários está pouco satisfeita com os serviços digitais dos poderes municipais.
As novas regras de eficiência energética tirarão do mercado as
geladeiras que custam menos de R$ 5 mil - alertam especialistas - enquanto as
indústrias preveem desemprego em massa.