Pará deve ganhar mais quatro vagas de deputados na Câmara Federal já na eleição
de 2026, se o Projeto de Lei Complementar (PLP) 148/
Essa possibilidade começou a circular no ano passado. Na verdade, trata-se de uma atualização das bancadas dos Estados na Câmara Federal, com base na população. A partir da recontagem do Censo de 2022, alguns Estados perderão vagas, enquanto outros ganharão espaço. Por exemplo, o Rio de Janeiro perderia quatro vagas, caindo de 46 para 42.
Justamente
porque envolve perdas, o projeto está suscitando críticas e
protestos, principalmente dos Estados que irão perder vagas. A recontagem
das vagas passaria a valer na legislatura de 2027, mas a grita já começou, pró
e contra.
Livre pensar...
Há
dois dias, o deputado paraense Eder Mauro fez uma postagem no perfil dele
no Instagram falando sobre esse assunto. “Essa questão da redistribuição do
número de cadeiras na Câmara dos Deputados é muito importante e não pode ser
ignorada. Os Estados do Norte precisam dessa resposta para garantir mais
representatividade em Brasília. O Projeto de
Lei Complementar 148/2023 deve seguir, sim, como pauta de
discussão!”, escreveu.
Um internauta,
carregado de bom senso, comentou nessa postagem: “Deputado Eder
Mauro, gosto muito do seu trabalho, mas esse pedido de aumentar
mais ainda os deputados, isso só pode ser brincadeira, pois os que
têm não fazem nada”.
Data marcada
Essa
movimentação começou em 2023, quando o Supremo Tribunal Federal
(STF) delegou ao Legislativo a missão de atualizar o número
de parlamentares por Estado de acordo com o Censo de 2022. Conforme o STF,
o Congresso deve fazer a revisão até 30 de junho de 2025 e, caso não o
faça, a incumbência ficará com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Perde e ganha
Doze
Estados e o Distrito Federal não seriam afetados pela atualização. Além
do Pará, Santa Catarina ganharia quatro vagas; o Amazonas teria
mais duas; Ceará, Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais contariam com mais uma
cadeira.
Na
lista dos que perdem aparecem Bahia, Paraíba, Piauí e Rio Grande do Sul, que
cederiam duas vagas; Alagoas e Pernambuco teriam menos uma cadeira. O Estado
mais prejudicado seria o Rio de Janeiro, que teria a bancada com menos quatro
vagas.
O que importa
A
decisão do STF partiu de uma Ação de Inconstitucionalidade iniciada
pelo governo do Pará. O deputado José Priante, do MDB, explica que,
juntando os ganhos do Pará e do Amazonas, seriam mais seis vagas para
a Região Norte, “o que pode influenciar em discussões sobre assuntos
relativos à Amazônia”, alertou.
Censo duvidoso?
Já
o deputado Áureo Ribeiro, do Solidariedade-RJ, argumenta que o Estado não
pode perder representatividade. Ele defende que um projeto de lei
suspenda a decisão da Suprema Corte e põe em dúvida os resultados do Censo
2022. “Não é a primeira vez que tem uma decisão nesse sentido. Ela é
baseada num Censo que está muito questionado no Brasil. A gente entende que é
preciso trazer esse tema para Câmara dos Deputados, para avaliar um novo censo
para fazer a recontagem”, defendeu.
O PLP
148/2023 é do deputado Pezenti, do MDB-SC, que salienta que a
proposta não muda o número total de deputados e não aumenta os gastos do
contribuinte com as bancadas na Câmara. Ele destaca que a última atualização
com base no aumento da população foi feita em 1993. Pela proposta, o
tamanho das bancadas dos Estados e do Distrito Federal será revisado no ano
anterior a cada eleição, com base na atualização demográfica feita pelo IBGE.
Contra o tempo
Os deputados
terão que correr contra o tempo. Caso o Congresso Nacional não edite
uma lei complementar até 30 de junho de 2025, para que o número de
deputados federais seja adequado à proporção da população atual de cada Estado,
o Tribunal Superior Eleitoral terá que determinar, até 1º de outubro de
2025, o número de deputados de cada Estado e do Distrito Federal, tanto os
federais como os estaduais e distritais, para a legislatura que se
iniciará em 2027.
Esse
número deve ter como base os dados demográficos previstos no Censo 2022 e deve
ser observado o piso e o teto constitucional e o número total de parlamentares
previstos na legislação, de 513 deputados federais. Atualmente, na Câmara, o
número mínimo de deputados por estado é oito, com máximo de 70, que é o
caso de São Paulo, na região Sudeste.
Papo Reto
· O
prefeito de Soure, Guto Gouvêa (foto), corre contra o tempo para
realizar o tradicional réveillon na Praia do Pesqueiro, mesmo
após as fortes marés que comprometeram a estrutura da praia.
· O
plano B será utilizar o espaço do Parque de Exposição da cidade
· A
bióloga Érica de Farias Araújo, formada no campus da UFPA de Soure,
apresentou seu TCC abordando a diversidade da mandioca do Quilombo
Cadeirão, onde reside, em Salvaterra, e sua importância para a economia e
sustentabilidade da comunidade.
· Uma
operação da Polícia Militar do Rio de Janeiro, desde as 6 horas desta
terça-feira, 3, na Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, cumpre mandados de
prisão contra criminosos que migraram de outros Estados para o Rio.
· São
foragidos da Justiça do Pará e Ceará. Do Pará, estão sendo cumpridos 30
mandados de prisão. A operação prossegue, mas houve reação dos bandidos: dois
moradores baleados e uma mulher grávida atingida por estilhaços de balas.
· Em
Santarém, a empresa de ônibus urbanos Ouro e Prata suspendeu o passe livre a
pessoas portadoras de deficiência, no último domingo.
· Cobrada,
a empresa mandou os interessados cobrarem da Arcon - no caso, a Artran -, cujo
posto não funciona na cidade aos domingos.
· Para
o distinto público, restou a impressão de que a ordem da direção da empresa se
baseia na determinação oficial segundo a qual portador de deficiência deve
embarcar com acompanhante.
· O
relatório "Check-in: Férias de Verão" aponta que o turismo gerou mais
de R$ 750 milhões em receita para o Estado em 2023, resultado dos gastos de
mais de 1 milhão de turistas nacionais e internacionais em visita a destinos
como Belém, Santarém e Marabá.