porta segue fechada ao diálogo no processo eleitoral da Universidade Federal do Pará (UFPA), ao menos por parte da candidatura do professor Gilmar Pereira, aposta sucessória do atual reitor, professor Emmanuel Tourinho, às eleições de reitor e vice-reitor, marcadas para abril deste ano.
A ausência da troca de ideias - já
apontada em conteúdos anteriores publicados pela coluna e exemplificados por
denúncias e de casos de supostas irregularidades enumeradas pela oposição -
virou um carimbo na disputa.
Peso da máquina
A mais recente denúncia sobre o
suposto favorecimento da candidatura dos candidatos apoiados pela atual gestão
atende pelo nome de Plano Nacional de Formação Professores da Educação Básica,
o Parfor, cuja estrutura administrativa e de pessoal estaria marchando em favor
de Gilmar Pereira, em um gesto explícito e de promoção direcionada com o uso da
máquina pública.
Mais dois fatos se somam ao nebuloso
processo eleitoral em andamento. Fontes da coluna têm alertado sobre as
manobras eleitorais da atual gestão visando impulsionar a candidatura de Gilmar
mediante o uso das estruturas como a do programa.
“São encontros e viagens para o
interior do Estado, onde a instituição possui campi, ou polos
universitários, com expressivos gastos de diárias e passagens, como ocorreu
recentemente para a cidade de Cametá, em uma a comitiva que incluía
pró-reitores, diretores e coordenadores de unidades acadêmicas e
administrativas. Agora foi a vez de se utilizar a imagem, a estrutura e pessoas
do Parfor”, relata uma fonte.
Traídos pela rede
Recentemente, em uma postagem no
perfil do Instagram, o Parfor (@parfor_ufpa) postou - e marcou o professor
Gilmar Pereira (@gilmarpereiraufpa) - uma foto em que estavam o próprio
candidato e a vice em sua chapa, professora Loiane Verbicaro, durante uma
visita dos representantes da Coordenação do Parfor, o professor Márcio
Nascimento, a professora Josenilda Maués e a secretária-geral, Isabel Colares.
Na legenda do post, um esforço de
conectar números à gestão da UFPA, dentre os quais as vagas oferecidas aos
docentes de escolas públicas à gestão do professor Emmanuel Tourinho. No final
da legenda, o perfil publicou até as hastags #ProfessorGilmar,
#PréCampanha, #MaisUFPA, #GilmarPereira e #LoianeVerbicaro. Mais nítido
impossível.
Oposição reage
“O uso indevido da imagem e da
estrutura da instituição, e agora até de planos nacionais aos quais a UFPA
aderiu caracterizam o favorecimento ilegal e imoral dos candidatos da Reitoria,
além de gerar um desequilíbrio de forças em relação aos demais candidatos, que
não podem contar com esses mesmos recursos de poder político”, analisa a fonte.
Lembrete aos desavisados
E acrescenta: “É sempre bom lembrar à
Reitoria da UFPA e aos seus candidatos que esses atos podem configurar abuso de
autoridade, de acordo com o art. 74 da Lei 9.504/97, combinado com o art. 22 da
Lei Complementar nº 64, de 18 de maio de 1990. Essa legislação segue o previsto
na Constituição Federal, que dispõe, em seu artigo 37, § 1º, que ‘a publicidade
dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter
caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo
constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de
autoridades ou servidores públicos’”, argumenta.
Papo Reto
No trajeto Belém-Icoaraci, pela Artur
Bernardes, chama atenção um enorme buraco na cabeça da última ponte sobre o rio
Paracuri. Certamente estão esperando bom tempo para tomar providências.
O empresário Zezinho Baratão, do Rede
Solidariedade, aparece em pesquisa recente do partido como potencial sucessor
do prefeito Renato Ogawa (foto).
Os recentes temporais têm sido
impiedosos com as centenárias mangueiras de Icoaraci, que vão desabando uma a
uma, deixando um rastro de destruição.
Falando em Icoaraci, nunca dantes na
história o distrito viu-se mergulhado em tanto lixo domiciliar misturado a
entulhos pelas ruas.
Briosos homens da Secretaria de
Saneamento de Belém enxugam gelo ao se movimentarem na vila com vassouras de
piaçava, pás-carregadeira e poucas caçambas.
Enquanto a folia corria solta na
fantasia do Carnaval Bragantino da nova orla, na vida real a cidade sofria com
a falta de água, que ainda persiste, para desespero da população.
Se existisse um órgão em Belém
preocupado com questões de cidadania, mobilidade urbana e engenharia de
tráfego, a Castelo Branco, entre Paes e Souza e Silva Castro, no Guamá,
funcionaria em dois sentidos.
No mínimo, a providência facilitaria
a vida de quem trafega da Feira do Guamá ou da UFPA para acessar os bairros de
Nazaré e Umarizal.
A substituição de Alexandre Padilha
por Rui Costa, o famoso "papel de embrulhar prego", no Ministério das
Relações Institucionais, sacudiu os bastidores petistas.
No fundo, no fundo, o partido do
presidente Lula sabe que tudo não passa de mais uma mordida do Centrão.
Ao longo de sua jornada, o Real,
implantado em julho de 1994, amargou perda de valor e poder de compra, impostos
por uma inflação acumulada de mais de 677,50% nas últimas três décadas.
Desse modo, R$ 1, em 1994, equivale
hoje a R$ 0,12 e R$ 100, em 1994, equivalem hoje a R$ 12. Simples assim.
Afinal, o que o Real reserva em seu
novo patamar, a era digital, com o Drex, que o Banco Central promete lançar até
dezembro?