Postagem no Instagram escancara uso de programa federal para beneficiar candidatos do reitor na UFPA

Estrutura e pessoal do Plano de Formação de Professores da Educação Básica são usados como instrumento de promoção na campanha dos professores Gilmar Pereira e Loiane Verbicaro.

16/02/2024, 12:00
Postagem no Instagram escancara uso de programa federal para beneficiar candidatos do reitor na UFPA
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porta segue fechada ao diálogo no processo eleitoral da Universidade Federal do Pará (UFPA), ao menos por parte da candidatura do professor Gilmar Pereira, aposta sucessória do atual reitor, professor Emmanuel Tourinho, às eleições de reitor e vice-reitor, marcadas para abril deste ano.


Candidatos apoiados pelo atual reitor, Emmanuel Tourinho, Gilmar Pereira e Loiane Verbicaro estão na mira da oposição por suposto uso da máquina/Fotos: Divulgação-Redes Sociais.
 

A ausência da troca de ideias - já apontada em conteúdos anteriores publicados pela coluna e exemplificados por denúncias e de casos de supostas irregularidades enumeradas pela oposição - virou um carimbo na disputa. 

 

Peso da máquina

 

A mais recente denúncia sobre o suposto favorecimento da candidatura dos candidatos apoiados pela atual gestão atende pelo nome de Plano Nacional de Formação Professores da Educação Básica, o Parfor, cuja estrutura administrativa e de pessoal estaria marchando em favor de Gilmar Pereira, em um gesto explícito e de promoção direcionada com o uso da máquina pública.

 

Mais dois fatos se somam ao nebuloso processo eleitoral em andamento. Fontes da coluna têm alertado sobre as manobras eleitorais da atual gestão visando impulsionar a candidatura de Gilmar mediante o uso das estruturas como a do programa.

 

“São encontros e viagens para o interior do Estado, onde a instituição possui campi, ou polos universitários, com expressivos gastos de diárias e passagens, como ocorreu recentemente para a cidade de Cametá, em uma a comitiva que incluía pró-reitores, diretores e coordenadores de unidades acadêmicas e administrativas. Agora foi a vez de se utilizar a imagem, a estrutura e pessoas do Parfor”, relata uma fonte.

 

Traídos pela rede

 

Recentemente, em uma postagem no perfil do Instagram, o Parfor (@parfor_ufpa) postou - e marcou o professor Gilmar Pereira (@gilmarpereiraufpa) - uma foto em que estavam o próprio candidato e a vice em sua chapa, professora Loiane Verbicaro, durante uma visita dos representantes da Coordenação do Parfor, o professor Márcio Nascimento, a professora Josenilda Maués e a secretária-geral, Isabel Colares.

 

Na legenda do post, um esforço de conectar números à gestão da UFPA, dentre os quais as vagas oferecidas aos docentes de escolas públicas à gestão do professor Emmanuel Tourinho. No final da legenda, o perfil publicou até as hastags #ProfessorGilmar, #PréCampanha, #MaisUFPA, #GilmarPereira e #LoianeVerbicaro. Mais nítido impossível.

 

Oposição reage

 

“O uso indevido da imagem e da estrutura da instituição, e agora até de planos nacionais aos quais a UFPA aderiu caracterizam o favorecimento ilegal e imoral dos candidatos da Reitoria, além de gerar um desequilíbrio de forças em relação aos demais candidatos, que não podem contar com esses mesmos recursos de poder político”, analisa a fonte.

 

Lembrete aos desavisados

 

E acrescenta: “É sempre bom lembrar à Reitoria da UFPA e aos seus candidatos que esses atos podem configurar abuso de autoridade, de acordo com o art. 74 da Lei 9.504/97, combinado com o art. 22 da Lei Complementar nº 64, de 18 de maio de 1990. Essa legislação segue o previsto na Constituição Federal, que dispõe, em seu artigo 37, § 1º, que ‘a publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos’”, argumenta.

 

Papo Reto

 

No trajeto Belém-Icoaraci, pela Artur Bernardes, chama atenção um enorme buraco na cabeça da última ponte sobre o rio Paracuri. Certamente estão esperando bom tempo para tomar providências.

 

O empresário Zezinho Baratão, do Rede Solidariedade, aparece em pesquisa recente do partido como potencial sucessor do prefeito Renato Ogawa (foto).

 

Os recentes temporais têm sido impiedosos com as centenárias mangueiras de Icoaraci, que vão desabando uma a uma, deixando um rastro de destruição.

 

Falando em Icoaraci, nunca dantes na história o distrito viu-se mergulhado em tanto lixo domiciliar misturado a entulhos pelas ruas.

 

Briosos homens da Secretaria de Saneamento de Belém enxugam gelo ao se movimentarem na vila com vassouras de piaçava, pás-carregadeira e poucas caçambas.

 

Enquanto a folia corria solta na fantasia do Carnaval Bragantino da nova orla, na vida real a cidade sofria com a falta de água, que ainda persiste, para desespero da população.

 

Se existisse um órgão em Belém preocupado com questões de cidadania, mobilidade urbana e engenharia de tráfego, a Castelo Branco, entre Paes e Souza e Silva Castro, no Guamá, funcionaria em dois sentidos.

 

No mínimo, a providência facilitaria a vida de quem trafega da Feira do Guamá ou da UFPA para acessar os bairros de Nazaré e Umarizal.

 

A substituição de Alexandre Padilha por Rui Costa, o famoso "papel de embrulhar prego", no Ministério das Relações Institucionais, sacudiu os bastidores petistas.

 

No fundo, no fundo, o partido do presidente Lula sabe que tudo não passa de mais uma mordida do Centrão.

 

Ao longo de sua jornada, o Real, implantado em julho de 1994, amargou perda de valor e poder de compra, impostos por uma inflação acumulada de mais de 677,50% nas últimas três décadas.

 

Desse modo, R$ 1, em 1994, equivale hoje a R$ 0,12 e R$ 100, em 1994, equivalem hoje a R$ 12. Simples assim.


Afinal, o que o Real reserva em seu novo patamar, a era digital, com o Drex, que o Banco Central promete lançar até dezembro?

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