em conseguir concluir uma licitação, ou resolver qualquer outro problema relacionado ao sistema, a Prefeitura de Belém fez os vereadores aprovarem uma nova regulamentação para o transporte coletivo da capital que, praticamente, permite ao empresariado “fazer o que der na telha”. As empresas poderão, por exemplo, “flexibilizar” o valor das passagens de ônibus, um ponto da resolução, inclusive, que não deixa claro a periodicidade em que a liberdade de aumentar os preços poderá ser tomada.

Outro ponto é que a resolução dá
abertura para a demissão de cobradores das empresas, que pretendem substituir
esses profissionais por máquinas. Esses equipamentos, claro, só aceitarão
pagamentos eletrônicos, mas com um ponto curioso: sob a operação e supervisão
do motorista, que terá que acumular as funções de dirigir e ao mesmo tempo
fazer a cobrança das passagens dos usuários.
Apenas um voto contra
Embora seja do mesmo partido do
prefeito Edmilson Rodrigues, o Psol, a professora e vereadora Sílvia Letícia
votou contra o projeto, que tem ainda como “cereja do bolo” - dos inúmeros
benefícios aos empresários - o fato de que acaba com a cobrança de diversos
impostos, retirando do município receitas que poderiam ser investidas na
própria melhora da fiscalização do caótico trânsito de Belém.
Silvia diz que é grave o pacote de
benesses concedidas pelo prefeito Edmilson Rodrigues aos empresários de ônibus
de Belém antes de voar para Dubai, onde conheceu o metrô mais moderno do mundo.
“Nós votamos contra porque é um projeto que permite que as concessões para
explorar o setor de transporte não tenham prazos, e isso é muito sério, além
dos absurdos de deixar a flexibilização do valor das passagens a cargo dos
empresários de ônibus e da desvalorização dos trabalhadores, já que o projeto
permite a substituição dos cobradores por máquinas de cobrança, e a sobrecarga
dos motoristas, que deverão fazer essa cobrança”, afirma a vereadora.
Vamos cumprir a lei?
Silvia Letícia afirma que, em lugar
de aprovar sem barulho um pacote tão benevolente ao empresariado, o prefeito
Edmilson Rodrigues deveria cumprir a Lei Orgânica do Município de Belém, que
prevê a constituição de uma frota municipal de ônibus para regulamentar o
setor, e que o poder público detenha o controle da bilhetagem, para que o que
entra de lucro com essas passagens, tenha a gestão da prefeitura e do órgão
municipal de trânsito, no caso, a Semob.
A vereadora também defende que os
empresários paguem impostos ao município, para que o município tenha recursos
para investimento no setor, que hoje é 100% bancado pela tarifa do usuário.
Sem alternativas
Sem nenhum subsídio do poder público,
hoje, em Belém, todo o sistema de ônibus é pago pela tarifa, e isso acaba
deixando o valor muito alto para o perfil do usuário de Belém que, em
contrapartida, fica quase sem nenhuma alternativa, já que a opção da ciclovia é
arriscada pela fala de fiscalização nas poucas ciclofaixas, e até inviável em
muitos pontos da cidade, onde esses corredores simplesmente não existem.
A malha hidroviária, que poderia ser
uma saída, apesar dos rios que cercam Belém, também não existe, deixando
praticamente 100% do transporte público da capital paraense nas mãos dos
empresários de ônibus ao passo em que diversos especialistas já apontarem que
um sistema hidroviário integrado ao sistema de transporte coletivo por ônibus
traria não só a melhora de alternativas aos usuários, mas daria também
cobertura aos moradores das ilhas, que hoje não têm um sistema de transporte
regulamentado pelo poder público.
Rios de promessas
O que existe hoje sobre subsídio é
uma promessa, não do prefeito Edmilson Rodrigues, mas do governador Helder
Barbalho, de fornecer para a Região Metropolitana de Belém 300 ônibus com
ar-condicionado e internet via wi-fi, para aliviar um pouco da dolorosa sensação
causada pelos ônibus velhos e quentes, principalmente quando cai a chuva e
todas as janelas são fechadas. É o que ocorre no momento, já que começou o
“tempo dela” e as chuvas estão chegando. Já a promessa do governador, se
cumprir o prazo, será realizada em março de 2024.
Papo Reto
Mais uma para a conta do secretário de Educação do Pará, Rossieli
Soares (foto): “Graziela Moura Ribeiro” é uma escola estadual,
localizada à Alferes Costa, bairro da Sacramenta.
O terreno onde foi construída a escola era da Paróquia de São Sebastião,
que cedeu o espaço em favor da comunidade.
Pois bem: há anos a escola está fechada à espera de uma reforma que
nunca chega. A comunidade pede socorro.
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recuperação judicial em todo o País.
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hospitais, supermercados e até um shopping-center.
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de Estado dos EUA.
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