Capitania dos Portos no Pará e Amapá promete inspecionar, possivelmente hoje, a atuação da empresa Transporte Braga, que explora a linha fluvial Belém-Ilha de Cotijuba, na região de Caratateua, através da lancha “Lima Ferreira II”, sob a ótica da Lei de Segurança do Tráfego Aquaviário.

A
embarcação seria a única com atuação entre a capital e o balneário, a partir de
um flutuante instalado na Praça do Pescador, nas proximidades do Ver-o-Peso, no
Centro Histórico de Belém, e alvo de reclamações e suspeitas de usuários que
costumam utilizar o transporte fluvial para acessar Cotijuba sem a necessidade
e de se deslocar até o Distrito de Icoaraci.
Segundo
denúncias encaminhadas à coluna, a empresa tem se destacado pela suposta
longeva concessão da linha e da atuação à margem da fiscalização. Pratica preços
elevados, equivalentes ao dobro do valor cobrado nas passagens a partir de
Icoaraci, e dispensa tratamento incompatível na relação entre uma
concessionária de serviços públicos e os usuários, especialmente em se tratando
de crianças e idosos.
Falta de educação
O
proprietário de um imóvel em Cotijuba ligou para a gerência da empresa
Transporte Braga por volta das 10 horas de um dia qualquer interessado em saber
quanto pagaria para transportar uma bike de Belém à ilha. Como
a resposta só veio por volta das 17 horas do mesmo dia, o usuário questionou a
pessoa do outro lado da linha, via mensagem de WhatsApp, e provou o sabor da
falta de educação que permeia as relações da empresa com seus clientes, ainda que
eventuais.
Civilidade zero
Segundo
o usuário, a empresa não só transporta passageiros como seus teréns, incluindo
bicicletas, móveis, fogões e utensílios domésticos diversos, o que não
justifica o comportamento da pessoa do outro lado da linha, extremamente
grosseira, segundo os áudios, e sem a civilidade que deveria existir entre a
prestadora de um serviço público e seus clientes.
De um tudo
Ontem,
ao anunciar a inspeção à empresa e suas operações conforme a legislação, em
atendimento a questionamentos da coluna, o comando do Capitania dos Portos
disse que, quanto às denúncias de maus tratos aos passageiros, “não deixaremos
acontecer” - durante a inspeção -, “mas não temos atribuição legal para
investigar esses comportamentos.
Menos, menos...
Verdade. A falta de educação dos concessionários de serviços públicos não consta da Lei de Segurança do Tráfego Aquaviário.
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