ualquer desavisado, ousado o bastante para trafegar pela rua Amaro Freitas, no bairro São João, em Marituba, para chegar ao Aurá - não mais de 500 metros a partir da rodovia federal -, terá muito a contar. De um determinado número da rua conta-se oito lombadas, tão próximas umas das outras que não se pode medir a distância em metros, mas em passos. Parte desse trecho foi asfaltada pela benevolência da prefeita Patrícia Alencar, ainda que o calçamento seja precário e autodestrutivo.
No
bairro São João, ponto de visitas constantes da prefeita Patrícia Alencar para
afagar seus seguidores, um trecho da rua está sem iluminação pública há quase
15 dias; no bairro do Aurá, que o prefeito Daniel Santos raramente frequenta,
mas é tido em grande conta por seguidores, há policiais por metro quadrado do
que se pode imaginar.
Aqui jaz...
E
chega-se à rua do “Abandono”, a dita cuja que dá acesso entre o bairro São
João, em Marituba, e o Aurá, em Ananindeua, um caso de polícia de menos de 100
metros. Explica-se: na rua do “Abandono”, também conhecida como rua “De
“Ninguém”, mas reconhecidamente a rua “De todos”, jaz o extinto Igarapé do
Aurá, que o Ministério Público, fazendo marola, chama de Igarapé do Toro, mas
essa é uma história para outro dia.
Hora da morte
“Se
essa rua fosse minha eu mandava ladrilhar”, como se cantava nas brincadeiras de
roda de antigamente, porque é um acesso emergencial para escapar do caótico
tráfego da BR-316 em busca de uma farmácia, por exemplo, seja em Marituba, ou
em Ananindeua. Moradores do bairro São João devem ser os únicos no mundo que,
quando precisam ir a uma cidade, são obrigados a passar pela outra - mas estão
sujeitos a tudo.
Tudo e nada
Então,
depois de vencer oito lombadas, uma por uma - um mais irregular que a outra,
para variar - e enveredar pela rua do “Abandono, rua “De “Ninguém” e rua “De
todos”, o desavisado enfrenta outro tipo de percalço: lombadas viradas de “boca
para cima”, também chamados de buracos.
Ele se vinga
É um
corredor de lixo, o mesmo responsável pela morte do Igarapé do Aurá, de autoria
dos invasores da área na época, absolvidos pelo poder público de então, mais
interessado em voto. Hoje, o Aurá se vinga usando suas últimas forças - um
trecho alimentado por olhos d’água e chuva -, afogando a BR e o BRT do Fim do
Mundo sempre que pode, aliado a comparsas bastante conhecidos, mas política e
convenientemente ignorados. Nenhuma fosforescência pública passa por lá.
Brava gente
Essa
rua de muitos nomes e de utilidade única não tem pai, nem mãe, isto é, como é
um mero limite entre as terras do prefeito Daniel Santos e da prefeita Patrícia
Alencar, ninguém vê. É rua “De Ninguém” e rua “De Todos, menos dos dois. Não
tem remédio, não tem tirolesa - prova de que essa brava gente resiste.
Ninguém conta
E
resiste mais ainda por conta das obras do BRT Metropolitano, que praticamente
isola a comunidade com suas máquinas, blocos e veículos apressados, sem um
agente de trânsito para contar a história ou, na melhor das hipóteses, contar
as vítimas dessa insanidade sem fim.
Papo Reto
Senhores, façam suas apostas: quem
tem viajado mais para o exterior, o presidente Lula ou o governador Helder
Barbalho (foto)?
Não se fala em outra coisa em Bragança senão na
construção de um mausoléu em homenagem ao ex-prefeito, ex-deputado e
ex-governador interino Antônio Pereira.
A obra foi idealizada e bancada
pelo filho do político, o cartorário mais conhecido da cidade, Antônio José
Pereira, o Iéié.
O problema é que a construção não
foi erguida em frente à casa da família, mas na área da praça da prefeitura - o
Paço Municipal está em reforma -, sem qualquer impedimento do prefeito
Raimundo Oliveira.
Acredite, o Ibama condicionou a
sequência das análises que poderão redundar na licença para a exploração de
petróleo na foz do Amazonas a um parecer da Funai sobre o possível impacto de
dois sobrevoos diários - por cinco meses - em terras indígenas no Oiapoque.
O Conselho Nacional de Justiça
afastou o desembargador que mandou soltar um perigoso líder de facção criminosa
na Bahia.
Para evitar a morte de mais botos,
trechos superaquecidos do Lago Tefé, no Amazonas, estão sendo isolados pelo
ICMBio.
É que desde o fim de setembro
morreram 153 cetáceos, sendo 130 botos vermelhos e 23 tucuxis.
Associação Brasileira de Internet
enviou carta ao Banco Central manifestando-se contrária à proposta de limitar o
parcelamento de compras sem juros, acusando a Febraban de ‘criar narrativa
vazia e anticompetitiva’.
O Ministério da Saúde abre edital
para financiar projetos de Inteligência Artificial no SUS, prevendo
investimento de até R$ 2,5 milhões em cinco propostas, ou R$ 500 mil por
projeto.
No Fakes Act: senadores americanos aprovam projeto de lei que impõe
severas restrições ao uso de Inteligência Artificial para replicar vozes e
imagens de artistas.