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Comunidade de Marituba vive no limite da insanidade com rua que, por sua natureza, não tem pai, nem mãe

Ligação interior com o bairro do Aurá, usada por moradores para fugir do caos do BRT Metropolitano, padece do esquecimento das duas prefeituras, ambas cúmplices no caso da morte do Igarapé do Toro.

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  • 20/10/2023, 12:00

Em vídeo, lixo, capim e buracos se destacam na curta paisagem por onde um dia, varando os tempos, correu o caudaloso Igarapé do Aurá, ou Igarapé do Toro; é um pedaço de chão da Grande Belém que as prefeituras ignoram solenemente, tanto quanto aos moradore


Q

 

ualquer desavisado, ousado o bastante para trafegar pela rua Amaro Freitas, no bairro São João, em Marituba, para chegar ao Aurá - não mais de 500 metros a partir da rodovia federal -, terá muito a contar. De um determinado número da rua conta-se oito lombadas, tão próximas umas das outras que não se pode medir a distância em metros, mas em passos. Parte desse trecho foi asfaltada pela benevolência da prefeita Patrícia Alencar, ainda que o calçamento seja precário e autodestrutivo.


No bairro São João, ponto de visitas constantes da prefeita Patrícia Alencar para afagar seus seguidores, um trecho da rua está sem iluminação pública há quase 15 dias; no bairro do Aurá, que o prefeito Daniel Santos raramente frequenta, mas é tido em grande conta por seguidores, há policiais por metro quadrado do que se pode imaginar.

 

Aqui jaz...

 

E chega-se à rua do “Abandono”, a dita cuja que dá acesso entre o bairro São João, em Marituba, e o Aurá, em Ananindeua, um caso de polícia de menos de 100 metros. Explica-se: na rua do “Abandono”, também conhecida como rua “De “Ninguém”, mas reconhecidamente a rua “De todos”, jaz o extinto Igarapé do Aurá, que o Ministério Público, fazendo marola, chama de Igarapé do Toro, mas essa é uma história para outro dia.

 

Hora da morte

 

 “Se essa rua fosse minha eu mandava ladrilhar”, como se cantava nas brincadeiras de roda de antigamente, porque é um acesso emergencial para escapar do caótico tráfego da BR-316 em busca de uma farmácia, por exemplo, seja em Marituba, ou em Ananindeua. Moradores do bairro São João devem ser os únicos no mundo que, quando precisam ir a uma cidade, são obrigados a passar pela outra - mas estão sujeitos a tudo.   

 

Tudo e nada

 

Então, depois de vencer oito lombadas, uma por uma - um mais irregular que a outra, para variar - e enveredar pela rua do “Abandono, rua “De “Ninguém” e rua “De todos”, o desavisado enfrenta outro tipo de percalço: lombadas viradas de “boca para cima”, também chamados de buracos.

 

Ele se vinga

 

É um corredor de lixo, o mesmo responsável pela morte do Igarapé do Aurá, de autoria dos invasores da área na época, absolvidos pelo poder público de então, mais interessado em voto. Hoje, o Aurá se vinga usando suas últimas forças - um trecho alimentado por olhos d’água e chuva -, afogando a BR e o BRT do Fim do Mundo sempre que pode, aliado a comparsas bastante conhecidos, mas política e convenientemente ignorados. Nenhuma fosforescência pública passa por lá.

 

Brava gente

 

Essa rua de muitos nomes e de utilidade única não tem pai, nem mãe, isto é, como é um mero limite entre as terras do prefeito Daniel Santos e da prefeita Patrícia Alencar, ninguém vê. É rua “De Ninguém” e rua “De Todos, menos dos dois. Não tem remédio, não tem tirolesa - prova de que essa brava gente resiste.

 

Ninguém conta

 

E resiste mais ainda por conta das obras do BRT Metropolitano, que praticamente isola a comunidade com suas máquinas, blocos e veículos apressados, sem um agente de trânsito para contar a história ou, na melhor das hipóteses, contar as vítimas dessa insanidade sem fim.

 

Papo Reto

 

Senhores, façam suas apostas: quem tem viajado mais para o exterior, o presidente Lula ou o governador Helder Barbalho (foto)?

 

 Não se fala em outra coisa em Bragança senão na construção de um mausoléu em homenagem ao ex-prefeito, ex-deputado e ex-governador interino Antônio Pereira.

 

A obra foi idealizada e bancada pelo filho do político, o cartorário mais conhecido da cidade, Antônio José Pereira, o Iéié.

 

O problema é que a construção não foi erguida em frente à casa da família, mas na área da praça da prefeitura - o Paço Municipal está em reforma -, sem qualquer impedimento do prefeito Raimundo Oliveira.

 

Acredite, o Ibama condicionou a sequência das análises que poderão redundar na licença para a exploração de petróleo na foz do Amazonas a um parecer da Funai sobre o possível impacto de dois sobrevoos diários - por cinco meses - em terras indígenas no Oiapoque.

 

O Conselho Nacional de Justiça afastou o desembargador que mandou soltar um perigoso líder de facção criminosa na Bahia.

 

Para evitar a morte de mais botos, trechos superaquecidos do Lago Tefé, no Amazonas, estão sendo isolados pelo ICMBio.

 

É que desde o fim de setembro morreram 153 cetáceos, sendo 130 botos vermelhos e 23 tucuxis.

 

Associação Brasileira de Internet enviou carta ao Banco Central manifestando-se contrária à proposta de limitar o parcelamento de compras sem juros, acusando a Febraban de ‘criar narrativa vazia e anticompetitiva’.

 

O Ministério da Saúde abre edital para financiar projetos de Inteligência Artificial no SUS, prevendo investimento de até R$ 2,5 milhões em cinco propostas, ou R$ 500 mil por projeto.

 

No Fakes Act: senadores americanos aprovam projeto de lei que impõe severas restrições ao uso de Inteligência Artificial para replicar vozes e imagens de artistas.

 

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Olavo Dutra

Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.