em tudo é o que parece ser. A crise na Convenção Interestadual de Ministros e Igrejas Evangélicas Assembleias de Deus no Pará, que parecia estar superada com a posse do pastor Océlio Nauar, tem tudo para recomeçar pelas igrejas de bairros, distritos, vilas e cidades do interior e da Região Metropolitana de Belém.

Mês passado, o pastor foi submetido a grande desgaste entre os fiéis por envolvimento em suposto escândalo sexual, deixando a igreja fragilizada pública e internamente.
A nova direção da Congregação, porém, volta a “cair em tentação”, ao permitir ao pastor Riter Marques escolher seu substituto à frente da igreja-sede do campo do Maguari, no caso, o pastor Wilton Marques.
Troca de favores
No novo cargo, o sucessor Wilton Marques, que era presidente da Assembleia de Deus em Parauapebas, sudeste do Pará, indicou Riter para pastorear uma igreja menor do próprio campo do Maguari, em Ananindeua, enquanto Riter tratava de indicar seu substituto em Parauapebas - ninguém menos do que o jovem presbítero e recém-consagrado pastor Gabriel Medeiros. A escalada de Gabriel Medeiros na hierarquia da Assembleia de Deus no Pará guarda um detalhe: sua maior credencial seria o fato de ser genro de Riter Marques. Sua indicação teria sido uma das imposições de Riter Marques para renunciar à presidência da Comieadepa durante as tratativas intermediadas por alguns pastores no auge da crise que previa sua retirada definitiva de cena como forma de estancar o sangramento da igreja perante o corpo de pastores, obreiros, membros e população.
A coluna não conseguiu contato com a direção da Congregação até o encerramento desta edição para comentar a denúncia, mas está aberta a qualquer manifestação da igreja.
Igreja dividida
O fato é que, segundo a fonte, a questão continua dividindo a igreja, onde parte dos membros não considera “respeitoso e conveniente” permitir a Riter Marques, em curto espaço de tempo, estar à frente de uma igreja; muito pelo contrário: o pastor aparentemente ‘castigado’ deveria ser “disciplinado, tratado e acompanhado” como todo membro da congregação que se perde pelos descaminhos da vida mundana.
Vigiai, irmãos
A liberdade de continuar indicando amigos e parentes para cargos de direção e grande importância política sugere que seu afastamento da Congregação, onde foi substituído pelo pastor Océlio Nauar, não passou de ‘panos quentes’ sobre a cabeça dos fiéis. De outra forma, o novo presidente da Congregação fica em posição desconfortável e as pressões e as cobranças voltam a aumentar - ou começam a chegar.
Papo Reto
•A edição número 3 do governo Lula (foto) está deste jeito: quando ministros não caem sob denúncia de corrupção, mulheres perdem o emprego por desempenho.
•Nessa batida já se somam quatro mulheres, que não deram conta do recado - nada contra elas - e quatro homens, exonerados por desvios, outro por assédio e mais outro por conveniência política.
•A morte de uma menina de 13 anos, aluna de um colégio no bairro de Fátima, em Belém, no domingo, 4, pode ter sido ocasionada por um desses “desafios” que, cada vez mais, estão na internet e envolvem os adolescentes.
•Informações dão conta de que o celular da garota foi desbloqueado por peritos e nele foram encontrados indícios de um desses desafios, com instruções do passo a passo de como ela deveria agir e se machucar.
•Depois de quatro dias de ocupação, a sede da Secretaria de Meio Ambiente do Estado, em Belém, foi liberada pelas lideranças do povo Turiwara, na sexta-feira, 2.
•O governo do Estado cedeu às reivindicações e firmou acordo com a comunidade, a mineradora Arthemys, o Ministério Público Federal e a Funai.
•Um dos principais alvos da manifestação é a construção de um mineroduto de mais de 150 km que atravessa sete municípios no nordeste do Pará e que, segundo os indígenas, ameaça o meio ambiente e o modo de vida dos indígenas.
•No acordo, a Arthemys se comprometeu a realizar estudos de impacto ambiental e divulgar o resultado a todos.
•Perguntar não ofende: o Exército Brasileiro tornará sem efeito a mais elevada condecoração da força, oferecida a Alessandro Stefanutto, agora presidente demitido do INSS, uma semana antes de o nome do mesmo aparecer encalacrado na roubalheira aos velhinhos?
•Oposição garante ter número suficiente para pedir uma CPI mista do INSS, mas Hugo Motta, presidente da Câmara, tem a prerrogativa de arquivar o pedido.