otoristas que trafegam pela avenida Presidente Tancredo Neves, antiga avenida Perimetral, bairro da Terra Firme, estão acostumados com a intensa movimentação do tráfego de veículos levando e trazendo pessoas de inúmeras repartições públicas localizadas naquela via. Contudo, não se acostumam - e por denunciam - com o que acontece que o serviço de manutenção das sinalizações horizontais e verticais está em péssimas condições em toda a cidade de Belém.

Acidente grave
Um ônibus da linha Canudos-Praça
Amazonas e uma motocicleta colidiram em agosto deste ano, no bairro da
Terra Firme. Uma mulher que estava no ‘carona’, em corrida de
aplicativo, ficou com a perna esmagada ao parar embaixo do ônibus. O
motorista da moto teve apenas ferimentos leves.
O acidente foi na rotatória da
avenida Perimetral com a rua São Domingos. Em nota, o Corpo de Bombeiros
informou que a vítima foi encaminhada ao Hospital
Metropolitano.
Há dois anos, em 2022, um artigo dos
pesquisadores Alex Geovany da Silva Miranda e Glauciane Santos da Silva,
publicado na Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação -,
trouxe um estudo sobre a avenida Perimetral, depois que ela foi duplicada e
entregue em 2017, com obras no valor de R$ 26 milhões, interligando os bairros
do Guamá, Terra Firme e Marco e beneficiando diretamente mais de 300 mil
pessoas. A via é também um corredor de acesso à Estrada Nova e ao
centro da cidade, segundo informações da Agência Pará, à
época. Os pesquisadores produziram dados atuais e reais a
respeito das condições de trafegabilidade e serventia da
avenida.
Bom enquanto durou
O serviço
de pavimentação e drenagem da avenida Perimetral, executado por
ocasião da duplicação da via, apresenta, visualmente, bons resultados e boa
qualidade no trecho estudado. Porém, como a maioria das obras brasileiras de
infraestrutura, carece de um plano mais efetivo de fiscalização e
manutenção, itens fundamentais para prolongar a vida útil do
empreendimento, trazendo economia de recursos aos cofres públicos e aos
contribuintes.
Manutenção periódica
De acordo com as patologias
identificadas, as ações imediatas para aquela via seriam: manutenção
corretiva do pavimento nos pontos de desgaste;
afundamento plástico e
degradação superficial, com raspagem e reconstrução
dos trechos afetados; aplicação de reforço nas trincas longitudinais e em
bloco; aplicação de remendo nos
buracos existentes no pavimento e reavaliação no
sistema de drenagem. A conservação da via deveria contar com serviços
periódicos de manutenção que devem ser realizados envolvendo técnicas
reparadoras modernas de pavimentação, além da limpeza e preservação do sistema
de drenagem, dos acostamentos e das áreas limites
à estrada.
O estudo mostrou que não há
meio-fio na via e da pouca área e escape que existe está cheio de mato, sem a
mínima manutenção.
Falta de fiscalização
Os pesquisadores também apontam que a
fiscalização deveria ser rotineira, com ações educativas e com aplicação de
multas, para que o usuário e a população do entorno da via possam entender o
valor da obra e que ações corretivas de buracos e fissuras na
via geram inúmeros problemas de mobilidade e custos financeiros.