Boteco inferniza "Principado da Marambaia", mas frequentadores caem direto no samba até altas horas

Espaço supostamente cedido pela Prefeitura de Belém funciona sem regras e causa incômodo até para a Marinha, que já pediu o fechamento oficial do negócio, em vão.

09/12/2023, 11:40

O “Boteco Santa Matta” funciona no Conjunto Médici I, aparece nas redes sociais como o maior, o melhor e o mais bonito, mas também é o mais barulhento do pedaço/Fotos: Divulgação-Redes Sociais.


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o bairro da Marambaia, o chamado “Principado”, alguns moradores torcem o nariz para um “bom puxado” de entretenimento situado na confluência da rua Rodolfo Chermont com a rua Marinha. É lá que reina, absoluto, barulhento e espaçoso o “Boteco Santa Matta”, para cujos proprietários, segundo denúncias encaminhada à coluna, as regras estabelecidas pelo Código de Postura de Belém são potoca.  

 

Consta nas redes sociais do estabelecimento que o samba e o pagode rolam soltos no “Santa Matta”, sob o slogan “O maior, o melhor e mais bonito boteco da Marambaia”, sem fazer alusão ao item mais desconfortável para os moradores: o mais barulhento.

 

Bondade indecifrável

 

Durante o dia, um olhar em direção às instalações não diz nada, diz pouco ou diz quase nada, mas certifica que a calçada da rua foi engolida pelo negócio na mais perfeita geometria de um quadrado. Barracas com identidade visual e tudo confirmam a denúncia.

 

A área ocupada pelo boteco teria sido cedida pela Prefeitura de Belém em mais um rasgo de bondade, embora o espaço se encaixasse melhor em uma área de lazer mais democrática, por assim dizer, por ser contínua na direção da Praça Dom Alberto Ramos, onde ainda é possível caminhar por entre árvores. Do jeito que está ocupada, porém, o lazer de poucos acaba sendo o desconforto da maioria, para variar.

 

Sem regramentos

 

O que mais incomoda moradores do Conjunto Médici I e áreas adjacentes é a falta de regramento das rodas de samba, que funcionam de quarta a domingo, no mais das vezes varando de madrugada. Até a Marinha do Brasil já teria pedido oficialmente o fechamento da casa noturna por falta de adequação, mas aí está o “xis” da questão.

 

Dizem que o “Boteco Santa Matta” funciona sob proteção política, não se sabe de quem, o que explicaria a permissividade do funcionamento mesmo com as supostas irregularidades apontadas por moradores - falta de limite de horário, poluição sonora e ocupação irregular do espaço público.

 

É mais quem gosta; e não

 

A coluna abordou moradores da vizinhança, um deles do Conjunto Euclides de Figueiredo, que classifica a situação como “absurda”, mas também esteve no boteco e conferiu a satisfação dos frequentadores. Só não conseguiu maiores informações sobre o negócio diante da alegada ausência “dos donos”. De qualquer modo, está aberta a quaisquer esclarecimentos, lembrando Bezerra da Silva, a quem interessar possa:

 

 “Malandro é malandro e mané é mané...”

 

Papo Reto

 

Aos leitores: a Coluna Olavo Dutra não produz fatos; relata-os. Dia desses, a página da coluna no Instagram apontou a insatisfação de leitores de Ananindeua supostamente “ofendidos”.

 

 A informação era sobre as supostas irregularidades ambientais na construção da orla do município, às quais a Assessoria de Comunicação da prefeitura não respondeu até hoje.

 

Fique claro desde já: a Coluna Olavo Dutra não produz fatos: relata-os. Quanto aos seguidores que dizem ter batido em retirada, acontece. O eleitor vê o que quer ver, quando quer. Sorry, como diria Hélio Gueiros.

 

Aliás, Zé Carlos do PV, empregado do governo Lula, se arrepiou com a opinião do advogado Ives Gandra da Silva Martins sobre o 8/1, publicada na edição de ontem.

 

Em atenção à sugestão de um leitor, a coluna informa que as opiniões de articulistas não representam necessariamente as do editor. O espaço é aberto e democrático.

 

Da vereadora professora Sílvia Letícia (foto)sobre a lei enviada à Câmara pelo prefeito Edmilson Rodrigues concedendo bondades aos empresários de ônibus: "É uma submissão nunca antes vista, uma espécie de presente de Natal.

 

A Polícia Federal deflagrou operação contra invasão e desmatamento de terras da União nos Estados do Pará e Mato Grosso.

 

 Imagina-se que cerca de 22 mil hectares tenham sido “grilados” e que boa parte das terras tenham sido desmatadas para criação de gado.

 

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Sem previsão de retirada da embarcação, o acidente acaba aquecendo debates internos no âmbito da exploração de petróleo próximo à foz do Amazonas.

 

Cesta básica está mais cara em nove capitais em novembro, diz o Dieese. A cesta mais cara foi encontrada em São Paulo, por R$ 749,28.

 

No Norte-Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores foram registrados em Aracaju e João Pessoa.

 

Depois que recebeu ultimato para pagar gorda mensalidade a uma facção criminosa, sob pena de ver queimado seu patrimônio e morto algum familiar, dono de loja de materiais de construção instalada próxima à Feira da rua 8 de Maio, em Icoaraci, fechou inapelavelmente seu estabelecimento e voltou ao seu Estado de origem, deixando para trás duas dezenas de empregados "órfãos".

 

 

 

 

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