Produtor de arroz no Marajó recorre à Justiça com reintegração de posse da área invadida pelo MST

Invasão ocorreu antes da Cúpula da Amazônia e foi a única manifestação que escapou aos olhos da PM do Pará que, em Belém, manteve o Lixão de Marituba sem acesso por 72 horas.

10/08/2023, 08:00

Grupo de invasores ocupou a área na última segunda-feira hasteando bandeiras do Movimento Sem Terra, fato inédito na região do Marajó/Fotos: Divulgação-Redes Sociais.


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produtor de arroz Paulo Quartiero, proprietário de uma área de 12 mil hectares às margens da PA-156, em Cachoeira do Arari, no Arquipélago do Marajó, já entrou na Justiça com pedido de reintegração de posse contra invasores identificados como do MST que ocuparam de forma ilegal parte de sua fazenda na tentativa de se apossar da terra.

 

Quartiero afirma que adquiriu as terras devidamente documentadas há mais de dez anos, onde mantém a área produtiva com safras anuais de milhares de toneladas de arroz beneficiadas e ensacadas no Distrito de Icoaraci, em Belém, e comercializadas no Marajó e nos supermercados da capital com o nome fantasia de “Acostumado”.

 

Fazenda monitorada

 

Paulo Quartiero emprega, direta e indiretamente, centenas de trabalhadores da região e seu plantio é monitorado pelos órgãos competentes quanto ao uso de produtos químicos exigidos na lavoura, com o cuidado de manter parte da floresta intacta, conforme exige a lei ambiental. Todo o processo de aração, plantio, manutenção e de colheita é  realizado de maneira mecanizada.

 

A fazenda conta com sistema de irrigação através de canais, permitindo duas safras ao ano, o que atrai muitas aves migratórias que encontram nos campos de arroz a alimentação que necessitam após longas viagens oceânicas. 

 

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