efinitivamente, por todos os começos, meios e fins, o deputado federal Eder Mauro, do PL, é um fator de instabilidade na corrida pela Prefeitura de Belém - tanto por estar na ponta das pesquisas de intenção de voto, quanto pelo suposto “fastio político” em relação ao cargo de prefeito, simplesmente por não concorrer ou, ainda, por tudo junto e misturado.

No
português claro: na visita do ex-presidente Jair Bolsonaro a Belém, prevista,
se não acontecer mais nenhum um acidente de percurso, para o final de julho,
tudo pode acontecer, inclusive nada. Explica-se.
Um movimento do Partido Liberal em Goiânia corre o risco -
para os apoiadores da candidatura do delegado - de se repetir na capital
paraense, com muitas consequências.
Em Goiânia, Bolsonaro surpreendeu ao lançar o desconhecido
Fred Rodrigues como pré-candidato à prefeitura. Até então, o nome mais viável
para concorrer ao cargo era o de Gustavo Gayer. Ocorre que Gayer é deputado
federal, e o PL entende que a sua oposição no Legislativo é ‘imprescindível’.
Coincidentemente, o partido tem entendimento semelhante com relação a Belém.
Medo de fantasma?
Ao
passo em que, segundo a grande mídia do sul e sudeste do País, as pesquisas
eleitorais em Belém preocupam o Palácio do Planalto, diante da possibilidade de
que, na liderança, Eder Mauro acabe se tornando o “prefeito da COP 30”, o
movimento do ex-presidente, a se confirmar, entornaria tudo, colocando a
corrida pela prefeitura da capital paraense não de cabeça para baixo, mas
tornando-a embaralhada.
Sucessivamente, não
Afinal,
não seria correto julgar que, com a saída do “primeiro da lista”, os demais
subiriam na mesma proporção, isto é, o segundo para o primeiro, o terceiro para
o segundo lugar e assim sucessivamente. Há que se avaliar um eventual nome para
vaga desocupada que, no caso, seria o deputado estadual Rogério Barra, filho de
Eder Mauro.
Conveniência partidária
É fato que o deputado Eder Mauro lidera pesquisas de
intenção de voto em Belém, mas também tem, segundo avaliação do partido,
atuação destacada na Câmara Federal, “por defender veementemente” o que a
direita entende como valores, sejam exacerbados ou não, com dedo no olho dos
adversários. Também é fato que Eder Mauro integra o núcleo duro do partido na
Câmera e “perdê-lo no Legislativo não seria interessante”, conforme avalia
fonte do partido em Belém.
Some-se a isso o fato de que, conforme Coluna
Olavo Dutra antecipou, Eder Mauro não tem simpatia pelo cargo de
prefeito e sequer admitiu a pré-candidatura, para início de conversa. Nesse
cenário, o filho dele, o deputado estadual Rogério Barra, poderia ser a
alternativa para o partido na capital, em um movimento semelhante ao que
ocorreu em Goiânia, mas não surpreenderia nem um pouco por estas bandas.
.
Dessa forma, a visita de Bolsonaro a Belém passa a ser
aguardada tal como a convocação da Seleção Brasileira para uma Copa - Copa
América, não Copa do Mundo. Os bons entendedores entenderão.
“Vai gelar”?
Talvez
o ex-presidente não saiba, mas a eleição em Belém se prenuncia muito
acirrada. Ninguém deve “gelar”, sendo candidato ou dirigente partidário.
E “escolhas erradas”, para repetir a avaliação de um destacado consultor
político da coluna, “divide palanques”, seja de quem for, da esquerda à
direita, principalmente passando pelo centro.
Papo Reto
· A
assembleia dos professores da UFPA decidiu pela saída de greve em construção
coletiva a partir do Comando Geral, em Brasília, que se reúne entre 23 a 27
deste mês.
· Duro
admitir, mas os professores saem dessa do jeito que entraram: com zero ganho -
nas bastassem os zeros das faltas dos alunos.
· Mas,
para não dizerem que não se fala em flores, o reitor não nomeado ainda,
professor Gilmar Pereira (foto), deu o ar da graça, ontem, na
reunião dos professores, distribuindo sorrisos à larga.
· Daqui a
seus dias - 27 - acontece a estreia o espetáculo “Paulo para sempre Ruy”, em
que grandes intérpretes do Pará homenageiam a obra musical de Paulo André e Ruy
Barata.
· Leitor
da coluna se diz inconformado com a quantidade de golpes praticados por
estelionatários via celular e internet.
· Seja
por escrito ou até pelo falso call-center o cidadão de
bem vive o estresse de perder dinheiro a todo momento. Tudo começa com o acesso
aos dados da pessoa.
· Os estelionatários aproveitam os curtos diálogos para
clonar a voz dos incautos e preparar golpes, enquanto a rede bancária pressiona
os clientes por senhas “mais seguras”.
· O
governo federal desferiu o recado mais contundente da semana ao parlamento:
quem aderir à CPI do Arrozão não terá liberada, nunca mais, nem emendinha, nem
emendão. Como no bolso dói mais...
· Por
falar em Arrozão, onde quase se configurou o mais novo escândalo do governo
petista, a quem na República interessa a infame desconexão do Amapá com o
restante do País?
· O real
alcançou a façanha de superar o peso argentino no quesito desvalorização,
considerando-se as moedas de todos os países emergentes.