nformações
reunidas junto à comunidade bragantina pela Associação Brasileira dos
Produtores de Pescado da Amazônia Azul - fundada em setembro de 2021
-, que estuda, organiza e defende as pautas do segmento produtivo do
pargo, foram decisivas para levar ao êxito, esta semana, duas operações de
combate à pesca clandestina em pleno período de "defeso", encerrado
no último dia 30.
Durante
o "defeso" da espécie pargo, iniciado em 15 de dezembro, associados
relataram informações de que algumas embarcações não regulamentadas pelo
Ministério da Pesca estariam capturando pargo na costa paraense, fatos
levados imediatamente pela entidade ao conhecimento da Polícia Civil e órgão
ambientais. Nenhuma das primeiras denúncias gerou apreensões, mas, no dia 30 de
abril, último dia do "defeso", a embarcação Vitória II, depois de
chegar em Augusto Corrêa e aportar na geleira Ice Mar, foi abordada por agentes
da polícia civil e da Secretaria de Meio Ambiente locais. Na embarcação foram
encontrados armazenados e imediatamente apreendidos 3.250 kg de peixe.
Em Bragança, também durante a semana, foi apreendida pela polícia 1
tonelada transportada em caminhão que se preparava para viajar com a carga rumo
ao Nordeste.
Imediatamente às formalidades legais, as cargas foram distribuídas entre
igrejas e entidades que atuam na assistência a pessoas em estado de
vulnerabilidade social em Bragança e Augusto Corrêa.
Regulamentar esforços
Na persistente busca da regularização do esforço de pesca do pargo, a Associação insiste na união geral entre os produtores dispostos a se adequarem às normas de sustentabilidade e no diálogo proativo com o Ministério da Pesca e os organismos ambientais na busca de um ordenamento definitivo para a atividade, sob pena de, em pouco tempo, vermos a exaustão dos estoques.
Cotas para nortear
Seguem intensas as discussões técnicas no sentido da adoção da política de
cotas para o pargo, a exemplo do que já foi delineado pelo governo para outras
espécies, como é o caso da tainha. Falta definir a quantidade máxima a ser
capturada por temporada de pargo. A Associação defende que seja fixado o limite
de 4.000 toneladas-ano, montante já registrado no Pará anos atrás.
O governo acena com um limite de 2.600 toneladas-ano, o que, para a Associação,
inviabilizaria a atividade. Imagina-se que um entendimento possa estabelecer um
patamar conciliatório na ordem de 3.200 a 3.500 toneladas-ano de pargo para
ratear entre a frota - cerca de 100 barcos - rigorosamente habilitada para a
pesca da espécie na costa paraense.
Fonte da Coluna Olavo Dutra conseguiu apurar na região
bragantina que, com a pressão contra a pesca ilegal do pargo, boa parte das
embarcações que não conseguiram se adequar para a pesca já retornaram ao
Nordeste, sobretudo o Ceará, destino natural, aliás, dos frutos da captura ilegal
no Pará, beneficiada com a complacência na fiscalização de fronteira.
Papo Reto
· Decididamente, a web não perdoa. Agora
passa a questionar o “total silêncio” da CNBB sobre a tragédia do Rio Grande do
Sul - e olha que o presidente é ninguém menos do que o arcebispo de Porto
Alegre Dom Jaime Spengler.
· Na
mesma toada, bem que a CNBB Norte 2 também poderia entrar na mobilização pelo
Rio Grande do Sul, até porque Dom Irineu Roman (foto), o
presidente, é gaúcho da gema.
· Belo
exemplo de união e exemplar solidariedade estão dando os governadores Ibaneis
Rocha - Distrito Federal -, Ronaldo Caiado - Goiás - e Tarcísio de Freitas -
São Paulo - na terrível tragédia que assola o Rio Grande do Sul.
· O
"Padre Justin", ferramenta baseada em inteligência artificial para
responder a perguntas sobre catolicismo, acabou “excomungado” após recomendar
o batismo de crianças em Gatorade.
· Era
para o sacerdote virtual servir apenas como um recurso de suporte espiritual,
mas passou dos limites ao se comportar como um padre real e, pior,
despreparado para a função.
· Com o aperto na fiscalização das empresas locais, ficou
claro que o pargo teimosa e ilegalmente capturado no Pará durante o
"defeso" da espécie foi todo vendido no Nordeste, daqui levado em
caminhões frigoríficos que se revelaram "invisíveis" ao sistema de
fiscalização do Pará.
· A
participação de magistrados até do STF em eventos financiados por empresas
privadas ainda se trata de problema ético ou escancarou geral?
· Nova
missão pode lançar luz sobre os segredos do lado oculto da Lua, com a sua
crosta mais espessa e muito diferente do lado que foi explorado durante as
missões Apollo.